Mesmo foragido, Bebeto Queiroz designou o filho Daniel, por meio de procuração, para representá-lo, no último sábado (14), na solenidade de diplomação da Justiça Eleitoral
Alvo de uma operação da Polícia Federal por compra de votos nas eleições de 2024 e na mira do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil, que o identificaram como um dos envolvidos em licitações fraudulentas e desvio de recursos públicos do Município de Choró, o empresário Bebeto Queiroz corre o risco de se tornar o primeiro prefeito – entre os eleitos, em 2024, no Ceará, a ser cassado pela Justiça.
O Ministério Público Eleitoral, com base na Operação ‘Via Occulta’, que significa ‘Caminho Oculto’, realizada pela Polícia Federal, pediu a inelegibilidade e a cassação dos mandatos e dos direitos políticos de Bebeto Queiroz e do vice-prefeito eleito Bruno Jucá (PRD).
Mesmo foragido, Bebeto Queiroz designou o filho Daniel, por meio de procuração, para representá-lo, no último sábado (14), na solenidade de diplomação da Justiça Eleitoral. As ações do Ministério Público Estadual, Ministério Público Eleitoral e das Polícias Civil e Federal deixam incerteza para os moradores de Choró que não sabem quem, a partir de primeiro de janeiro de 2025, assumirá a Prefeitura de Município.
Com o diploma, Bebeto está legitimado para assumir o cargo de prefeito, mas, nesse momento, enfrenta o pedido de cassação apresentado pela promotoria da 6ª Zona Eleitoral, com sede na cidade de Quixadá, Região do Sertão Central.
OPERAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
Simultâneo ao processo de cassação aberto por compra de votos, Bebeto Queiroz tem outra frente: a Operação Ad Manus”, que, no latim, significa “nas mãos”. A Operação, deflagrada pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, apura o desvio de dinheiro e o pagamento de propina por meio de licitações fraudulentas no Município de Choró. A Justiça determinou, com base nessas investigações, o afastamento, por 180 dias, do prefeito Marcondes Jucá (PT),e a prisão de Bebeto Queiroz.