segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Segurança de Gusttavo Lima que estava foragido é preso em SP por suspeita de elo com o PCC

Rogerinho’ passou a ser procurado pela PF e pelo MP após uma operação contra corrupção policial; outros quatro agentes já estão presos.
O policial Rogério de Almeida Felício, apelidado como Rogerinho Punisher, foi preso na manhã desta segunda-feira (23) ao se entregar para as autoridades em Santos, no litoral de São Paulo. Ele estava foragido desde semana passada, após a deflagração da operação Tacitus pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (PF) contra corrupção de agentes.

Ele também chegou a ser citado na delação do empresário Vinicius Gritzabch, delator do PCC assassinado em outubro no Aeroporto de Guarulhos. Vale destacar, que ele é apontado como segurança do cantor Gusttavo Lima.

Rogerinho é investigado por sua possível ligação com o PCC e por ostentar um relógio que teria sido furtado de Gritzbach. Em sua delação premiada, o empresário apresentou prints das redes sociais, onde o policial aparece com o item, o que sugere que o objeto era fruto de transações ilegais.

Além deles, a operação também prendeu quatro pessoas apontadas como responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção, incluindo o advogado Ahmed Hassan Saleh, vulgo Mude. Durante a operação, foram apreendidos dinheiro, joias e armas nos endereços dos alvos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Público disse que o policial será encaminhado para a sede da Corregedoria. “A Delegacia Geral de Polícia informa que, após tratativas com a defesa do policial civil Rogério de Almeida Felício, que figurava como procurado na operação Tacitus, da Polícia Federal, chegou a um acordo para que ele se entregasse. O policial foi apresentado na sede do DEINTER 6 e será conduzido até a sede da Corregedoria.”

Conforme o Ministério Público do Estado de São Paulo, a ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção passiva e ativa). A ação é resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC e consequência da delação de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado no começo de novembro em plena luz do dia no Aeroporto de Guarulhos.

Baena e Lopes Monteiro atuaram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Eles foram responsáveis por investigar Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC. Ambos são citados na delação dele ao Ministério Público.

A defesa de Baena e Lopes Monteiro considera que a prisão dos dois se constitui em “arbitrariedade flagrante”. Já a defesa de Saleh disse que está tomando as medidas judiciais cabíveis para revogar prisão temporária. O advogado Anderson Minichillo, que representa Ruggieri, disse que a defesa ainda não teve acesso aos autos e aos motivos da decretação da prisão.

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