A colisão, que envolveu a carreta, um ônibus e um carro, é considerada o maior acidente em rodovias federais desde 2008
Na tarde desta segunda-feira (23), o motorista da carreta envolvida no acidente que matou 41 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, se entregou à Polícia Civil. Foragido desde o dia do acidente, ocorrido na madrugada do sábado (21), o homem apresentou-se à delegacia do município, acompanhado de advogados, e agora presta depoimento.
A colisão, que envolveu a carreta, um ônibus e um carro, é considerada o maior acidente em rodovias federais desde 2008. Segundo as investigações preliminares, a principal linha seguida pela polícia é que o bloco de granito transportado pela carreta tenha se desprendido da carroceria e atingido o ônibus, provocando um incêndio. Outra versão aponta que o pneu do ônibus teria estourado, causando a colisão com a carreta. O carro, que vinha logo atrás, colidiu com a traseira da carreta, deixando os três ocupantes gravemente feridos.
De acordo com o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil, as notas fiscais levantadas indicam que havia excesso de peso na carga transportada pela carreta. “Já haveria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor”, afirmou o delegado. Além disso, foi constatado que o motorista estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde 2022, após ter se recusado a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz da Lei Seca em Mantena, Minas Gerais.
Até o momento, seis corpos das vítimas já foram liberados pela polícia, enquanto três pessoas permanecem internadas em um hospital de Teófilo Otoni. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outras forças de segurança seguem investigando o caso, que ainda não teve sua dinâmica totalmente esclarecida.
A apreensão do motorista encerra uma busca que mobilizou autoridades de Minas Gerais e estados vizinhos desde o dia da tragédia. O condutor responderá pelos crimes relacionados às irregularidades identificadas e pela tragédia resultante.
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