Segundo a família, entre seus planos estavam voar de asa delta, ter filhos e prestar concurso para a polícia
O motociclista Luiz Fernando do Carmo Fontes, morto por um tiro disparado por um policial militar na Cidade de Deus, foi enterrado nesta quinta-feira (6) no Cemitério do Pechincha, na Zona Oeste do Rio. Durante a cerimônia, a mãe do rapaz lembrou que ele tinha o plano de ser policial militar. A família diz que ele foi atingido com um disparo na nuca e a corporação afirma que o disparo foi acidental.
Luis Fernando tinha 27 anos. Trabalhava como fiscal de rampa em São Conrado. Era torcedor do Fluminense e atendia pelo apelido carinhoso de Pinguim, que tinha desde criança. Segundo a família, entre seus planos estavam voar de asa delta, ter filhos e prestar concurso para a polícia.
“Ele tava correndo atrás de fazer prova para a Polícia Militar. Então, ironia do destino que foi a polícia que tirou a vida dele".
A família questiona a versão de que o disparo que atingiu Luiz na nuca foi acidental e cobra repostas.
A família contou que Luiz saiu da Cidade de Deus, onde morava com a namorada, e estava a caminho da casa da mãe, na Taquara.
A Policia Militar disse que os agentes patrulhavam a Estrada dos Bandeirantes e avistaram uma moto com um homem em atividade suspeita e, quando a moto entrou em um dos acessos à comunidade, foi feito um disparo acidental.
A polícia afirmou ainda que, durante toda a ação, os PMs usaram câmeras corporais. A Polícia Civil vai analisar as imagens. Os policiais socorreram Luis Fernando pro hospital, mas ele não resistiu.
De acordo com a Polícia Civil, eles se apresentaram na delegacia e foram ouvidos. A arma foi apreendida para a perícia.