O animal foi encontrado por uma moradora local, que prontamente o levou ao Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF). Lá, a equipe constatou que o sapo apresentava desidratação severa e desnutrição. Após uma cirurgia minuciosa para remover a cola e outros materiais obstrutivos, o sapo começou a mostrar sinais de recuperação.
"A recuperação é lenta, mas estamos otimistas. O sapo já está se alimentando e começando a mostrar sinais de melhora", afirmou a professora Michelli Ataíde, coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF.
Exames realizados também revelaram a presença de objetos estranhos no estômago do animal, como fios de cabelo, reforçando as suspeitas de maus-tratos.
Investigações sobre práticas rituais
O caso foi denunciado ao Ministério Público (MP), que investiga o possível envolvimento de práticas ritualísticas, uma situação que, embora já registrada em outras cidades, surge pela primeira vez em Passo Fundo.
O promotor Paulo Cirne, responsável pela área ambiental na cidade, condenou a ação: "Trata-se de uma crueldade sem justificativa. Estamos investigando o caso e, caso o responsável seja identificado, ele será punido criminalmente", declarou.