quarta-feira, 30 de maio de 2018

TRE/CE LIVRA PREFEITO DE SOBRAL DE CASSAÇÃO


Sessão desta segunda-feira, 28, decidiu de forma unânime revogar sentença proferida em primeiro julgamento
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE) decidiu, por unanimidade, reformar integralmente a sentença de 1º grau que cassou os diplomas do prefeito e da vice-prefeita de Sobral, Ivo Ferreira Gomes e Christianne Marie Aguiar Coelho. A sessão nesta segunda-feira (28) foi presidida pela desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira.

O relator do recurso eleitoral, o juiz Alcides Saldanha Lima, proferiu o voto pelo provimento do recurso eleitoral e reforma da sentença, afastando a cassação, a multa e a pena de inelegibilidade aos recorrentes, Ivo Ferreira Gomes e Christianne Marie Aguiar Coelho.

Ele considerou as provas dos autos insuficientes para a perda dos diplomas e demais sanções impostas pelo juiz da 24ª Zona Eleitoral, Fábio Falcão, e foi seguido pelos demais membros do Pleno.
Com DN



TIANGUÁ E MAIS TRÊS MUNICÍPIOS DO CEARÁ TERÃO ELEIÇÕES SUPLEMENTARES NO DOMINGO


O custo total das eleições nos quatro municípios soma R$ 150.684,35 (Foto: Reprodução)
Quatro municípios do Ceará realizam neste domingo (3) eleições suplementares para escolher prefeitos e vices. São 79.569 eleitores de Tianguá, Frecheirinha, Santana do Cariri e Umari voltarão às urnas para eleger o prefeito e o vice-prefeito, porque os eleitos em 2016 tiveram os mandados cassados em decisões do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, a apuração/totalização das eleições suplementares ocorrerão nos cartórios eleitorais das sedes das zonas, a partir das 17 horas de domingo (3). O custo total das eleições nos quatro municípios soma R$ 150.684,35.

Confira os candidatos de cada cidade:

 Tianguá


    Coligação 'Gente em primeiro lugar': José Jaydson Saraiva De Aguiar e Mardes Ramos de Oliveira
    Partido Ecológico Nacional: José Cardoso Terceiro e João Antonio Bevilaqua Alves
    Coligação 'O Trabalho vai continuar': Luiz Menezes de Lima e Aroldo Cardoso Portela

Frecheirinha


    Coligação 'Frecheirinha não pode parar': Silvia Lucia Sousa Aguiar Araujo e Claudio Fernandes Aguiar
    Coligação "justiça e Paz': Helton Luis Aguiar Junior e Francisco Mesquita Portela

Santana do Cariri

    Coligação 'Juntos Abraçamos Santana; Não Podemos Parar': Vicente Brilhante e Mauricio Matos
    Coligação 'Unidos pelo Povo': Pedro Henrique Correia Lopes e Maristela Sampaio

Umari

    Coligação 'Determinação e compromisso com o Povo': Ana Paula Araujo Viana Alencar e Francisco Bruno de Freitas Barros
    Coligação 'Umari, Juntos Para Servir': Mirineide Pinheiro Moura e Alex Sandro Rufino Ferreira

Processos
Divulgação TRE-CE

A cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito de Frecheirinha, Carleone Júnior de Araújo e Cláudio Fernandes Aguiar, por conduta vedada a agente público, nas eleições de 2016, foi confirmada pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral pelo em 23 de abril.

Em 17 de abril, o TRE manteve, por unanimidade, a cassação dos diplomas da prefeita e do vice-prefeito de Santana do Cariri, Danieli de Abreu Machado e Juracildo Fernandes da Silva, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016.

No julgamento ocorrido no dia 19 de abril, o TRE também manteve, por unanimidade, a cassação dos diplomas do prefeito e da vice-prefeita de Umari, Francisco Alexandre Barros Neto e Laura do Carmo Lustosa Ribeiro, por captação ilícita de votos nas eleições de 2016.

Já o caso de Tianguá foi decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sessão de 15 de março deste ano. O TSE manteve o indeferimento do registro de candidatura do prefeito eleito em Tianguá, nas Eleições de 2016, Luiz Menezes de Lima, e do vice-prefeito, Aroldo Cardoso Portela e revogou a decisão liminar que os mantinha no cargo.
Com G1/CE



JUSTIÇA CONDENA PRIMEIRA-DAMA DE URUBURETAMA A 14 ANOS DE PRISÃO


Ex-prefeita de Uruburetama, no Ceará, é condenada em segunda instância (Foto: Reprodução)
Justiça do Ceará condenou a ex-prefeita e primeira-dama de Uruburetama Maria das Graças Cordeiro a 14 anos de prisão por diversos crimes contra a administração pública. De acordo com o processo, Maria das Graças Cordeiro Paiva dispensou, ilegalmente, licitação em 45 contratos, entre os anos de 2001 e 2004. A decisão desta terça-feira (29) foi da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com relatoria do juiz Antônio Pádua Silva.

Maria das Graças é casada com o atual prefeito do município, José Hilson Paiva, acusado por várias mulheres de estupro.
José Hilson Paiva e Maria das Graças (Foto: Reprodução)
Em 2012, o Ministério Público entrou com 13 ações contra Maria das Graças, com base em indícios do extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). As acusações envolvem despesas ilegais que geraram prejuízo aos cofres municipais de mais de R$ 3 milhões.

Desse total, mais de R$ 1 milhão foi gasto somente com combustível e contratos de profissionais de saúde, sem licitação. A ex-prefeita também deixou de repassar cerca de R$ 300 mil ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na contestação, a ex-prefeita alegou que não teve a intenção de causar lesão ao patrimônio público ou de enriquecer indevidamente.

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, pessoas condenadas em segunda instância devem cumprir pena em regime fechado. O G1 tenta contato com a defesa da ex-prefeita.

Primeira instância

A ex-prefeita já havia sido condenada, em dezembro de 2014, pela Vara Única da Comarca de Uruburetama, a 19 anos e um mês de reclusão, em regime inicialmente fechado.

A defesa de Maria das Graças entrou com recurso pedindo a nulidade do processo, a ausência de relação entre a denúncia e a sentença e a carência de provas dos crimes. Também argumentou prescrição de duas acusações que ocorreram entre a data em que o crime foi cometido e o recebimento da denúncia.


Ao julgar o recurso, a 3ª Câmara Criminal reconheceu a prescrição dos dois delitos citados, mas afirmou haver "materialidade dos crimes".

"No mérito, vê-se que a autoria e a materialidade dos crimes restaram sobejamente comprovadas pela produção probante levada a efeito durante a instrução processual. Esta se encontra plenamente caracterizada através dos processos administrativos-fiscais oriundos dos Processos de Prestação de Contas de Gestão e de Tomada de Contas Especial, todos catalogados nas quase oito mil páginas que compõem a presente demanda", diz um trecho da sentença.
Com G1



DENÚNCIA CONTRA PREÇO ABUSIVO EM POSTOS DE COMBUSTÍVEL EM FORTALEZA AUMENTA EM 104,76%

Os consumidores que registrarem reclamações poderão ser ressarcidos em dobro pelo valor pago a mais, considerado abusivo, segundo o órgão fiscalizador

O número de denúncias contra postos de combustíveis que estão praticando preços abusivos em Fortaleza aumentou 104,76% no início desta semana. Nesta terça-feira (29), o Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza) registrou 43 denúncias; até segunda-feira (28), haviam sido 21 denúncias.

Com a paralisação dos caminhoneiros em todo o país, que chega ao nono dia nesta terça, o abastecimento de serviços essenciais, entre eles o dos postos de combustíveis, foi afetado em diversos estados. No Ceará, a categoria mantém a paralisação nas rodovias BRs 020, 116, 222 e 304.

Multa de até R$ 11 milhões
Fila no posto Princesa do Norte, que fica no centro de Sobral

De acordo com o Procon Fortaleza, os postos estão se aproveitando da greve dos caminhoneiros para elevar os preços, diante da demanda de consumidores pelo produto. A prática é abusiva e a multa pode chegar a R$ 11 milhões. As fiscalizações tiveram início na última sexta-feira (25), realizadas pela Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), em parceria com o Procon.

Os consumidores que registrarem reclamações poderão ser ressarcidos em dobro pelo valor pago a mais, considerado abusivo, segundo o órgão fiscalizador.

Conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), "nenhum fornecedor de produtos ou serviços poderá elevar preços sem justa causa. A infração pode acarretar em multas que variam entre R$ 786 a R$ 11 milhões, suspensão das atividades e ainda a interdição do local".

Como denunciar

As denúncias podem ser realizadas no portal da Prefeitura de Fortaleza, no campo defesa do consumidor, pelo aplicativo Procon Fortaleza. E ainda pela Central de Atendimento ao Consumidor 151.





CEARÁ NÃO TEM MAIS BLOQUEIOS TOTAIS DE CAMINHONEIROS EM RODOVIAS FEDERAIS, INFORMA PRF


Até ontem (29), Estado ainda possuía um dos três pontos bloqueados do País, mas interdições parciais ainda persistem pelo Estado
Após 10 dias consecutivos de protestos em vários pontos do Estado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta quarta-feira (30) que o Ceará não possui mais bloqueios totais de rodovias federais feitos por caminhoneiros. Na noite de ontem (29), o órgão já havia adiantado que apenas uma interdição seguia em território cearense, no quilômetro (km) 6 da BR-222, em Caucaia, mas a situação já foi completamente normalizada nesta manhã.

Apesar disso, interdições parciais ainda persistem pelo Estado.

Ao longo desta terça-feira, os caminhoneiros seguiam com bloqueios em alguns trechos de rodovias do Ceará. No km 6 da BR-222, pelo menos 70 caminhões estavam parados e os manifestantes abordavam todos os motoristas que passavam na rodovia federal, mesmo os que não concordam com a greve, pedindo para que eles parassem por, pelo menos, 15 ou 20 minutos.

Outro ponto que teve bloqueio ontem foi o km 18 da BR-116, em Itaitinga. No local, diversos caminhões foram estacionados no acostamento da via, nos dois sentidos, e também impediam a passagem de outros veículos de carga. Já no fim da manhã, a PRF informou que interveio para facilitar a saída de cerca de 30 caminhoneiros que quiseram deixar o protesto e seguir viagem. De tarde, a rodovia federal já estava com o trânsito normal.

Já em Chorozinho, no km 70 da BR-116, cerca de 1.000 caminhões ocuparam um trecho do acostamento, impedindo que veículos de carga transitem. Segundo a PRF, o trânsito está liberado somente para carros de passeio, ônibus, ambulâncias e outros serviços de urgência.




sexta-feira, 25 de maio de 2018

NOVAS ADESÕES À BASE PREOCUPAM GOVERNISTAS NA AL


Em conversa no Plenário 13 de Maio, ontem, o deputado Odilon Aguiar (PSD) justificava a mudança de posição do PSD a alguns colegas ( Foto: José Leomar )
Após o ingresso do PSD e do SD na base governista, deputados aliados do governador Camilo Santana (PT) tentam entender como um amontoado de partidos deve atuar em defesa de eventual campanha à reeleição do chefe do Executivo. Nos corredores do Legislativo estadual, onde parlamentares discutem a questão, alguns se dizem “surpresos” ou “abalados” com as últimas adesões à base. Outros ainda evitam tecer comentários, dada a celeridade com que teria se dado tal aproximação.

Um dos principais críticos da gestão de Camilo Santana nos últimos meses, o deputado Odilon Aguiar (PSD) tenderá, a partir de agora, a evitar o Plenário 13 de Maio, devendo votar com o Governo quando das sessões deliberativas. A deputada Aderlânia Noronha (SD) deverá se somar a ele, visto que seu partido, conforme ela disse ao Diário do Nordeste, está dialogando com os governistas.

O deputado Sérgio Aguiar (PDT), pivô do rompimento político do PSD com o Governo – pois a cisão ocorreu quando ele disputava a presidência da Assembleia, em dezembro de 2016, contra Zezinho Albuquerque (PDT) –, quando questionado sobre como o Governo deve gerenciar tantos aliados no mesmo bloco, afirmou que, na base, “sempre cabe mais um”.

“Vamos fazer essa integração, porque o Governo é de muito diálogo e isso faz com que barreiras intransponíveis possam ser derrubadas e se consiga conjugar o que está acontecendo”, defendeu. Aguiar lembrou ainda que, nas eleições de 2014, PSD e SD estavam na coligação de apoio à eleição de Camilo Santana, ainda que Genecias Noronha tenha apoiado o emedebista Eunício Oliveira para o Governo do Estado. “Agora, o que está acontecendo é uma recomposição. A novidade é o MDB, que foi nosso principal concorrente e hoje é um dos maiores aliados”.

Já o líder do Governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT), disse que ainda não tem certeza das adesões de PSD e SD à base governista, mas ressaltou que, procedendo a aliança, a atuação dos membros desses partidos na Casa legislativa será de articulação, mobilização, participação durante os debates e nas comissões técnicas, “sempre defendendo o Governo”.

O presidente do PT no Estado, deputado Moisés Braz, afirmou que o Governo precisa de todo apoio possível, mas ressaltou que isso não obriga a base a “abrir” composição com qualquer partido. “Muitos desses partidos não devem estar na base central, mas apenas dando apoio e fazendo blocos proporcionais”, disse. Segundo informou, a executiva nacional do partido ainda não definiu critérios para as alianças nos estados. “Para fazer coligação, nós do PT temos critérios, e esses critérios serão respeitados”.

Eleitor

João Jaime (DEM), que já foi filiado ao PSDB, opinou que, tendo já visto muita coisa na política, a situação é, no mínimo, “extra à normalidade”, visto que não ocorreram tratativas anteriores ao anúncio de tais aproximações de SD e PSD com o Governo Camilo Santana. “Vamos ver como o eleitor vai ver isso, ver se isso se transforma em apoio. O mais importante, com isso, é o tempo de televisão e o fator psicológico das duas lideranças, o Genecias e o Domingos”.

Walter Cavalcante (MDB), por sua vez, ressaltou que a capacidade de diálogo do governador foi fundamental para o retorno de partidos que haviam deixado o grupo político governista. “Quem faz política com ódio acaba não fazendo sucesso. O Camilo, cada vez mais, se encontra dentro da visão que o bom para o Ceará é juntar as pessoas”, disse.

Para o deputado Julinho (PDT), a adesão de vários partidos representa um reconhecimento de que o projeto capitaneado pelo governador Camilo está “no caminho certo”.
*Blog Edilson Silva




CAMINHONEIROS CONVOCAM GREVE GERAL E AVISAM QUE BLOQUEIO SERÁ TOTAL NESTA SEXTA


Protesto em Sobral (Foto: divulgação/ PRF)
Bloqueio geral será instaurado no km 18 da BR-116 amanhã à partir das 15 horas. A informação foi repassada pelo caminhoneiro Eudes Ramos de Oliveira, 44, presente na paralisação no Eusébio. Durante estes últimos dias de protesto, o bloqueio estava sendo parcial.

"Não vamos deixar passar carro e nem moto. Convoco a população a parar e descer do carro pra apoiar", comenta o trabalhador. Atualmente, o impedimento não atinge veículos pequenos, mas segundo os caminhoneiros, amanhã o bloqueio vai abrangir todos os veículos.
Eudes reitera a ajuda de populares durante as manifestações. "A população tem contribuído com a gente doando água e alimentos, e até ajuda em dinheiro. Estamos lutando pelo Brasil inteiro. Tá começando a crescer o apoio", afirma.

Walter Souza, 52, é de Recife e veio a Fortaleza em solidariedade aos colegas da categoria. "Eu, como caminhoneiro, quero que o Governo reflita sobre as nossas condições trabalho. A economia do País passa por nós. No momento em que eles sentirem que nós, motoristas, somos a base de tudo, aí vão entender", afirma.
*O Povo Online
Com informações de Ítalo Cosme 



TSE JULGARÁ SE RÉUS, COMO LULA E BOLSONARO, PODEM DISPUTAR PRESIDÊNCIA

TSE julgará se réus, como Lula e Bolsonaro, podem disputar Presidência
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar em breve se um cidadão que se tornou réu em ação penal pode ser candidato à Presidência da República. A consulta foi feita pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

Em parecer encaminhado ao relator, ministro Napoleão Nunes Maia, a área técnica do TSE o aconselhou a não responder ao questionamento, uma vez que não trata “apenas sobre matéria eleitoral, tampouco apresenta a necessária clareza e objetividade para ser respondida; gerando, ainda, multiplicidade de ilações”.

Segundo o parecer, assinado pela analista judiciária Elda Eliane de Almeida, a consulta não é clara por não informar qual seria o objeto da hipotética ação penal contra o candidato nem em qual instância estaria tramitando neste momento, “o que faz com que o desfecho das indagações antecipe ilação sobre situação concreta que somente poderá ser aferida na data ou após a realização do pleito eleitoral”.

Lula e Bolsonaro

Ao menos dois pré-candidatos à Presidência da República encontram-se na condição de réus: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que responde a seis ações penais na primeira instância da Justiça Federal; e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que é alvo de duas ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).

Consulta

A consulta se baseou no que diz o artigo 86 da Constituição, segundo o qual o presidente ficará suspenso de suas funções, “nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal”. O deputado também mencionou julgamento do STF no qual ficou decidido pelo plenário, em fevereiro de 2017, que réus na linha sucessória da Presidência da República estão impedidos de substituir o presidente.

Para a área técnica do TSE, responder às indagações do parlamentar estaria ainda além da competência da Justiça Eleitoral, pois as perguntas se referem também a questões posteriores à diplomação do candidato vencedor no cargo. A consulta está incluída na pauta da próxima sessão plenária do TSE, marcada para terça-feira (29), quando deve ser debatida entre os ministros da Corte Eleitoral.

Perguntas

Confira as perguntas feitas pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO):

1) Pode um réu em ação penal na Justiça Federal candidatar-se à presidência da República?
2) Em caso de resposta positiva à pergunta anterior, caso eleito e perdurando a condição de réu, ele poderá assumir o mandato de Presidente da República?
3) Em caso de resposta positiva às indagações anteriores, pode um réu em ação penal na Justiça Federal, em razão de denúncia de supostos crimes cometidos no exercício da Presidência da República, em mandato anterior, candidatar-se à presidência da República?
4) Em caso de resposta positiva à pergunta anterior, caso eleito e perdurando a condição de réu, ele poderá assumir o mandato de Presidente da República?
Com Politika Com K





DEPUTADO DIZ QUE PARTIDO “NÃO ESTÁ À VENDA” PARA ELEIÇÃO 2018


Ely Aguiar diz que partido “não está à venda” para eleição 2018. Foto: Máximo Moura
O deputado Ely Aguiar (PSDC) disse que não pretende “mudar suas convicções pessoais em troca de benefícios do Governo” e anunciou que o partido que preside não “está à venda”.

Segundo o parlamentar, seria “leviano alguém insinuar que em algum momento ele entrou em negociações para trocar apoio por benesses governamentais”. As declarações foram feitas em pronunciamento, na quinta-feira (24), no plenário da Assembleia Legislativa.

“Talvez eu seja pequeno, de origem simples, mas nunca me rebaixei para me tornar engraxate dos donos do poder. Defendo os meus princípios e voto na Assembleia de acordo com a minha consciência. Não vendi e não venderei a alma ao diabo para sobreviver”, assinalou.

Procurado

O parlamentar afirmou que, ao invés de procurar o Governo, já foi procurado, mas sempre manteve suas posições. “Em todas as três vezes em que fui eleito para esta Casa, não tive a mão do Governo ou a utilização de cargos estaduais. Na primeira vez, não votei no Cid Gomes para governador, fiquei com Lúcio Alcântara. Na segunda, apoiei Eunício Oliveira. E, nesta eleição, ainda não sei em quem votar, mas não voto no PT. Sou claro”.

Conveniências

Ely Aguiar informou ainda que deu sustentação à campanha de Roberto Cláudio à Prefeitura, mas somente após ser “procurado” pelo prefeito. Ele avisou que recebeu “mais de dez ligações” do então candidato. O deputado disse ter sentimento de “pena” em relação àqueles que mudam suas convicções de acordo com conveniências momentâneas. “Não mudar, apesar das conveniências, é para quem tem hombridade”, acentuou.

E ainda

De acordo com o parlamentar, todos os políticos são livres para apoiar quem quer que seja. Mas admitiu que, se fosse “deputado camaleão”, já tinha mudado de partido. “Eu como o pão que o diabo amassou, porque apoiei Sérgio Aguiar para presidente da Assembleia. Mas não abaixei a cabeça nem as calças”. 
Com informações da AL




SENADO PROMETE A CAMINHONEIROS VOTAR PROJETO DO PREÇO MÍNIMO DO FRETE


Eunício diz que votação da isenção do PIS/Cofins não foi pedida. Foto: Marcelo Camargo
Após se reunir com representantes dos caminhoneiros e do governo no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), anunciou que um dos pontos do acordo para o fim da greve é o compromisso dos senadores de colocar em pauta um projeto que trata de preços cobrados para a realização de fretes.

A promessa de Eunício é reunir assinaturas para que a proposta seja votada em regime de urgência.

Segundo ele, a aprovação do projeto que libera o PIS/Cofins para o óleo diesel até o fim do ano não foi demandada pelos caminhoneiros como condição para o fim do movimento.

O chamado PLC 121 chegou no Senado em 2017 e cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. “A única coisa que eles me pediram foi a pauta do PLC 121, que está na Comissão de Assuntos Econômicos. Eu disse que, para que esse projeto venha para o plenário, eu preciso votar três medidas provisórias na terça-feira, de preferência. As demais assinaturas eu me encarregava, mas precisava da assinatura do líder do governo”, disse.

MP’s

As três medidas provisórias que o Senado precisa votar porque estão trancando a pauta até serem apreciadas são a MP 813, que diminui para 60 anos a idade mínima para saque das cotas do PIS-Pasep do trabalhador; a MP 815, que cria cargos em comissão dos regimes de recuperação fiscal dos estados; e a MP 817, que trata da incorporação da carreira dos servidores dos ex-territórios. As MPs entraram em regime de urgência porque estão há mais de 45 dias tramitando no Congresso.

Compromisso

Segundo Eunício Oliveira, os ministros firmaram o compromisso de que a primeira assinatura do requerimento de urgência para o projeto será do líder do governo, senador Romero Jucá (MDB-RR), que também é o relator da matéria na CAE. Já sobre a proposta aprovada na noite de quarta-feira (23) às pressas pela Câmara, e que poderia ser votada pelos senadores ainda na noite de quinta, Eunício informou que o governo iniciará um debate com os membros do movimento para encontrar “as fontes verdadeiras” dos recursos.

“Eles [caminhoneiros] reconhecem que existem dificuldades no projeto do PIS/Cofins, porque isso mexe com a questão de saúde e uma série de fatores. Mas houve um compromisso do ministro [da Fazenda] Eduardo Guardia e do governo de abrir uma discussão em relação ao PIS ou outra fonte de receita para essa questão. Vai depender da negociação entre eles”, afirmou.

Tabela de fretes

A proposta sobre os fretes é originária da Câmara e, desde que chegou ao Senado, em outubro do ano passado, não avançou na tramitação. “A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas tem como finalidade promover condições razoáveis à realização de fretes em todo o território nacional, de forma a proporcionar retribuição ao serviço prestado em patamar adequado”, diz um dos artigos do projeto. A expectativa de Eunício é que o projeto seja analisado pelos senadores, na pior das hipóteses, na primeira semana de junho, se não for possível colocá-la em votação na semana que vem, devido às medidas provisórias que trancam a pauta.

Resistências

A decisão de aceitar a proposta do governo para suspender a paralisação, porém, não foi unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros que participaram do encontro, uma delas, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que afirma representar 700 mil caminhoneiros, recusou a proposta. O presidente da associação, José Fonseca Lopes, deixou a reunião com o governo no meio da tarde e disse que a categoria continuará parada. “Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. […] vim resolver o problema do PIS, do Cofins e da Cide, que está embutido no preço do combustível”, disse Lopes.

E mais

Dizendo desconhecer a posição da Abcam e que o projeto é “extremamente importante para os caminhoneiros”, Eunício Oliveira se demonstrou esperançoso com o fim do movimento. “Houve um entendimento, houve o acordo, e se Deus quiser o Brasil volta à normalidade com esse termo de acordo que foi feito”, disse, ao falar com a imprensa durante reunião de líderes no Senado. 
Com informações da Abr