quinta-feira, 27 de junho de 2024

WhatsApp sem áudio: aplicativo enfrenta instabilidade nesta quinta-feira (27)

Foto: Divulgação
Apesar dessa falha, outros recursos do aplicativo parecem estar funcionando normalmente.
O WhatsApp está enfrentando instabilidade nesta quinta-feira (27). Usuários do aplicativo estão relatando dificuldades para enviar mensagens de voz. Apesar dessa falha, outros recursos do aplicativo parecem estar funcionando normalmente.

O site Downdetector, que monitora falhas e interrupções em aplicativos, registrou aproximadamente 4.000 reclamações sobre o problema por volta das 13h10 (horário de Brasília).

WhatsApp enfrenta instabilidade
Nas redes sociais, muitos usuários expressaram frustração com a situação, destacando a dificuldade em utilizar essas funcionalidades específicas do aplicativo.
Nos últimos meses, o aplicativo da Meta tem enfrentado diversas instabilidades, desde dificuldades no envio de mensagens até o não funcionamento completo do app. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre a causa da instabilidade ou um possível prazo para resolução.

O WhatsApp deixa de funcionar plenamente em vários aparelhos celulares neste mês de junho, por não mais suportarem a ferramenta. Estão incluídos diversos modelos que funcionam com o sistema operacional Android, incluindo marcas como Sony, Samsung, LG, Lenovo e Huawei – e até alguns modelos de iPhone.

O que acontece, na prática, é que os usuários com esses aparelhos deixam de ter acesso a atualizações do sistema e suporte técnico de modo geral, e com isso podem ter o uso do aplicativo comprometido, sem uma solução viável.

Com isso, a recomendação para quem tem um desses aparelhos é realizar um backup das conversas salvas no seu WhatsApp, para que os registros não se percam. É possível transferir o banco de dados do usuário para um novo modelo, caso isso seja viável.

GCMais

Operação da Polícia Federal mira criminosos que lavavam dinheiro com imóveis e carros de luxo no Ceará

Foto: Divulgação / PF
Os investigados podem responder, em tese, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (27) a Operação EUROGOLPES, cumprindo oito mandados contra suspeitos de integrar um esquema criminoso envolvendo lavagem de dinheiro com imóveis e carros de luxo no estado do Ceará. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos também nos estados do Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e São Paulo.

Conforme a investigação, trata-se de uma operação criminosa sofisticada, com fraudes bancárias de grande escala na Europa (Portugal e Espanha). O dinheiro conseguido com esse esquema era então lavado com bens de alto valor no Brasil, principalmente em São Paulo e no Ceará. São mais de 20 investigados, no total, com a investigação cumprindo ainda medidas como bloqueio de contas e bens, recolhimento de passaportes e proibição de deixar o país.

A investigação teve início a partir de informações fornecidas pelos representantes de Portugal e Espanha na EUROPOL (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial), que repassaram os dados aos investigadores brasileiros. Desde o início, foi identificada a transferência de fundos ilícitos para o Brasil, onde supostamente eram investidos em bens de alto valor, como imóveis e veículos de luxo, em uma tentativa de ocultar a origem criminosa dos recursos.

Polícia Federal mira esquema criminoso que lavava dinheiro com bens de luxo no Ceará
A Polícia Nacional da Espanha informou à Polícia Federal que cidadãos brasileiros estavam envolvidos na ativação de quantias significativas de uma espécie de cartão presente que pode ser convertido em Bitcoins, resultando em um prejuízo financeiro estimado de 1,2 milhão de euros somente naquele país.

Em paralelo a isso, a Polícia Portuguesa já realizou uma operação própria que resultou em dezenas de buscas domiciliares e prisões preventivas contra 26 indivíduos, majoritariamente brasileiros, suspeitos de fraudes bancárias, causando um prejuízo estimado de 7 milhões de euros a clientes portugueses.

As análises, até o momento, indicaram que o grupo criminoso identificado pela Polícia Espanhola está conectado ao grupo investigado pela Polícia Portuguesa. Utilizando-se da estrutura no Brasil, especialmente em São Paulo e no Ceará, a organização lavava os recursos ilícitos obtidos nos dois países.

Os investigados podem responder, em tese, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional, sem descartar a hipótese de serem encontrados indícios de outros crimes mais graves. Com isso, a pena pode ultrapassar os 20 anos de prisão.

GCMais

Garçonete é assediada por cliente em restaurante no interior do Ceará

Cliente aperta parte íntima de garçonete em Ipu
Câmera de segurança flagrou o momento em que homem aperta uma parte íntima do corpo da funcionária
Uma garçonete foi assediada enquanto trabalhava em um restaurante de sushi em Ipu, no interior do Ceará. O caso aconteceu no último sábado (22).

No vídeo, é possível ver o momento em que um cliente do estabelecimento aperta uma região íntima da funcionária. O assédio acontece próximo a outras pessoas, inclusive, de um homem que era amigo do cliente.

A garçonete estava atendendo os dois homens, que já estavam indo embora. Ela estava com uma máquina de cartão, para realizar o pagamento da conta deles, quando foi assediada por um dos clientes. Após o crime, os clientes foram embora em um carro.

A Polícia Civil disse apurar as circunstâncias do caso, que foi classificado como importunação sexual. O caso é investigado pela Delegacia Municipal de Ipu, unidade que instaurou um procedimento para apurar a ocorrência.

Única sobrevivente de chacina em praça no Ceará segue internada em estado grave

Vítimas foram rendidas e colocadas lado a lado durante chacina em praça na cidade de Viçosa do Ceará
No dia do crime a vítima estava com os dois filhos, entre eles um bebê de um ano, que não ficou ferido
A única sobrevivente da chacina na praça de Viçosa do Ceará, continua internada, está consciente, mas o estado de saúde dela ainda inspira cuidados.

A mulher, identificada apenas como Amância, de 26 anos, foi uma das nove pessoas baleadas na madrugada do dia 20 de junho na Praça Clóvis Beviláqua, no Centro de Viçosa. Sete vítimas morreram no local e a oitava morreu um dia depois, no hospital.

No dia do crime, Amância estava acompanhada dos dois filhos: um bebê de 1 ano e uma adolescente de 13 anos. A criança conseguiu evitar os disparos com ajuda da irmã, que saiu correndo com ele nos braços a mando dos criminosos.

Já a mãe foi atingida por vários disparos. Antes de serem executadas, as vítimas foram rendidas pelos criminosos e colocadas lado a lado.

Um homem de 51 anos foi preso pela polícia na última sexta-feira (21), na cidade de Parnaíba, no Piauí, por suspeita de envolvimento com a chacina. Um veículo usado no crime foi apreendido.

Segundo a Secretaria da Segurança, ele é apontado como a pessoa que revelou aos executores o local onde as vítimas se encontravam em Viçosa. Após a captura, o suspeito foi autuado em flagrante pelos homicídios. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

Advogada é presa por suspeita de chefiar grupo criminoso no Ceará - Outras 4 mulheres foram capturadas

Grupo criminoso atuava na Serra de Ibiapaba
Advogada é presa por suspeita de chefiar grupo criminoso no Ceará
Cinco mulheres foram presas, nesta quinta-feira (27), por suspeita de integrar um grupo criminoso com atuação na Serra de Ibiapaba, no Ceará, chefiado por uma advogada, que está entre as capturadas.

Conforme a Polícia Civil, as prisões ocorreram nas cidades de Fortaleza e Ubajara.

A ação faz parte da operação deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta, que cumpriu mandados de prisão preventiva e de buscas e apreensão em desfavor dos alvos investigados por integrar um grupo criminoso.

Delegado de Polícia Civil sofre acidente na CE-187 no interior do Ceará

Aconteceu na manhã desta quinta-feira
O delegado regional de Polícia Civil de Crateús, Felipe Freitas, sofreu um acidente de trânsito na estrada que liga Crateús ao Distrito de Sucesso, em Tamboril. O fato aconteceu por volta de nove horas desta quinta-feira (27), na passagem da linha férrea, locomotiva 2236 da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL). 

Ele colidiu o carro na locomotiva.

De acordo com informações, a vítima teve apenas algumas escoriações pelo corpo, sendo socorrido para o hospital de Crateús.

Veja imagens

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Descriminalização do porte de maconha: por que STF definiu 40 gramas como limite?

Reprodução/Freepik
STF limitou o porte de maconha a 40 gramas (ou 6 plantas fêmeas)
Quantidade máxima levou em consideração propostas feitas por ministros da Suprema Corte; em 2015, estudo do Instituto Igarapé recomendou definição entre 40 e 100 gramas
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, nesta quarta-feira (26), que 40 gramas de maconha, ou seis plantas fêmeas, é o limite máximo para a droga seja considerada de uso pessoal. A decisão põe fim à indefinição dos critérios para diferenciar usuários de traficantes.

O limite estabelecido pela Suprema Corte leva em consideração uma média das propostas feitas pelos ministros ao longo de nove anos. Entre os magistrados, havia quem sugerisse um limite de 60 gramas, outros de 25 gramas e quem entendia que o STF não deveria legislar sobre a quantidade máxima.

Em 2015, assim que o STF começou a discutir o tema, um estudo do Instituto Igarapé publicou uma nota técnica sobre quais poderiam ser os critérios objetivos para diferenciar usuários de traficantes. Foram apresentados três cenários: o primeiro estabelecia um limite de 25 gramas para maconha e 10 gramas para cocaína; o segundo previa 40 gramas para maconha e 24 para cocaína; e o terceiro, 100 gramas para maconha e 15 para cocaína.
Reprodução/Ipea
O instituto afirma que desenvolveu os três cenários considerando, entre outros aspectos, pesquisas sobre perfil dos usuários de drogas no Brasil, experiências internacionais, além de evidências científicas nas áreas médica, jurídica e político-criminal. Na nota, a instituição recomendava que o Estado brasileiro defina uma quantidade máxima entre os cenários 2 e 3, ou seja, um limite entre 40 e 100 gramas de maconha, o que acabou sendo adotado pelo STF.

A pesquisa do Instituto Igarapé também considerou quantos pés de maconha seriam considerados para uso pessoal. No cenário 1 eram seis pés; no 2, 10 pés; e no 3, 20 pés. Os ministros do STF acabaram decidindo fixar o limite em seis pés, assim como descrito no primeiro cenário elaborado no estudo.

O que significa o limite de 40 gramas?
Na prática, a decisão prevê que uma pessoa for flagrada com uma quantidade de até 40 gramas será considerada usuária. A compra, armazenamento, porte e consumo dessa quantidade ainda são considerados condutas ilícitas, mas as punições são de natureza administrativa, e não criminal.
Ou seja, a legislação prevê penas alternativas, como advertência e prestação de serviço à comunidade, para quem for flagrado nessas situações. Não há pena de prisão. Já para quem for flagrado com quantidades acima de 40 gramas, a lei estabelece que a pessoa seja enquadrada no crime de tráfico de drogas.

Quantidade não é critério absoluto
O advogado criminalista, Leonardo Isaac Yarochewisck, também alerta que a definição da quantidade não é um critério absoluto, ou seja, pessoas encontradas com menos de 40 gramas ainda podem ser enquadradas no crime de tráfico de drogas, se houver outras provas para isso.

“Essa quantidade não é absoluta. Uma pessoa pode ser considerada traficante se estiver portando 20 gramas, mas se for comprovado que ela está vendendo essa droga de forma fracionada. A mesma coisa com o usuário, que pode ter comprado mais de 40 gramas para consumo próprio. A diferença é que, agora, as autoridades vão ter que fazer a prova da traficância (provar que o usuário realmente estava vendendo a droga). Então, eles vão ter que ter provas, como testemunhas ou uma balança apreendida, por exemplo”, explicou Yarochewisck.

Rádio Itatiaia

General que liderou tentativa de golpe militar na Bolívia é preso

Divulgação/Exército da Bolívia
General Juan José Zúñiga, ex-comandante geral do Exército da Bolívia
Tropas sob o comando de Juan José Zúñiga abandonaram a praça em frente à sede do governo após várias horas de mobilização; presidente comemorou vitória
O comandante deposto do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, foi preso na noite desta quarta-feira (26) após liderar uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luis Arce.

Zúñiga foi capturado e conduzido até um veículo policial do lado de fora de um quartel militar. “Está preso, meu general!”, indicou o vice-ministro de Governo (Interior), Jhonny Aguilera, segundo imagens da emissora estatal.

Mais cedo, tropas militares e tanques foram deslocados nesta quarta-feira para a sede do governo boliviano em La Paz e tentaram derrubar uma portão do palácio presidencial. O deposto general Juan José Zúñiga, comandante do Exército, entrou em seguida no palácio e, após alguns minutos, deixou o local caminhando, segundo imagens da emissora estatal.

Pouco depois, Arce convocou os bolivianos a se mobilizarem “contra o golpe de Estado” e juramentou os novos comandantes militares. As tropas sob o comando de Zúñiga abandonaram a praça após várias horas de mobilização.

Arce comemorou a vitória na queda de braço com o general deposto. “Ninguém pode nos tirar a democracia que conquistamos (...) Estamos certos de que vamos continuar e vamos seguir trabalhando”, afirmou o presidente de um balcão do palácio de governo diante de centenas de apoiadores.

Zúñiga foi demitido na terça-feira (25)
O ex-Comandante Geral do Exército. Ele foi destituído do cargo, na terça-feira (25), após ameaçar Evo Morales, caso o ex-presidente concorresse novamente às eleições do ano que vem.

Em uma entrevista à mídia local, na segunda (24), Zúñiga disse que Evo “não pode mais ser presidente da Bolívia”. “Somos um braço armado do povo, um braço armado do país. Vamos defender a todo custo a constituição, caso cheguemos a isso”, afirmou. A declaração não foi vista com bons olhos pelo ex-presidente boliviano, que pressionou o governo Arce para que o general fosse retirado do cargo.

Comunidade internacional condenou tentativa de golpe
Após a tentativa de golpe, governos da América Latina, como do Brasil e Chile, além de organizações internacionais condenaram a ação militar.

“O Governo brasileiro condena nos mais firmes termos a tentativa de golpe de Estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército, em clara ameaça ao Estado democrático de Direito no país. O Governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos”, disse o Itamaraty em nota. O presidente Lula e o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, também condenaram a ação.

No X (antigo Twitter), o presidente do Chile, Gabriel Boric, também comentou a situação no país vizinho. “Do Chile, expresso minha preocupação pela situação na Bolívia. Expressamos o nosso apoio à democracia no nosso país irmão e ao governo legítimo de Luis Arce. Condenamos veementemente a inaceitável ação de força por parte de um setor do exército daquele país. Não podemos tolerar qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar”, escreveu.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também escreveu sobre a tentativa de golpe nas redes sociais. “Condeno firmemente as tentativas de derrubar o governo democraticamente eleito da Bolívia. A União Europeia apoia as democracias. Expressamos o nosso forte apoio à ordem constitucional e ao Estado de direito na Bolívia”, disse no X.

Com informações de AFP

Nas eleições deste ano, Fortaleza terá 50.520 eleitores a menos que na disputa de 2020

Em 2020, o Tribunal Regional Eleitoral registrava 1.821.382 eleitores aptos a votar, em outubro daquele ano, para prefeito e vereadores de Fortaleza. Quase 400 mil eleitores não foram votar, registrando uma abstenção muito grande. Ao final do processo de votação somaram-se apenas 1.423.608 votos válidos, junto com os de legenda, válidos e nulos. O quociente eleitoral, que é a divisão dos votos válidos pelo número de vereadores (43 em Fortaleza) chegou  29.734 votos. Só um dos atuais vereadores, Ronaldo Martins, ultrapassou o quociente eleitoral. ele somou 31.840 sufrágios.

Na eleições deste ano, embora o número de eleitores seja menor que o do pleito municipal  passado, poisa totaliza 1.77.862, o quociente eleitoral, para a eleição de um vereador, ultrapassará os 30 mil votos, pois a abstenção deverá ser bem menor. O número atual de eleitores está mais próximo do real. Assim, é possível que o número de votos contados seja maior que o de 2022, quando da eleição de governador e de presidente  os votos dos fortalezenses foram quase 1.600.000.

Neste ano, o número de candidatos por partido, será bem menor que o da última eleição. Cada partido, só poderá apresentar 44 candidatos à Câmara Municipal de Fortaleza, o número atual de vereadores e mais um. Destes, 13 candidatos, no mínimo, terão que ser do sexo feminino. Não há coligação para a disputa de vereador, só poderá haver coligação para a eleição de prefeito. Assim, cada partido para eleger um vereador terá que ter no mínimo 34 mil votos. O PDT, que tem hoje a maior bancada na Câmara, só repetirá o número de vereadores que elegeu em 2020, 10 no total, com 238.515  sufrágios, se alcançar pouco mais de 300 mil votos, o que exigiria que todos os seus candidatos a vereador, neste ano, conseguissem, em médio, de 7 mil votos, cada.

Os vereadores que buscarão um novo mandato estão muito apreensivos, sobretudo com o custo da campanha. O Estado do Ceará, hoje, oficialmente, tem um total de 6.941,p81 eleitores. Na última eleição, em 2022, os eleitos aptos a voltar, eram 6.820.673, mas em outubro daquele ano, só compareceram às urnas 5.628.610 eleitores.
Resultados das eleições municipais de Fortaleza em 2022 para vereador.

 Blog Edison Silva

Oposição quer vídeo de sessão de 2018 para provar que presidente da Assembleia foi contra “CPI do Narcotráfico”

Foto: ALCE
Em fevereiro de 2018, enquanto líder do Governo Camilo, o deputado Evandro Leitão se colocou contra a instalação da “CPI do Narcotráfico”. 
Desde março deste ano que o deputado Cláudio Pinho (PDT) tenta, sem sucesso, uma cópia de um vídeo da sessão plenária do dia 15 de fevereiro de 2018. Em justificativa, o parlamentar afirma que na ocasião, o então líder do Governo Camilo Santana e hoje presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PT), teria se posicionado contra a instalação da “CPI do Narcotráfico”, o que na opinião do pedetista pode ter contribuído para a situação de violência em que o Estado se encontra.

O objetivo dos deputados de oposição, aparentemente, é político-eleitoral, visto que Evandro é pré-candidato a prefeito de Fortaleza. Nas últimas semanas tem sido divulgada informação de que Leitão teria usado como justificativa a segurança da família para se posicionar contra a instalação da CPI do Narcotráfico.

“Eu tenho três filhos para criar, eu tenho um neto, eu não ando com segurança 24 horas do meu lado. Querer jogar a população contra essa Casa não é justo, se quer fazer uma CPI, quem desejar pôr seu nome nessa comissão, que assim o faça”, disse Evandro Leitão à época.

O pedido de CPI do Narcotráfico foi feito pela então deputada Rachel Marques, que também é do PT, em 2015. Junto com esse, outros dois também foram feitos: um para investigar o Seguro DPVAT (que foi instalado) e outro para investigar, mais uma vez, a exploração sexual de crianças no Ceará. O objetivo de tais inqueritos, segundo a oposição da época, foi barrar a “CPI do Acquário”, que queria fiscalizar os recursos destinados para a instalação do “Acquário Ceará”, que agora é um equipamento destinado para a UFC.

Segundo Cláudio Pinho, ele fez a solicitação das imagens da sessão do dia 15 de fevereiro de 2018 ainda em março deste ano e até o momento não obteve resposta da Casa Legislativa. “Essa sessão falava da CPI do Narcotráfico e hoje estamos enfrentando essa problemática, porque naquela época a Assembleia não tomou as providências. O líder do Governo na época, o deputado Evandro Leitão, se posicionou contrário a essa matéria”, disse.

Conforme Pinho, o resultado de não ter se investigado o narcotráfico no Ceará se dá agora, com uma crescente das chamadas facções criminosas. Ele lembrou que os deputados do Rio de Janeiro fizeram essa discussão e por lá descobriu-se o envolvimento de políticos, membros da Polícia, bicheiros e outros agentes públicos. “Isso só foi possível porque se instalou uma CPI. Queria pedir à Casa e aos demais colegas que possamos conseguir o quanto antes essas imagens para termos em mãos, para fazermos uma melhor análise”, pontuou.

Em resposta a Pinho, o deputado Tomaz Holanda (Avante) explicou que a CPI não teria sido criada pois se tratava de uma discussão de prerrogativa do Congresso Nacional e não da Assembleia Legislativa. “Não tinha sentido criar essa CPI naquela época”,  justificou o governista.

Transparência

Lucinildo Frota (PDT) defendeu mais transparência da Casa, afirmando ele que vários projetos estão sendo aprovados para tratar da Segurança Pública, mas caso a CPI tivesse sido instalada daria uma maior contribuição para  a área. Antônio Henrique (PDT) também frisou a necessidade de a Assembleia ser mais transparente com os deputados e os cidadãos, e cobrou a entrega das imagens para o colega pedetista.

“O Rio de Janeiro instalou a CPI, então não vejo motivo de a Assembleia do Ceará não ter instalado, mesmo com a justificativa do Tomaz, que tentou explicar o porquê de ela não ter sido instalada”, disse Henrique. O deputado Queiroz Filho (PDT) corroborou com seus pares. “Desde março que o Cláudio Pinho fez essa solicitação de imagens da sessão. É um direito dele e de todos nós termos acesso a essas informações. Acho importante a Assembleia fornecer essas imagens”.

Blog Edison Silva