domingo, 2 de outubro de 2022

Lula e Bolsonaro vão disputar 2º turno

Foto: Reprodução
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno da eleição presidencial. A rodada final será no próximo dia 30.

Com quase 97% das urnas apuradas neste domingo (2), o petista estava se aproximava de 48%, ante quase 44% de Bolsonaro, que registrou um desempenho superior ao que previam as pesquisas encerradas na véspera, comandando uma onda de bons resultados de seus aliados nos estados.

Viu reeleitos parceiros em Minas e Rio e viu seu indicado chegar ao segundo turno com o PT em São Paulo, para ficar nos três maiores colégios do país. Já Lula terá de modular sua campanha, baseada até aqui no apelo aos mais pobres, metade do eleitorado, em detrimento à classe média que parece ter se mobilizado em torno do presidente como em 2018.

Assim, a campanha eleitoral será reordenada e, provavelmente, a agressividade vista no debate presidencial da TV Globo na última quinta (29) poderá ganhar novos patamares. A realização do segundo turno mostra que ambos os times rivais esgotaram o arsenal utilizado até aqui.

No caso de Lula, fracassou a busca pelo voto útil. Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) tinham, até as 21h30, cerca de 4% e 3% dos votos válidos, respectivamente.

A arma utilizada pelo petista foi o discurso de que mais um mês de campanha poderia trazer riscos de violência eleitoral, quando não institucionais, exacerbados. De mais a mais, a fortaleza do ex-presidente é um voto que se mostrou impermeável a sangrias até aqui, entre os mais pobres e entre moradores do Nordeste, para ficar em grandes grupos -metade do eleitorado para o primeiro, 27% para o segundo.

Dada a animosidade entre Ciro e Lula, é provável que o pedetista repita 2018, quando outra vez caiu no primeiro turno, e não apoie ninguém. A isonomia também é esperada de Tebet, mas nada disso é central para a definição dos eleitores -1 em cada 5 apoiadores dos dois diziam que poderiam aderir ao voto útil.
Contra Bolsonaro, no segundo turno há o fator da grande rejeição ao ex-presidente apontada nas pesquisas.

Sua principal e mais óbvia investida foi sobre o eleitorado de menor renda e da chamada classe média baixa. Reinventou o Bolsa Família lulista como Auxílio Brasil e o reajustou para R$ 600, além de promover uma série de benesses pontuais a categorias aliadas, como os caminhoneiros. Mais importante, interveio na política de preços da Petrobras para conseguir sucessivas reduções no valor dos combustíveis.

Não deu certo entre os mais pobres, que ganham menos de 2 salários mínimos, embora tenha sido exitoso no segmento imediatamente acima. Agora, observadores se questionam se há alguma medida a ser tirada da manga, como sempre há nos gabinetes de Brasília, mas a dúvida sobre eficácia está instalada.

Na outra ponta, a da imagem, Bolsonaro manteve ao longo da disputa sua campanha contra o sistema eleitoral que o gestou, além de insistir em insinuações golpistas e num apoio que não tem no serviço ativo das Forças Armadas para gestos de ruptura. O que não quer dizer que não poderá tentar, em especial se seguir o manual de sedição deixado pelo seu ídolo, o ex-presidente americano Donald Trump.

Pelo roteiro, a contestação das urnas seria seguida por um levante bolsonarista nas ruas, cujo ensaio teria ocorrido nas manifestações do 7 de Setembro. O desenho não é de fácil execução, embora os episódios de violência ao longo da campanha mostrem que há espaço para bastante confusão.

Mas mesmo isso Bolsonaro teve de modular, sob pressão de seus aliados mais políticos. Notadamente, não fez nenhuma ameaça do tipo no debate da Globo, de olho nos eleitores mais conservadores centristas que aderiram a ele em nome do antipetismo e da antipolítica prevalentes em 2018.

Por outro lado, o figurino radical seguiu sendo usado, como forma de manter a fatia grande do eleitorado que o apoia nesta eleição, desde o começo de caráter plebiscitário -a anemia da dita terceira via de se viabilizar e o renovado fracasso de Ciro em sua quarta postulação são monumentos a essa realidade.

O problema para Bolsonaro é a distância a solidez de sua rejeição, que sempre ficou acima de 51% desde que o Datafolha começou a medir esta corrida, em maio do ano passado. Na pesquisa divulgada no sábado (1º), estava em 52%, um Everest político a ser escalado em meio a uma nevasca.

Se a tendência se mantiver, é possível especular que o Bolsonaro golpista volte a predominar, não tanto pelo risco de ser bem-sucedido, mas porque o presidente precisa manter galvanizada sua base de apoio para tentar repetir Trump e ocupar a vaga de principal desafiante do novo governo já de saída.

Para Lula, o raciocínio é semelhante: manter a distância já lhe bastará, uma vez que também lida com uma rejeição volumosa, na casa dos 40%. Seu desafio será responder com mais objetividade ao que tem fugido durante toda a campanha: o que de fato irá fazer em termos econômicos e na relação com o Judiciário.

Nesse sentido, o apoio dado por dois antigos algozes do PT em julgamentos como o do mensalão, os ex-ministros do STF Joaquim Barbosa e Celso de Mello, apontam para uma acomodação. Mas aliados lembram que o petista ficou 580 dias na cadeia, e há ressentimentos que podem emergir na forma de conflitos. Um bom teste, caso vença, será a escolha de dois nomes para compor a corte em 2023.

Antes disso, contudo, Lula tem de chegar lá. Seu caminho parecia menos acidentado do que o de Bolsonaro, mas a história política recente do Brasil aconselha prudência antes de vaticínios, como o desempenho do bolsonarismo pelo país neste domingo mostra.

Um carioca desconhecido em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desalojou 27 anos de PSDB no poder do segundo turno contra o PT. No Rio, o bolsonarismo está reeleito na figura de Cláudio Castro (PL), e o filobolsonarista Romeu Zema (Novo) conseguiu o mesmo em Minas, fechando assim o quadro no Sudeste, região mais populosa do país.

Fonte: Folhapress

Número de urnas substituídas sobe para 1.420 em todo o país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A substituição de urnas é um procedimento normal a cada eleição
No segundo boletim divulgado neste domingo (2), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que em todo o país 1.420 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas após apresentaram algum tipo de mau funcionamento.

A substituição de urnas eletrônicas é um procedimento normal a cada eleição, e a Justiça Eleitoral já prepara previamente milhares de equipamentos que podem ser colocados em operação de imediato.

Como última opção, caso não seja possível substituir a urna eletrônica por outra, é possível que seja adotada a votação manual, com cédulas de papel. Até o momento, isso não foi necessário em nenhuma seção eleitoral do país, informou o TSE.

No total, a Justiça Eleitoral mobilizou mais de 535 mil urnas eletrônicas, das quais 63.185 são de contingência, ou seja, ficam de reserva para serem acionadas em caso de necessidade. As 401 substituídas até o momento representam 0,27% do total.

Neste ano, pela primeira vez, todas as seções eleitorais do Brasil ficam abertas das 8h às 17h no horário de Brasília. Nas localidades com outro fuso horário, portanto, o horário é adaptado de acordo com o horário local.

Eleitor é preso por colar teclas de urna eletrônica em Campo Grande

Um eleitor, identificado como Gabriel Scherer da Costa, de 22 anos, foi preso por colar as teclas de uma urna eletrônica com cola instantânea e de alta resistência, em uma seção eleitoral da faculdade Estácio de Sá, em Campo Grande, neste domingo (2). O jovem conseguiu sair do local de votação antes de ser descoberto, mas foi preso pela Polícia Federal pouco tempo depois na própria casa.

De acordo com o juiz eleitoral, Luiz Felipe Medeiros, o crime foi revelado após o eleitor sair da sala de votação. “O eleitor saiu e o eleitor seguinte que foi votar constatou que os teclados estavam colados, por isso não foi possível o eleitor votar”, informou.

Segundo o magistrado, imediatamente a urna eletrônica foi substituída e a votação prosseguiu normalmente, após um período de paralisação. O suspeito foi identificado e a Polícia Federal acionada para apurar o caso.

“A equipe da Polícia Federal já está presente aqui no local com a identificação do eleitor e vai iniciar essa investigação e a apuração desse crime eleitoral que ocorreu aqui”, afirmou o juiz. A urna danificada foi encaminhada pela Polícia Federal para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

G1

Ministério da Justiça contabiliza 275 crimes eleitorais e 121 prisões

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Houve apreensão de R$ 1,8 milhão
O Ministério da Justiça e Segurança Pública já contabiliza 275 crimes eleitorais em todo o país. Deste total, 121 resultaram em prisões; e R$ 1,8 milhão apreendido, no total até agora. Seis armas foram apreendidas. Os números, divulgados pouco antes das 9h, constam do boletim da Operação Eleições 2022.

O estado com maior número de ocorrências é o Rio de Janeiro, com 27 casos, seguido do Amapá (26), Goiás e Roraima (ambos com 21 ocorrências), Sergipe (19) e Acre (11). Na sequência, Amazonas e São Paulo registraram 11 e 10 ocorrências, respectivamente, seguidos de Minas Gerais e Paraná, com 9 ocorrências cada.

Até o momento, o crime eleitoral mais praticado, segundo o boletim, é o de “compra de votos/corrupção eleitoral”, com 97 registros. Crimes de boca de urna somam oito ocorrências; e transporte irregular de eleitores, sete casos.

Das 121 prisões ocorridas, 23 foram em Roraima; 16 no Amapá; 12 no Espírito Santo; e 11 no Acre e na Paraíba. Outras 10 prisões foram feitas no Amazonas. Dos 58 crimes comuns ocorridos nos locais de votação, 55 foram praticados contra candidatos.

O ministério já contabiliza, em todo país, 33 casos de incidentes de segurança pública e defesa civil: 15 em Minas Gerais; oito no Rio Grande do Sul; seis em Pernambuco; e um no Amazonas. Houve também seis casos relatados de falta de energia (cinco em Minas Gerais e um no Amazonas).

A Operação Eleições conta com a participação de representantes institucionais das 27 unidades federativas; do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); das Polícias Civis e Militares; da Polícia Federal; da Polícia Rodoviária Federal (PRF); dos Corpos de Bombeiros Militares; do Ministério da Defesa; da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); das Secretarias de Segurança Pública e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Vídeo: Mesária se recusa a cumprimentar Fernando Haddad e cena viraliza

Um vídeo do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, viralizou nas redes sociais, neste domingo (2).

Nas imagens, uma mesária se recusa a cumprimentar o político durante sua passagem na sessão eleitoral.

No registro, Haddad aperta a mão de todos os presentes, quando uma delas fica de braços cruzados durante a aproximação do candidato.

Roberto Cláudio vota em Fortaleza no fim da manhã

Foto: Divulgação.
O candidato ao governo do Estado, Roberto Cláudio (PT), votou no fim da manhã deste domingo em um colégio do bairro Meireles, em Fortaleza. Ele chegou acompanhado pelo vice, Domingos Filho, pelo senador Tasso Jereissati, pela esposa, Carolina Bezerra, além de apoiadores. Também acompanhou a candidata ao Senado, Érika Amorim (PSD).

Em Jijoca, camocinense é encontrado morto dentro de Hilux com placas de Cruz

Um homem de 34 anos de idade, foi encontrado morto na noite deste sabado (1), dentro de um veículo, no município de Jijoca de Jericoacoara-CE

De acordo com relatos recebidos, populares que passavam pela localidade de Borges, na zona rural, perceberam a vítima dentro de um carro modelo Hilux SW4, de cor preta, placas do município de Cruz-CE, totalmente imovel. Momento em que a polícia foi acionada e constatou que o homem estava morto.

Ao lado do corpo, no banco do veiculo, teria sido localizada uma pistola calibre 9mm.

Apesar da localização da arma, ainda não há informações sobre as circunstâncias da morte.

A perícia compareceu ao local, e realizou os levantamentos acerca do caso.

Bartolomeu era natural do município de Camocim-CE, porem residia na cidade de Jijoca de Jericoacoara-CE

A Polícia Civil deve acompanhar a ocorrência

Portal Vale do Acaraú

Morre marido de Raquel Lyra, candidata ao Governo de Pernambuco

Foto: Reprodução/Instagram
A causa da morte ainda não foi divulgada. Fernando Lucena morreu em Caruaru, Pernambuco
Fernando Lucena, marido da candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra, morreu na manhã deste domingo (2) em Caruaru, no agreste pernambucano. A informação foi confirmada pelo prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, ao G1.

O marido de Raquel Lyra estava em casa quando passou mal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e realizou os primeiros atendimentos.

A causa da morte ainda não foi divulgada.

Familiares e amigos, além da candidata a vice-governadora Priscilla Krause na chapa de Raquel Lyra, estão na residência de Raquel Lyra.

DN

Da urna ao resultado: entenda o caminho do voto

Neste domingo (2.out.2022), milhões de brasileiros vão às urnas para o 1º turno das eleições. A apuração começa às 17h (horário de Brasília), e o resultado é divulgado no mesmo dia.

O processo eletrônico de votação começa com a verificação da urna eletrônica, passa pela transmissão de dados a partir de pendrives e termina com a totalização e a divulgação dos resultados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

VOTAÇÃO

Quando ligada no dia da eleição, por volta das 7h30, a urna analisa todos os softwares que estão instalados. Se verificar qualquer alteração nos códigos e sistemas que foram anteriormente inseridos, o equipamento informa a existência de irregularidades.

Depois de testados os softwares, a urna imprime um relatório chamado conhecido como “zerésima”, que contém a identificação do equipamento e serve para mostrar que não há nenhum voto registrado naquela urna. Ou seja, que os candidatos não têm votos contabilizados. Os 2 procedimentos são acompanhados por mesários e pelos fiscais dos partidos políticos.

VOTAÇÃO ENCERRADA

Encerrada a eleição, os votos são apurados e a urna cria o Boletim de Urna, extrato de todos os votos registrados no equipamento. Além dos votos, o extrato registra a seção eleitoral em que está o equipamento e o número de eleitores.

São impressos obrigatoriamente ao menos 5 boletins. Um é fixado na porta do local de votação, para dar publicidade ao resultado; 3 são juntados a uma ata da seção eleitoral que é encaminhada a um cartório eleitoral; e a última é entregue aos representantes ou fiscais dos partidos políticos. Se necessário, é possível imprimir mais boletins.

TRANSMISSÃO

Depois, o boletim e demais arquivos do resultado naquele local de votação são gravados em um pendrive, que é conectado diretamente à urna. Os dados são criptografados, de modo a impossibilitar a leitura do conteúdo, salvo pela Justiça Eleitoral, que tem um sistema próprio para decifrar as informações.

O pendrive é levado a um local de transmissão, que pode ser um cartório eleitoral, o próprio local de votação ou a sede dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) de cada Estado e do Distrito Federal. Os dados são enviados ao TSE por meio de uma rede de uso privado da Justiça Eleitoral.

TOTALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO

O computador do TSE que recebe os dados faz uma espécie de “check-list” assim que recebe as informações. Verifica, por exemplo, se a assinatura digital é válida, garantindo que o resultado veio de fato de uma urna eletrônica correspondente a determinado local de votação.

Só depois de confirmadas essas informações é que o TSE totaliza os votos, mostrando quantos deles os candidatos receberam. Em alguns momentos, os computadores conseguem totalizar até cerca de 2 milhões de votos por segundo. Conforme apurados os dados, vão sendo divulgados na internet até todas as urnas serem apuradas.

Com informações de Poder360

Presos provisórios poderão votar em 220 seções eleitorais no país

No Brasil, os presos provisórios e os jovens que cumprem medidas socioeducativas podem votar nas eleições, desde que tenham título de eleitor em situação regular. Essa possibilidade é constitucionalmente garantida porque, nesses casos, não há suspensão de direitos políticos. Apenas as pessoas que têm condenação criminal transitada em julgado perdem o direito a voto enquanto durar a pena.

Ao todo, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem cerca de 220 locais de votação em unidades prisionais espalhadas pelo país. Nessas seções, estão registrados 14.653 votantes, mas nem todos são presos, uma vez que mesários e funcionários de estabelecimentos penais também costumam estar registrados para votar nesses locais.

Também não há anotação específica sobre quantos desses são jovens que cumprem medidas socioeducativas, que são eleitores na faixa etária entre 16 a 21 anos, idade máxima de cumprimento das medidas de internação.

Agência Brasil