terça-feira, 23 de junho de 2015

URUOCA, SENADOR SÁ E MAIS OITO MUNICÍPIOS SÓ TERÃO ÁGUA ATÉ JULHO



Os manancias de 20 municípios cearenses vão secar nos próximos meses. Após uma quadra chuvosa que não conseguiu elevar o nível das bacias hidrográficas do Estado, será necessário recorrer a outras fontes para garantir o abastecimento da população. Itatira, Palmácia, Mulungu, Baixio, Umari, Ipaumirim, Pereiro, Uruoca, Senador Sá e Catunda têm água suficiente em seus reservatórios só até julho.

Outros dez municípios vão ter as fontes básicas de abastecimento extintas entre agosto e outubro - segundo Hélder Cortez, gerente de Saneamento Rural da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

A situação para o segundo semestre, explicam gestores e especialistas, é mais que preocupante. Quando considerado o Estado inteiro, 2015 é o quarto ano seguido com precipitações abaixo da média histórica e seca. Em algumas regiões, entretanto, como a Bacia do Curu, este é o sexto ano sem água. “O segundo semestre vai ser um período difícil para vários municípios. E Fortaleza precisa começar a contribuir com o uso racional de água”, lembra Débora Rios - diretora de Operações da Companhia Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Futuro

Se a condição é de alerta nestes meses que sucedem a quadra chuvosa, a chegada do segundo semestre assusta. Na maioria dos municípios que terão manancias esvaídos brevemente, a solução é investir na abertura de poços. Segundo Hélder Cortez, encontros semanais estão sendo realizadas entre os órgãos que gerenciam os recursos hídricos no Estado para desenvolver e implantar soluções. Na ultima sexta-feira, 19, técnicos que estavam no Interior se reuniram com o gerente para compartilhar a situação e pensar o futuro.
Para junho e julho, a pós-estação, não há perspectiva forte de chuva. Como este período é caracterizado por sistemas climáticos extremamente variáveis, não é possível traçar previsões concretas, explica o meteorologista Leandro Valente, da Fundação Cearenses de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Por isso, economizar toda a água armazenada é fundamental para manter o abastecimento no Ceará.

Em algumas cidades, poços já foram cavados e outros já começaram as perfurações, é o caso do município de Martinópole onde a administração pública vem tomando as providencias necessárias para amenizar a falta d água. A previsão é que o açude Martinópole (Jardim), único que abastece a cidade não terá água suficiente até outubro.
Em Novo Oriente, distante 397 quilômetros da Capital, o abastecimento vem sendo feito pelo açude Flor do Campo - que integra a lista de 33 reservatórios cearenses no volume morto. Pedro Brás, secretário da Agricultura do Município, aponta os poços como solução. “As autoridades locais estão preocupadas”, comenta.

Para reforçar a vazão, dois poços que já existiam dentro do açude estão sendo reativados. Eles foram construídos por proprietários dos terrenos que deram lugar ao reservatório e, com o baixo volume, foram encontrados. “O medo é ficar sem água em dois meses mesmo com os poços”, reconhece Pedro.

Reservas

Segundo boletim de monitoramento da Cogerh, dos 153 açudes cearenses, 33 estão no volume morto e 16 estão secos. Além desses reservatórios, responsáveis majoritários pelo abastecimento, as cisternas e os carros-pipa entram como alternativas para evitar colapso. Segundo Dedé Teixeira, secretário estadual do Desenvolvimento Agrário, a situação é mais confortável nas localidades que tiveram cisternas totalmente abastecidas. Mas, como os índices de chuvas se diferem entre as regiões, alguns depósitos só conseguiram a metade da capacidade. “Não pode ter uso irregular. Ou, em agosto e setembro, o interior começará a ficar muito dependente do carro-pipa”, diz Dedé. (colaborou Igor Cavalcante)

Com informações: O POVO

DEPUTADO DENUNCIA QUE 5 VEREADORES RECEBERAM R$ 750 MIL PARA AFASTAR PREFEITO DE CANINDÉ



O deputado Elmano Freitas (PT) afirmou ter provas do envolvimento de cinco vereadores do município de Canindé numa manobra para afastar o prefeito Celso Crisóstomo (PT) do Executivo Municipal, em pronunciamento na Assembleia Legislativa. 

Em sessão realizada na última sexta-feira (05/06), a Câmara de Vereadores decidiu, por 11 votos a quatro, afastar o prefeito por 90 dias. A acusação é de improbidade administrativa, por suposto desvio de receitas da Contribuição de Iluminação Pública. A Justiça já havia decretado, em 27 de maio, a perda da função pública e a indisponibilidade dos bens. 
“Nós iremos provar que cinco vereadores receberam R$ 150 mil, cada um, para votar a favor do afastamento do prefeito. E o que mais me impressionou é que o Poder Judiciário colaborou para isso, aliás, o juiz”, informou. 

Elmano Freitas explicou que a Prefeitura de Canindé sempre realizou o pagamento da energia pública da cidade e dos prédios públicos na mesma conta. 
O parlamentar ressaltou que o juiz da Comarca, quando recebeu a ação civil pública, orientou o prefeito a separar as contas, mas não o afastou do cargo. O Executivo Municipal acatou a sugestão. Porém, quando o magistrado tirou férias, o juiz substituto decidiu julgar esse processo, apesar de o erro já ter sido corrigido. 

“Quero deixar claro que o prefeito não foi afastado pela Justiça, e sim por uma manobra. Sabemos que estamos tratando com gente do crime organizado, gente envolvida com roubo de cargas, que está inserida na política. Aviso aqui que não iremos recuar. Pediremos ao Ministério Público para afastar vereador corrupto, pois não podemos admitir esse tipo de chantagem”, defendeu Elmano. 

Em aparte, o deputado Moisés Braz (PT) apresentou solidariedade ao prefeito de Canindé, Celso Crisóstomo, e disse que a inocência dele seria provada. “Nossa luta é pela seriedade e ética da política”, destacou. 

Para a deputada Rachel Marques (PT), ainda cabe recurso da decisão judicial para que o prefeito prove inocência. Na avaliação dela, o fato mais grave está nos fortes indícios de que houve influência econômica nos votos do Legislativo municipal. 

Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que “imaginar vereadores recebendo R$ 150 mil para afastar um prefeito é lamentável”. Na avaliação dele, não haveria indícios de desvio de recursos.

Confira o áudio que sustenta a denuncia (aqui)
 


(Revista central)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

SEM POLÊMICA, CÂMARA DE VEREADORES APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME) DE MARTINÓPOLE.



Restando poucos dias de expirar o prazo para sanção do Plano Municipal de Educação (PME) por parte das prefeituras, a Câmara Municipal de Vereadores de Martinópole aprovou durante a sessão ordinária desta quinta-feira (18) o Plano Municipal de Educação (PME), que firma os compromissos da educação pública durante os próximos 10 anos. Usando a tribuna, os vereadores foram unânimes ao louvar o PME. Resultado: aprovado por UNANIMIDADE.

As metas do plano foram definidas durante uma Audiência Pública realizada dia 29/05 através da Secretaria Municipal de Educação. Para reforçar a aprovação, representando a educação do município, o secretário de educação do município Aderaldo Ferreira, se fez presente, porém não foi convidado a ir a tribuna pra falar sobre o PME.
Para ser levado à Câmara, O PME de Martinópole contou com uma comissão de acompanhamento e avaliação, recebeu contribuição de educadores e setores da sociedade martinopolense, além de ser debatido em uma audiência pública com a presença do Poder Legislativo.

Do Blog: - A propósito, caro leitor, você ouviu a expressão “TODA UNANIMIDADE É BURRA. QUEM PENSA COM A UNANIMIDADE NÃO PRECISA PENSAR”, de Nelson Rodrigues? Pois bem, em tese foi o que aconteceu hoje, ou seja, do jeito que o Plano foi apresentado, aprovado foi.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A SANGUE FRIO: MONICA AGUIAR ANULA CONCURSO MUNICIPAL/2012


Campanha eleitoral para a prefeitura de Camocim. Auditório do Instituto São José.
Monica Aguiar prometeu:
"Vou chamar os concursados e os classificados"

O que faltava não falta mais. A prefeita Monica Aguiar deixou claro a todos, de uma vez por todas, no dia de ontem, o que todos já sabiam: moveu e moverá "céus e terra" para não dar posse aos aprovados no concurso de 2012. Enquanto um grupo de 10 candidatos aprovados dava mais um passo na "via-crúcis" da nomeação, indo ao Tribunal de Justiça, em Fortaleza, para tratar dos trâmites das ações civis públicas movidas pelo Sindicato APEOC e a Defensoria Pública, era publicada no Diário Oficial do Estado, na Pág. 126, a decisão de Monica Aguiar contra o certame. Não foi a Justiça quem determinou. Não foi STF, STJ ou algum Tribunal. Foi Ela. Ela pode. Na verdade, sempre pôde, desde que assumiu. Mas pensou, considerou, calculou ganhos e perdas políticas e resistiu até agora para, finalmente, dar "a sangue frio" mais este covarde golpe nesses trabalhadores que insistem tanto em querer servir ao nosso município.
 
Manifestação dos aprovados no Concurso/2012
Por que será que a prefeita demorou tanto a decretar nulo o concurso de 2012? Será por que ela pensava sobre a sua palavra e assinatura empenhadas durante a campanha? Afinal, ela disse tudo o que não fez. Todos lembram: ela disse que nomearia aprovados e, conforme a necessidade (que existe) até os classificados: palavras, só palavras.

Será que pensou que os concursados esqueceriam, desistiriam. Crasso engano. Quase três anos se passaram após a homologação e o grupo continua firme: Ação Civil Pública, Mandado de Segurança, Reuniões, Manifestos, ida ao TJ. Sempre esperando por justiça por parte do Judiciário, não por parte dela. Afinal Monica Aguiar não demonstrou durante todo este tempo qualquer sensibilidade para com eles.

Está claro que Monica Aguiar prefere contratar. Afinal, em sua equação, 1 contrato = 1 voto (ou mais). Assim, quanto mais tempo resistiu em nomear os concursados, mais tempo e voto ganhou e ganhará para si e para seus aliados. Assim foi em 2014, quando usou a máquina pública colocando centenas e centenas de temporários e comissionados para trabalharem na campanha vencedora de seu marido, o Deputado Sérgio Aguiar. Inclusive, na época, denunciamos o fato ao Ministério Público.

E agora, o que faremos?
 
Concursados, Dr. Ítalo Bezerra e Neudson Carvalho no Tribunal de Justiço em 09/06/2015
O concurso é legal, cuja nomeação já fora determinada três vezes pelo Judiciário, sendo todas as vezes repelida pela chefe do executivo. Já o decreto da prefeita é um ato arbitrário e será questionado pelo Sindicato APEOC no Ministério Público e no Judiciário.

Não desistiremos. Estamos lutando por nossos associados que estão entre os aprovados e pela bandeira sempre tremulada por nossa Entidade que é a realização de concurso público.

A luta continua.

Fonte: Apeoc