quarta-feira, 8 de junho de 2022

Vídeo: Mulher se empolga e dança em cima de viatura da PM com latinha de cerveja

Imagine a cena: durante uma festa popular, uma mulher, com a devida latinha de cerveja na mão, faz uma viatura da Polícia Militar de carro alegórico e sai dançando e acenando para o público, em cima do carro, que percorria as ruas da cidade.

Não dá para imaginar? Pois foi exatamente o que aconteceu no último sábado (4/4), durante a festa da “Tropeada”, em Araguaína, norte do Tocantins. As imagens viralizaram nas redes sociais.

Segundo informações da PM, a guarnição fazia o policiamento da festa e, ao parar em um sinal de trânsito teve a carroceria do veículo invadida pela mulher, que aparentemente estava sob o efeito de álcool. “A Polícia Militar lamenta atitudes como essa”, diz a corporação.

Áudio apresentado na “CPI do Motim” aponta suposta tentativa de tráfico de influência do presidente da APS

Após divulgação de áudio, Cleyber Araújo foi orientado por seu advogado a permanecer em silêncio. Foto: ALCE
A “CPI do Motim” passou por uma reviravolta nesta terça-feira (07) após divulgação de áudio apresentado pelo relator Elmano de Freitas (PT), em que o depoente do dia, Cleyber Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), aparece, supostamente, negociando R$ 400 mil para obtenção de liminar. Após ouvir os áudios, o dirigente da entidade foi orientado por seu advogado a permanecer em silêncio, e ele não respondeu aos questionamentos feitos a posteriori. Cleyber, sendo Elmano, agora estará na condição de indiciado.

De acordo com a gravação, pessoas estariam reunidas e discutindo como fariam para conseguir limiar junto à justiça, e em determinado momento alguém propõe uma negociação com uma terceira pessoa, que cobraria dois meses de arrecadação da Associação naquele momento, ou seja, algo em torno de R$ 400 mil. Esse valor, inclusive, motivou novo depoimento de Cleyber Araújo nesta terça-feira, a pedido do deputado Marcos Sobreira (PDT).

Antes da divulgação do áudio, o dirigente apresentou documento sobre os serviços de advocacia no valor de R$ 400 mil, que segundo ele, tratava-se de serviço de consultoria e treinamento para dois advogados da Associação.  Ainda de acordo com ele, o outro documento entregue à CPI estava “equivocado”, mas nada teria sido alterado. “Nada foi alterado. O que alterou foi que esse está com a assinatura original”, justificou.

Para Elmano de Freitas, o que está no áudio é um fato grave que não interfere apenas na APS, mas “em outras coisas maiores”. Ainda de acordo com o relator, após suspensão de descontos para as associações, algumas dessas entidades conseguiram liminares que permitiram a obtenção dos descontos, enquanto que a Associação dos Profissionais de Segurança não conseguiu. “A APS começou a não honrar com seus compromissos. E talvez começou a atrasar salários e começou a se encontrar em situação de desespero”, disse.

De acordo com as falas no áudio alguém diz “isso é contra a nossa essência, mas na guerra a gente faz coisas que não concorda”. “Alguém ofereceu o serviço e alguém, por desespero, pode ter aceitado”, apontou Elmano de Freitas. Na conversa, um dos homens fala na possibilidade de levar ações dos consignados para outras instâncias da Justiça, em Brasília, o que envolveria o montante negociado de R$ 400 mil.

Elmano de Freitas afirmou que iria solicitar à CPI que Cleyber passasse para a condição de indiciado e não mais de testemunha, e também destacou que vai pedir a perícia do áudio, além da quebra sigilo bancário e fiscal da pessoa que foi contratada para a suposta capacitação de advogados  “para irmos vendo o percurso desse recurso. Vou juntar o áudio aos altos para que temos a confirmação que é a voz de vossa senhoria”, disse o relator.

“Não tenho dúvida que o áudio está posto e a voz é do presidente da APS. Primeiro ele disse que tinha uma advogado para atuar no processo, agora o contrato é para capacitação do processo. Está negociando para fazer tráfico de influência para dar certo a liminar. O contrato do advogado que virou contrato de capacitação. O áudio diz que não era nem uma coisa e nem outra” – (Elmano de Freitas)

Salmito Filho, presidente do colegiado, fez os devidos encaminhamentos. Segundo ele, o áudio será periciado, e se a voz, de fato, foi de Cleyber Araújo, a investigação prosseguirá. “Se a perícia disser que não é, vai perder o valor”, afirmou. Ainda de acordo com ele, durante todo o trabalho do colegiado, nenhum dado vazou para qualquer veículo de comunicação. “Isso é uma demonstração de zelo e cuidado”.

Quebra de sigilo

Os próximos passos da CPI, segundo o relator: juntar o áudio à Polícia Civil para confirmação da voz do depoente; apresentação de requerimento da quebra de sigilo fiscal do que está apresentado no contrato; solicitação à entidade das contas para as quais foram enviados os contratos.

Deputados trocam acusações durante reunião da CPI

O relator da CPI, o deputado Elmano de Freitas, foi o principal alvo das críticas de membros do colegiado que se opõem ao inquérito. Foto: ALCE
Depois de um momento de calmaria, os ânimos voltaram a ficar exaltados durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga envolvimento de associações militares com o financiamento de motins de policiais no Ceará.  O clima esquentou após Delegado Cavalcante (PL) ter lembrado ações envolvendo o senador Cid Gomes (PDT), que quando governador do Estado enfrentou atritos com a PM.

De acordo com o parlamentar, que tem apontado interesses políticos na condução dos trabalhos do inquérito, o senador teria “ranço” da Polícia após ter levado “um murro” durante ato em Sobral. “Até hoje ele tá complexado, um cara cheio de revolta. Aquele murro que ele levou em Sobral ainda está doendo, porque ele não tem coração, talvez não tenha nem Deus”, disse.

Cavalcante voltou a defender a necessidade de se investigar o aumento no número de facções no Estado e chegou a propor um convite ao ex-governador Camilo Santana, para que ele deponha na CPI. “Isso aqui é bastidor de politicagem, é um constrangimento”, disparou.

O deputado Marcos Sobreira (PDT) repreendeu o colega e disse lamentar que ele tenha comemorado que um senador da República tenha sido agredido. “É desrespeitoso com esta Casa, com este Parlamento. Todos merecem respeito, porque as próximas vítimas podem ser eu e pode ser vossa excelência”, disse. Queiroz Filho (PDT) também se indignou. “O senhor, que é um homem de Deus, não deveria questionar a fé dos outros. o senador Cid merece respeito”.

Delegado Cavalcante também chegou a dizer que o relator da CPI, o deputado Elmano de Freitas (PT), faltava com a ética, ao apresentar áudio atribuído ao depoente do dia, o dirigente Cleybe Araújo. Elmano retrucou e chamou o oposicionista de “mentiroso” pelos dados incorretos que levou até o colegiado.

“Desequilibrado”

O presidente da CPI, Salmito Filho, criticou as agressões feitas e exigiu que os termos utilizados por Cavalcante fossem retirados da ata. O parlamentar também lembrou que na semana passada chegou a chamar Capitão Wagner (UB) de “desequilibrado”, mas afirmou que iria voltar ao Plenário 13 de Maio para refazer suas falas.

“Não podemos aceitar esse tipo de agressão. Esta CPI está sendo acusada de bastidor de politicagem. O Delegado pode até pensar assim, mas isso é uma agressão aos membros desta CPI. Estamos procurando ter o máximo de zelo, de cuidado. Ninguém aqui viu especulação de nada. O relator e sua assessoria, e todos os deputados, têm o máximo de cuidado”, afirmou Salmito.

Blog do Edson Silva

PDT realiza encontro regional em apoio à pré-candidatura de Ciro Gomes na próxima semana

Principais lideranças do PDT nacional e regional devem comparecer ao evento. Foto: Miguel Martins
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) inicia, na próxima semana, uma série de encontros pelas cinco regiões do Brasil, em apoio ao nome do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes. A primeira reunião está marcada para a quarta-feira (15), e será realizada em Fortaleza, com a presença de lideranças partidárias do Nordeste, além de prefeitos e pretensos candidatos ao pleito deste ano.

De acordo com o presidente estadual da sigla, o deputado federal André Figueiredo, o evento ocorrerá durante todo o dia, iniciando às 9 horas e encerrando às 17 horas, e contará com as presenças do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, além das vice-prefeitas de Recife, Isabella de Roldão, de Natal, Alla Cortez, e de Salvador, Ana Paula Matos.

O senador do Maranhão Weverton Rocha, pré-candidato ao Governo do Maranhão, também confirmou presença no evento. Do Ceará estão confirmadas as presenças do senador Cid Gomes, do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, do prefeito Sarto, da governadora Izolda Cela, deputados federais, estaduais, vereadores e prefeitos, além do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do presidenciável Ciro Gomes.

De acordo com André Figueiredo, apesar de ser um evento que concentrará esforços para mostrar a força de Ciro Gomes em seu principal colégio eleitoral, não é objetivo da direção do partido realizar um evento grandioso, mas com qualidade. “Queremos mostrar à população o jeito PDT de se governar”, afirmou.

Blog do Edson Silva

Estudo aponta que após os 60 anos risco de derrame aumenta 14% a cada hora em frente à TV

O risco de derrame aumenta 14% para cada hora em atividades sedentárias, como o tempo gasto na frente da TV, conforme pesquisadores da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos.

De acordo com o portal Metrópoles, no estudo publicado na revista científica JAMA, na última sexta-feira (3), os cientistas monitoraram hábitos de 7.607 americanos com idade média de 63 anos.

Para a análise dos dados, o trabalho incluiu dispositivos de rastreamento de movimento posicionados na altura do quadril dos voluntários para saber quando as pessoas se moviam e em que intensidade. Os participantes do estudo também passaram por check-ups de seis em seis meses para avaliações sobre a saúde.

Com as informações da pesquisa, os cientistas apontaram que os sedentários que, mal se moviam quando despertos, tinham 44% mais risco de sofrer um Acidente vascular Cerebral (AVC). Para cada hora acima de 13 horas de descanso sem atividade, o risco de derrame aumentava 14%.

“O tempo gasto em comportamento sedentário foi interessante porque a maioria dos adultos passa a maior parte do tempo acordado sendo fisicamente inativo. Notavelmente, os participantes com maior tempo sedentário (mais do que 13 horas por dia) tiveram um aumento de 44% no risco de acidente vascular cerebral em comparação com aqueles no tercil mais baixo (menos de 11 horas/dia)”, destacaram os autores.

Ciro Gomes diz que País “amanhecerá em guerra” se Lula for eleito

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira, 6, que o País amanhecerá “em guerra” se Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for eleito em outubro. 

O ex-ministro questionou a capacidade do petista de pacificar o Brasil, dada a polarização que o ex-presidente protagoniza contra Jair Bolsonaro. ⁠ ⁠ 

“Você acha que se o Lula for eleito, o País vai amanhecer mais ou menos pacificado? Vai amanhecer em guerra, é evidente”, afirmou Ciro em entrevista ao Flow Podcast. 

“Você acha que o Lula tem condição de oferecer uma agenda de enfrentamento à corrupção, que é um problema gravíssimo no Brasil? 

Ele não tem condição nem de tocar no assunto”, disse.⁠ 

Fonte: O POVO Online

Vídeo: ‘Agora vou ter sossego. Falta de conselho não foi’, diz mãe após filho ser assassinado

A mãe de Hugo Fernando da Silva Queiroz, homem de 30 anos que foi morto a tiros na noite desta segunda-feira (6) no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, fez um forte desabafo logo após reconhecer o corpo do filho ainda no local do crime.

Em entrevista à TV Ponta Negra, a dona de casa – que teve a identidade preservada pela reportagem – disse que agora que o filho morreu terá “sossego”. Ela falou que já esperava que o destino de Hugo fosse esse, por causa do seu envolvimento com as drogas e com uma torcida organizada.

O homem também já tinha sido preso por assalto a mão armada, mas já tinha cumprido toda a pena imposta pela Justiça e estava trabalhando. Mas seguia consumindo drogas e integrando a torcida organizada, de acordo com a mãe.
“Falta de conselho não foi. (…) Ele pagou a pena em 2014, terminou tudo. Desde então, só trabalhando. (O problema era) as drogas e torcida da Máfia Vermelha. Ele torcia e procurava confusão na rua. Acho que é por conta disso. Na verdade, eu já esperava”, afirmou a mãe.

Sikêra Júnior faz acordo para não enfrentar processo contra Xuxa

A coluna LeoDias descobriu que Sikêra Junior fez acordo com o Ministério Publico do Estado do Amazonas para não ser processado criminalmente em razão das ofensas proferidas a apresentadora Xuxa Meneghel. A assessoria jurídica da artista disse a esta equipe que, dessa forma, Sikêra se abstém de enfrentar a Rainha dos Baixinhos nos tribunais.

De acordo com os advogados de Xuxa, o processo civil ainda está em curso, no qual Sikêra já foi condenado a pagar R$ 300 mil para a artista, em razão dos danos morais causados por tais ofensas.

Ao aceitar a transação, Sikêra fica cinco anos proibido de proferir ofensas e fazer novo acordo com o Ministério Público, dizem os advogados da famosa.

Com informações do Metrópoles

terça-feira, 7 de junho de 2022

Leonardo sobre uso de verba pública: ‘Se tirar da saúde, não faço show’

Em entrevista ao colunista Léo Dias, do Metrópoles, o cantor Leonardo disse concordar com a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar casos de desvios de verbas.

“Não acho que tenha uma perseguição aos sertanejos. Dentro da lei, tudo se resolve. A lei tem que ser para todos. A CPI tem que voltar em muitos setores, inclusive na dos empresários, e não porque artista A ou B falou alguma coisa”, disse.

O sertanejo ainda defendeu o cantor Gusttavo Lima que recentemente teve shows cancelados após apuração de irregularidades em pagamento de cachê. “Gusttavo Lima não está errado. O artista vai onde o povo está”.

Leonado também afirmou que não concorda que seja tirado verba da saúde para pagamento de shows. “Quem contrata é que tem que saber se tem verba para Cultura ou não. Se eu souber que tirou verba da Saúde, eu não faço show. Isso tudo só está prejudicando o meio artístico. Não tem que ter briga nem de um lado nem de outro, tem que apurar as irregularidades”.

Estudo de medicamento contra o câncer surpreende com remissão da doença em todos os pacientes

Foi um pequeno teste, com apenas 18 pacientes com câncer retal, e todos tomaram o mesmo medicamento. Mas os resultados foram surpreendentes. O câncer desapareceu em todos os pacientes, ficando indetectável em exames físicos, endoscopia, tomografia por emissão de pósitrons (PET scans) e ressonância magnética.

Luis A. Diaz Jr., do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, autor de artigo publicado no domingo (5) no New England Journal of Medicine descrevendo os resultados do estudo, que foi patrocinado pela empresa farmacêutica GlaxoSmithKline, disse que não conhecia nenhum outro estudo no qual um tratamento obliterou completamente o câncer em todos os pacientes.

“Acredito que esta seja a primeira vez que isso acontece na história do câncer”, disse Diaz.

Alan P. Venook, especialista em câncer colorretal na Universidade da Califórnia, em San Francisco, que não participou do estudo, disse que também acha que este foi o primeiro caso da história. A remissão completa em todos os pacientes é “inédita”, disse ele.

Esses pacientes de câncer retal enfrentaram tratamentos extenuantes —quimioterapia, radiação e, muito provavelmente, cirurgias que podem resultar em disfunção intestinal, urinária e sexual. Alguns precisaram de bolsas de colostomia.

Eles entraram no estudo pensando que quando terminasse teriam que passar por esses procedimentos, porque ninguém esperava realmente que seus tumores desaparecessem. Mas tiveram uma surpresa: nenhum tratamento adicional foi necessário.

“Houve muitas lágrimas de felicidade”, disse Andrea Cercek, oncologista no Memorial Sloan Kettering e coautora do artigo, que foi apresentado domingo na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

Outra surpresa, acrescentou Venook, foi que nenhum dos pacientes teve complicações clinicamente significativas. Em média, 1 em cada 5 pacientes tem algum tipo de reação adversa a medicamentos como o que os pacientes tomaram, o dostarlimab, conhecidos como inibidores de checkpoint.

A medicação foi dada a cada três semanas durante seis meses e custou cerca de US$ 11 mil (cerca de R$ 52 mil) por dose. Ele desmascara as células cancerosas, permitindo que o sistema imunológico as identifique e destrua.

Embora a maioria das reações adversas seja facilmente controlada, aproximadamente 3% a 5% dos pacientes que tomam inibidores de checkpoint apresentam complicações mais graves que, em alguns casos, resultam em fraqueza muscular e dificuldade para engolir e mastigar.

A ausência de efeitos colaterais significativos, disse Venook, significa que “ou eles não trataram pacientes suficientes ou, de alguma forma, esses cânceres são simplesmente diferentes”.

Em um editorial que acompanha o artigo, Hanna K. Sanoff, do Centro Abrangente de Câncer Lineberger da Universidade da Carolina do Norte, que não participou do estudo, o chamou de “pequeno, mas interessante”. Ela acrescentou, porém, que não está claro se os pacientes estão curados.

A inspiração para o estudo do câncer retal veio de um ensaio clínico que Diaz liderou em 2017, financiado pela companhia farmacêutica Merck. Envolveu 86 pessoas com câncer metastático que se originou em várias partes de seus corpos. Mas todos os cânceres compartilhavam uma mutação genética que impedia as células de reparar danos ao DNA. Essas mutações ocorrem em 4% de todos os pacientes de câncer.

Os pacientes desse estudo tomaram um inibidor de checkpoint da Merck, pembrolizumab, durante até dois anos. Os tumores encolheram ou estabilizaram em cerca de um terço a metade dos pacientes, e eles viveram mais. Os tumores desapareceram em 10% dos participantes do estudo.

Isso levou Cercek e Diaz a se perguntarem: o que aconteceria se a droga fosse usada muito mais cedo no curso da doença, antes que o câncer tivesse a chance de se espalhar?

Eles se decidiram por um estudo de pacientes com câncer retal localmente avançado —tumores que se espalharam no reto e às vezes para os gânglios linfáticos, mas não para outros órgãos.

Cercek havia notado que a quimioterapia não estava ajudando uma parte dos pacientes que tinham as mesmas mutações que afetaram os pacientes do estudo de 2017. Em vez de encolher durante o tratamento, seus tumores retais cresceram.

Talvez, Cercek e Diaz raciocinaram, a imunoterapia com um inibidor de checkpoint permitisse a esses pacientes evitar quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Diaz começou a perguntar às empresas que fabricavam inibidores de checkpoint se patrocinariam um pequeno teste. Elas recusaram, dizendo que o estudo era muito arriscado. Ele e Cercek queriam dar a droga a pacientes que poderiam ser curados com tratamentos padrão. O que os pesquisadores estavam propondo poderia permitir que os cânceres crescessem além do ponto em que podem ser curados.

“É muito difícil alterar o padrão de atendimento”, disse Diaz. “O tratamento padrão é fazer a cirurgia.”

Finalmente, uma pequena empresa de biotecnologia, a Tesaro, concordou em patrocinar o estudo. A Tesaro foi comprada pela GlaxoSmithKline, e Diaz disse que precisou lembrar à empresa maior que eles estavam fazendo o estudo —os executivos tinham se esquecido do pequeno teste.

Seu primeiro paciente foi Sascha Roth, então com 38 anos. Ela notou algum sangramento retal pela primeira vez em 2019, mas se sentia bem —ela é corredora e ajuda a administrar uma loja de móveis da família em Bethesda, Maryland.

Durante uma sigmoidoscopia, ela lembrou, seu gastroenterologista disse: “Ah, não. Eu não esperava por isso!”.

No dia seguinte, o médico ligou para Roth. Ele tinha feito uma biópsia do tumor. “É definitivamente câncer”, disse.

“Eu derreti completamente”, contou ela.

Logo ela estava pronta para começar a quimioterapia na Universidade de Georgetown, mas uma amiga insistiu que ela procurasse primeiro o médico Philip Paty no Memorial Sloan Kettering.

Paty disse a ela que tinha quase certeza de que seu câncer incluía a mutação que tornava improvável uma boa resposta à quimioterapia. Descobriu-se, porém, que Roth era elegível para entrar no ensaio clínico. Se ela tivesse começado a quimioterapia, não poderia.

Não esperando uma resposta completa ao dostarlimab, Roth havia planejado se mudar para Nova York para fazer radioterapia, quimioterapia e possivelmente cirurgia após o término do teste. Para preservar sua fertilidade após o tratamento de radiação esperado, ela teve seus ovários removidos e colocados de volta sob as costelas.

Após o teste, Cercek lhe deu a notícia.

“Nós analisamos seus exames”, disse ela. “Não há absolutamente nenhum câncer”. Ela não precisou de mais nenhum tratamento.

“Eu contei à minha família”, disse Roth. “Eles não acreditavam.”

Dois anos depois, ela não tem qualquer vestígio da doença. 

Folha de SP