sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Viatura do Raio capota durante ocorrência no interior do Ceará; 4 policiais ficaram feridos

Foto Reprodução 
Uma viatura do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio), da Polícia Militar do Ceará (PMCE), capotou na tarde da última quarta-feira (25), em Juazeiro do Norte, deixando quatro policiais feridos.

De acordo com a PMCE, os policiais seguiam para o bairro Vila Nova após receberem informações sobre a presença de pessoas armadas na localidade. Durante o trajeto, o motorista da viatura perdeu o controle do veículo, que saiu da pista e capotou.

Os quatro policiais foram socorridos para o Hospital Regional do Cariri (HRC). Três deles já receberam alta, enquanto um permanece internado em observação.

Com informações do Sitr Miséria.

Dois homens são mortos a tiros em via pública de Jericoacoara às vésperas do Réveillon

O crime ocorreu em um dos períodos de maior movimento turístico da região, que se prepara para as celebrações de Ano Novo
Dois homens foram mortos a tiros na madrugada desta sexta-feira, (27), em uma via pública da Vila de Jericoacoara, no município de Jijoca, no Ceará às vésperas do Réveillon. O crime ocorreu em um dos períodos de maior movimento turístico da região, que se prepara para as celebrações de Ano Novo.

De acordo com relatos, algumas pessoas procuraram a base policial local após escutarem disparos de arma de fogo próximos à unidade hospitalar da vila. Ao chegarem ao local indicado, os agentes encontraram duas vítimas já sem vida. Até o momento, as autoridades não divulgaram as identificações das pessoas mortas.

Este é o segundo caso de homicídio registrado em menos de dez dias na região. No último dia 18, o corpo de um turista paulista de 16 anos foi encontrado na área. O adolescente teria sido assassinado após ser acusado, por integrantes de uma organização criminosa de origem carioca que tem atuação na região, de pertencer a uma facção rival oriunda de São Paulo.

Os recentes episódios de violência preocupam moradores e turistas de Jericoacoara, destino internacionalmente conhecido por suas belezas naturais.

Prefeito de Santa Quitéria é acusado de envolvimento com facção - MPE pede cassação do diploma

Segundo informações, a finalidade da aliança com a criminalidades era de influenciar o voto dos eleitores e violar a normalidade e legitimidade do último pleito
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barrozo, conhecido como Braguinha (PSB), e do seu vice Francisco Gardel Mesquita Ribeiro, Gardel Padeiro (Progressistas), acusados de abusar do poder político e econômico ao se envolverem com integrantes de uma facção criminosa.

Segundo informações, a finalidade da aliança com a criminalidades era de influenciar o voto dos eleitores e violar a normalidade e legitimidade do último pleito.

O órgão também pediu a inelegibilidade dos dois eleitos, além da candidata a vereadora Kylvia Maria de Lima Oliveira (Progressistas), e dos servidores Francisco Leandro Farias de Mesquita e Francisco Edineudo de Lima Ferreira, suspeitos de participarem das atividades ilegais. Até o momento, eles ainda não foram citados pela Justiça Eleitoral.

Histórico - Em abril do ano passado, Braguinha chegou a ser afastado da prefeitura por 180 dias, por suspeitas de irregularidades em contratos para limpeza pública de Santa Quitéria e abastecimento de veículos da cidade.

Em agosto do mesmo ano, porém, a Câmara dos Vereadores do município votou pelo arquivamento do processo que poderia levá-lo à cassação. Apesar da decisão dos vereadores locais, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) prorrogou o afastamento de Braguinha, que só retornou ao cargo em fevereiro deste ano.

Ao decorrer do pleito deste ano, um integrante de facção criminosa foi preso, suspeito de ameaçar eleitores para manipular votos.

Servidores de Santa Quitéria teriam ido ao RJ dar carro a chefe de facção

Em pedido de cassação e inelegibilidade, MPE listou diversos indícios que integrantes do Comando Vermelho agiram em prol da reeleição de José Braga Barrozo, o Braguinha
Pichações com ameaças a eleitores de Tomás Figueiredo (MDB) foram uma das formas que integrantes do CV atuaram nas eleições de Santa Quitéria, conforme o MPE
Servidores da Prefeitura de Santa Quitéria, município do Sertão dos Crateús, teriam ido até o Rio de Janeiro (RJ) entregar um carro para o traficante Anastácio Pereira Paiva, conhecido como Doze ou Paulinho Maluco, apontado como chefe do Comando Vermelho (CV) em diversos municípios da Região Norte do Estado. Esse é um dos indícios apontados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que evidenciam o envolvimento do prefeito eleito de Santa Quitéria, José Braga Barrozo, o Braguinha (PSB), com integrantes da facção criminosa. 

Conforme Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), apresentada pelo MPE no último dia 18 de dezembro, dois funcionários que ocupam cargos comissionados na Prefeitura de Santa Quitéria foram até o Rio em 19 de julho deste ano.

O documento afirma que Francisco Edineudo de Lima Ferreira e Francisco Leandro Farias de Mesquita partiram de Fortaleza a bordo de um veículo modelo Mitsubishi Eclipse Cross. Em 21 de julho, os dois regressaram ao Ceará de avião. O carro foi encontrado em 17 de dezembro último em uma casa que pertenceria a Anastácio, na comunidade da Rocinha, durante uma operação que visava, justamente, prender o traficante e outros faccionados cearenses foragidos no Rio.       

Francisco Edineudo de Lima Ferreira ocupa cargo de Coordenador do Gabinete do Prefeito, enquanto Francisco Leandro Farias de Mesquita ocupa cargo de Assessor Técnico no órgão municipal de trânsito, ambos foram nomeados por JOSE BRAGA BARROZO. O MPE ainda menciona que Francisco Leandro foi preso em 2020, ocasião em que foi descrito como "motoristas da facção" e "responsável pelo transporte de drogas.

MPE anexou ainda listou uma série de ações criminosas realizadas por integrantes do CV em Santa Quitéria visando influenciar as eleições municipais. Eleitores foram coagidos através de áudios e mensagens no Whatsapp, assim como pichações foram realizadas ameaçando eleitores do candidato Tomás Figueiredo (MDB).

Funcionários da Justiça Eleitoral no município também foram ameaçados pelos criminosos, afirma o MPE. Em 18 de setembro, um homem não identificado ligou para o Cartório Eleitoral do município e afirmou que, se a Justiça não “parasse” com as decisões contra os “irmãos” do CV, a unidade seria atacada e pessoas seriam assassinadas.

O MPE ainda registrou que um homem foi encontrado morto em 3 de outubro, com marcas de tiros, nas proximidades de um açude do distrito de Sangradouro. Ao lado do corpo, haviam vários “santinhos”. O crime ainda não foi elucidado.

Ainda durante a campanha eleitoral, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de tentar interferir no pleito. Em celulares que foram apreendidos, os policiais se depararam com conversas de integrantes do CV planejando os ataques a opositores de Braguinha.

Casal forja suicídio e mata mulher enforcada para tomar casa da vítima

Um suposto caso de suicídio teve uma reviravolta após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobrir o plano macabro de um casal para assassinar uma mulher e ficar com três casas erguidas em um lote em Ceilândia. Os suspeitos forjaram a cena para simular que vítima havia se enforcado com um lençol. Ambos são alvo de mandados de prisão cumpridos durante operação deflagrada pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), nesta sexta-feira (27/12).

De acordo com as investigações, Samara Regina da Costa Dias (foto em destaque), 21 anos, foi encontrada morta em 16 de dezembro, dentro da casa que havia alugado para um casal de amigos. A mulher estava caída, com o corpo sentado, escorada na parede da janela e um lençol enrolado ao pescoço. O tecido estava amarrado à grade da janela. A cena chamou a atenção dos policiais, já que a altura era muito baixa para que alguém se enforcasse.

No entanto, o corpo da mulher não apresentava sinais de violência e o caso foi registrado, em um primeiro momento, como suicídio, enquanto as investigações prosseguiam. Os policiais apuraram que Samara havia passado por uma forte depressão após a morte da mãe, que morava na casa maior do lote. A jovem passou a usar drogas, remédios controlados, álcool e morava sozinha na propriedade que contava com outras duas casas menores.

Sozinha e sem parentes, Samara convidou um casal para morar na casa que era da mãe dela. O caso sofreria uma reviravolta no último dia 20, quando os dois suspeitos do crime brigaram e o homem foi preso por violência doméstica e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam). Na delegacia, a mulher delatou o companheiro, afirmando que ele havia enforcado Samara até a morte com um mata-leão.

A mulher relatou ainda que, na noite do crime, havia saído de casa para comprar um lanche para o companheiro e para Samara e, quando entrou na residência, flagrou o momento em que o homem sufocava a dona da propriedade. No decorrer das apurações, a versão da mulher também caiu por terra. Os policiais descobriram que o casal havia comentado com outros usuários de drogas que haviam assassinado Samara juntos.

Além disso, o laudo cadavérico apontou que a vítima morreu após asfixia por meio físico-químico, secundária a enforcamento. Também consta no laudo que não foram encontradas outras lesões traumáticas sugestivas de luta ou agressão. Assim, pelo fato de não terem sido encontradas outras lesões em Samara, há fortes indícios de que a suspeita tenha mentido em seu depoimento quando disse ter apenas presenciado o companheiro dando um mata-leão na dona do lote.

PM briga com vizinho, coloca-o de joelhos e atira no rosto dele

Um vídeo mostra o exato momento em que um Policial Militar reformado atira no rosto de um homem de 61 anos na porta de casa. O caso aconteceu em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última segunda-feira (23).

Câmeras de segurança mostram quando um homem sem camisa está no portão de casa conversando com duas pessoas. Em seguida, elas entram no carro e o veículo vai embora. Segundos depois o policial reformado, suspeito de efetuar o disparo, aparece nas imagens de camisa branca e armado. No momento, eles parecem discutir. Em seguida, a vítima se ajoelha, levanta as mãos e é baleada, no bairro Novo Riacho.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, ambos não têm uma boa relação e já discutiram outras vezes.
Após o disparo no rosto, uma mulher de blusa rosa aparece no vídeo e tenta ajudar o homem que não consegue levantar. A bala entrou pela região do olho e saiu pelo nariz do homem, que segue internado no Hospital Municipal de Contagem em situação delicada.

Segundo a filha da vítima, de 21 anos, ela também foi ameaçada pelo policial militar reformado e durante a manhã desta quinta-feira (26) irá à delegacia fazer a representação.

Ainda de acordo com a PM, o policial reformado tem 77 anos e foi preso. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um retorno.

Policiais roubaram de Gritzbach relógios de luxo e sítio comprado do dentista dos famosos

Em delação premiada feita ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) em 16 de julho deste ano, o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, executado a tiros no Aeroporto Internanacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro, afirmou que policiais civis “roubaram” dele, além de relógios de luxo, um sítio que o delator havia comprado de Roberto Viotto, conhecido como o “dentista dos famosos“.

A área rural, localizada em Biritiba Mirim, na Grande São Paulo, foi comprada pelo delator por R$ 1,5 milhão, como afirmado por ele a promotores do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

No entanto, Gritzbach ainda não havia passado o sítio para seu nome quando policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram um mandado de busca e apreensão em um de seus imóveis em fevereiro de 2022. Na ocasião, segundo a denúncia do corretor de imóveis, os agentes recolheram a escritura da área rural, mas não relacionaram o documento na lista de itens apreendidos.

Com o documento em mãos, como consta na delação, o investigador Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, teria coagido o dentista Roberto Viotto para que ele transferisse o sítio diretamente a uma pessoa indicada por ele.

“O Rogerinho era, acho, tem algum elo de amizade com o Viotto e falou que o Viotto ia se prejudicar na lavagem de dinheiro […] Pra ele não ser ouvido [em depoimento] e ele não aparecer em nenhum inquérito, ele tinha que acertar lá [a transferência do sítio]”, afirmou Gritzbach ao Gaeco.

Durante o depoimento de Gritzbach, o promotor questiona se Rogerinho trabalhava com o delegado Fábio Baena. “Sim. É até vergonhoso, né?”, responde o delator.

RG de pet: governo inicia em janeiro cadastro nacional de cães e gatos


Cães e gatos domésticos de todo o Brasil poderão ter uma carteira de identidade a partir de janeiro de 2025. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que cria o Cadastro Nacional de Animais Domésticos.

O RG dos pets vai ajudar no controle de doenças e no combate aos maus-tratos. Pode ainda evitar abandonados e facilitar a localização de animais desaparecidos.

A nova ferramenta vai atribuir um número de identidade único e intransferível para cães e gatos válido em todo o território nacional. O sistema está em fase final de testes. O registro, gratuito, será feito pela plataforma Gov.br., através da internet.

Para isso, o tutor deverá fornecer informações pessoais, como nome, RG, CPF e endereço, além de dados sobre o pet, como raça, idade, histórico de doenças e vacinas. O responsável ficará sujeito a sanções que ainda serão definidas em caso de prestar informações errôneas.

A plataforma emitirá uma carteirinha digital com a foto do animal e um QR Code, que poderá ser impresso e preso à coleira do pet. “Um avanço importante no combate aos maus-tratos e ao abandono dos animais, e também para o controle de zoonoses”, disse o presidente em seu perfil no X. Lula e a primeira-dama Janja da Silva são tutores de três cachorrinhas.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, responsável pela criação do cadastro, a adesão será obrigatória apenas para quem usa recursos federais para atividades como castração e chipagem. Nos demais casos, será voluntária, mas haverá campanhas de incentivo à adesão. Não haverá qualquer tipo de cobrança de taxa ou imposto sobre a posse do pet.

Um resumo leve e descontraído dos fatos do dia, além de dicas de conteúdos, de segunda a sexta.

De início não será obrigatório colocar chip no animal, mas essa informação deve ser incluída no cadastro caso o pet tenha chip. Os tutores deverão ainda atualizar as informações sempre que houver mudanças, como venda, doação ou morte do animal. O cadastro não será aplicável a animais de produção agropecuária.

Segundo a lei, que ainda deverá ser regulamentada, a União deverá compartilhar os dados com os Estados e os municípios, já que os pets serão cadastrados nas cidades em que vivem com seus tutores.

De acordo com levantamento feito pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a partir da pesquisa ‘Radar Pet 2020′, naquele ano, no Brasil, havia mais de 37 milhões de domicílios com algum pet, podendo ser cães ou gatos.

São Paulo já usa documento
Em São Paulo, capital, o Registro Geral Animal (RGA) é obrigatório por lei a todos os cães e gatos com mais de 3 meses de idade. O tutor do animal recebe uma carteira digital timbrada e numerada com seus próprios dados e do animal. Faz parte do documento uma plaqueta de identificação com o número do RGA, que deverá ser fixada à coleira do animal.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde quando o serviço foi criado, em 2001, já foram registrados cerca de 2 milhões de animais (entre cães e gatos) na capital.

Fonte: Estadão

Perdeu a paciência: No Recife, fotógrafos ultrapassam limite permitido e levam bronca e são expulsos por Roberto Carlos

Quem já trabalhou ou foi nos shows de Roberto Carlos sabe que há um limite permitido para ficar em frente ao palco, que é de apenas duas músicas. Em Recife, os colegas de imprensa (fotógrafos) ultrapassaram esse limite e acabaram levando bronca grande do Rei Roberto.

Pastor é suspeito de matar prefeito de João Dias e cogitou executar crime durante culto; Ex-prefeita segue foragida

Um pastor de 27 anos de idade foi um dos mandantes do assassinato do prefeito de João Dias,, Marcelo Oliveira, e o pai dele, Sandi Oliveira, segundo a Polícia Civil. O crime aconteceu em agosto, durante a campanha eleitoral.

As identidades dos mandantes não foram reveladas. O pastor de 27 anos atuava em uma igreja evangélica da região. De acordo com a Polícia Civil, ele está entre os seis presos nesta sexta-feira (27) em nova fase de investigação do crime.

Policiais cumpriram seis mandados de prisão e outros seis de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Dias, Patu e Marcelino Vieira.

De acordo com o delegado Alex Wagner, da Divisão de Polícia Civil do Oeste, o pastor teria auxiliado o grupo a tentar encontrar um lugar ideal para o crime ser cometido. A igreja evangélica, inclusive, chegou a ser pensada como possibilidade.

"A questão do pastor é que ele ajudava na logística do crime, de encontrar o melhor local pra cometer o crime, o momento mais adequado", explicou o delegado.

"Foi cogitado, inclusive, cometer durante o culto onde o Marcelo [prefeito] visitava, porque era o momento que ele estava vulnerável, exposto".

Veja abaixo a fala do delegado Alex Wagner:
Segundo a Polícia Civil, a operação recebeu o nome “Profanos” porque, segundo as investigações, o crime foi articulado durante um culto religioso.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, o inquérito foi concluído com o indiciamento de oito pessoas como executores e outras cinco como mentores intelectuais do duplo homicídio, "além de 10 pessoas já indiciadas por formação de milícia".
Prefeito Marcelo Oliveira foi assassinado em agosto deste ano (Foto: Reprodução)
Ex-prefeita e irmã vereadora foragidas
A ex-prefeita da cidade, Damária Jácome - que foi vice de Marcelo Oliveira - e a vereadora Leidiane Jácome, irmã dela, também tiveram mandados de prisão aberto contra elas, mas não foram encontradas. Segundo a Polícia Civil, elas passaram a ser consideradas foragidas.

Em nota, os advogado de defesa das irmãs, informou que "reafirma a inocência de ambas e a ausência de qualquer relação com esses crimes". Além disso, garantiu que Damária e a irmã não estão foragidas.

"Sequer sabiam dessa operação ou de qualquer mandado de prisão contra elas. Como é comum nesse período, a família viajou", informou a nota.

Segundo o advogado, "devido ao clima de insegurança na cidade, Damária achou por bem ficar longe durante esses dias que antecedem a posse da prefeita eleita, evitando com isso qualquer tipo de problema".

O advogado disse ainda que Damária enviou para todas as autoridades "denúncias de ameaças que ela e sua família estão sofrendo e, por segurança, todos saíram da cidade".

O crime
Embora fosse conhecido como Marcelo, o nome do prefeito de João Dias era Francisco Damião de Oliveira, de 38 anos.

Ele era candidato à reeleição e, junto do pai, estava visitando casas de apoiadores no fim da manhã do dia 27 de agosto, por volta das 11h, no conjunto São Geraldo, em João Dias, quando criminosos distribuídos em dois veículos chegaram repentinamente ao local e atiraram contra os dois. Um segurança do gestor também foi baleado.

O pai do prefeito, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, morreu na hora. Marcelo chegou a ser socorrido e deu entrada com vida em um hospital de Catolé do Rocha, na Paraíba, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, ele foi atingido por 11 disparos de arma de fogo.

No mesmo dia, as forças de segurança do Rio Grande do Norte começaram uma força tarefa para prender os autores do crime. Além de suspeitos de envolvimento na execução, outras 10 pessoas foram presas suspeitas de montar um plano de vingança pelo assassinato do gestor.

Após o crime, o irmão de Marcelo e filho de Sandi Oliveira, Jessé Oliveira, então presidente da Câmara Municipal, assumiu a gestão do município, porque a vice-prefeita Damária Jácome estava impedida pela Justiça. Ele abriu mão da candidatura à reeleição ao cargo de vereador.

A esposa do prefeito morto, Fatinha de Marcelo, foi escolhida como a candidata do União Brasil em subsituição do marido e eleita no dia 6 de outubro como a gestora municipal a partir de 2025.

Quem eram as vítimas
Eleito pela primeira vez em 2020, Marcelo renunciou ao mandato em julho de 2021, mas voltou à Prefeitura em outubro de 2022, depois que alegou na Justiça que tinha sido coagido a abrir mão do cargo sob ameaças da família da sua então vice-prefeita, Damária Jácome.

Marcelo já tinha uma carreira política no município. Ele foi eleito vereador pelo município em 2008 e 2012 e foi candidato a prefeito pela primeira vez em 2016, mas não conseguiu se eleger naquela ocasião.

Pai de Marcelo, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, também já tinha sido vereador do município e era apontado pelo filho como sua inspiração na política.

João Dias é o terceiro menor município do Rio Grande do Norte, com pouco mais de 2 mil habitantes, segundo o IBGE. Ainda de acordo com o instituto, a cidade localizada na região do Alto Oeste, na divisa com a Paraíba, contava com apenas 294 pessoas ocupadas em 2022, com rendimento médio de 1,5 salário mínimo.

G1 RN

MPCE ajuíza ação contra Carlomano e Júnior Mano por desvio de recursos

Deputado federal, Júnior Mano (expulso do PL). Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.
O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Pacatuba, ajuizou Ação de Improbidade Administrativa com reparação de danos contra ex-gestores e empresários, acusados de superfaturamento na contratação de empresa para prestação de serviços de limpeza urbana e manutenção do aterro sanitário em Pacatuba. O MP do Ceará requer, como reparação de dano, a devolução ao erário de R$ 1.090.958,03 dos denunciados.

A ação foi ingressada contra Carlomano Gomes de Marques, ex-prefeito de Pacatuba; Luiz Hernani de Carvalho Junior, ex-secretário de infraestrutura de Pacatuba; Marcos Ronniely Holanda Pedroza, empresário e sócio da Construtora Smart Eireli; e Antônio Luiz Rodrigues Mano Junior, deputado federal e ex-sócio da Gold Serviços e Construções LTDA (Ecogold). Em seis meses de contrato, a Smart Eireli recebeu 3355.004,29 entre os meses de fevereiro a agosto de 2017 para locação de maquinário, veículos e mão-de-obra que, segundo a investigação do MP, não correspondeu ao que havia sido contratado.

Fundamentada no Inquérito Civil nº 06.2019.00003118-9, consta nos autos que a Construtora Smart Eireli foi contratada sem licitação em 2017, no início da gestão do então prefeito Carlomano Gomes de Marques, sob a justificativa de emergência. A denúncia feita por vereadores do município que chegou ao MP aponta que a empresa recebeu um valor mensal de R$ 550.834,09, um aumento de 165% em relação ao valor pago pela gestão anterior, que recebia R$ 207.004,50 pela prestação do mesmo serviço. Além do superfaturamento, os denunciantes alegaram que a Smart Eireli e sua sucessora, Gold Serviços e Construções Ltda, utilizavam a mesma estrutura, com o mesmo endereço, empregados e garis.

Segundo inspeção do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE) realizada em 2017, foram identificadas diversas irregularidades, como ausência de medição que comprovasse a execução dos serviços contratados, falta de documentos essenciais no orçamento, projeto, fiscalização e execução; e divergência entre os valores dos equipamentos contratados e os apresentados no memorial de cálculo do projeto básico, bem como veículos com 40 anos, quando o edital exigia até 10 anos.

Além disso, na investigação, os supervisores da limpeza pública afirmaram que a Smart fazia uso dos garis da prefeitura como se fossem da empresa. O mesmo ocorria com equipamentos de proteção individual e material de limpeza. Embora contratados pela empresa, EPIs e o material de limpeza eram fornecidos pela prefeitura.

Para o Ministério Público, a estratégia de contratar mão-de-obra, material de EPI, fardamento e ferramentas foi uma forma de justificar o aumento de 165% em relação ao ano anterior. Nas investigações ainda foi apontado que o processo de dispensa foi fraudulento, apenas para dar verniz de legalidade à empresa acordada entre os réus, à medida que o contrato foi assinado em 13 de janeiro e o serviço já estava sendo executado pela SMART/ECOGOLD em 02 de janeiro.

Fonte: site do MPCE.