sábado, 21 de dezembro de 2024

Tragédia: Luana Campos Carneiro, de 25 anos, tirou a própria vida após perder R$ 140 mil de herança no “Tigrinho”.

 Após perder o montante fruto de uma herança, Luana ingeriu veneno e foi internada no Hospital, onde não resistiu. Na mesma cidade, um homem de 52 anos se suicidou pelo mesmo motivo.

A morte de Luana Campos Carneiro, 25 anos, chocou o município de Figueira, no Norte do Paraná, e acendeu o alerta sobre os perigos do “Jogo do Tigrinho”, uma prática de apostas clandestinas que tem feito vítimas na região. Após perder cerca de R$ 140 mil, fruto de uma herança, Luana ingeriu veneno e foi internada no Hospital Regional de Santo Antônio da Platina, onde não resistiu.

O caso de Luana escancara uma espiral de dívidas e desespero gerada por esse jogo. A jovem teria investido todo o montante recebido nas apostas e, ao esgotar os recursos, acabou contraindo dívidas que agravaram seu sofrimento.

Este, porém, não é um episódio isolado. Em agosto, Lourival Guarnieri, de 52 anos, de Santana do Itararé, a 120 km de Figueira, também tirou a própria vida após acumular R$ 100 mil em dívidas relacionadas ao mesmo jogo. Segundo Arlete de Lourdes Azevedo, esposa de Lourival, o marido começou a apostar após ganhar dinheiro inicialmente, mas a sequência de perdas gerou uma pressão psicológica insustentável. “Ele prometeu parar, mas não conseguiu. Estava com medo de admitir que a situação tinha piorado”, disse Arlete. Além dos casos de suicídio, a escalada de violência associada ao “Jogo do Tigrinho” preocupa autoridades e moradores. Em março, em Bandeirantes, um homem assassinou a ex-companheira e a enteada de 15 anos após um rompimento motivado por perdas financeiras no mesmo tipo de aposta.

O “Jogo do Tigrinho” é descrito como uma prática sedutora, que oferece promessas de ganhos rápidos, mas, na realidade, mergulha os apostadores em ciclos de dívidas e sofrimento. A ausência de fiscalização e punição efetiva permite que o jogo continue devastando vidas, enquanto famílias inteiras enfrentam o luto e o desespero. A comunidade questiona: até quando as autoridades permitirão que essa prática permaneça impune? A urgência por ações concretas cresce, enquanto os números de vítimas aumentam.

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