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O vereador Rogério Campos Machado, conhecido como Rogério Suíno (PP), confessou durante uma sessão no Plenário da Câmara Municipal de Leopoldina, na Zona da Mata mineira, que saqueava carga de caminhões que tombavam na estrada e que, por isso, ficou conhecido como o “vereador do caminhão tombado”.
Em sua fala, Rogério disse que realizou a prática várias vezes e, em muitas delas, era acompanhado pela mãe - que não vai mais aos atos por falta de condições físicas. Segundo ele, o fato de estar no plenário da Câmara da cidade é prova de que ele não realizava mais os saques.
“No primeiro mandato, teve vereador aqui que falou que eu era vereador de caminhão tombado. Fui em muito caminhão tombado, não foi um ou outro não. Tombava e eu ia, meu amigo. E hoje, eu saí de casa, disseram que tombou um caminhão ali na ‘Boa Sorte’, de frango. Daqui a pouco tem ‘nego’ vendendo frango lá igual louco. Mas ainda bem que eu estou aqui na reunião, ainda bem que eu estou aqui, senão eles vão falar que eu estou lá pegando frango também, daqui a pouco eu não sou vereador mais”.
O vereador ainda diz que não pratica mais a atividade. A mãe dele, que o acompanhava nos saques, também não vai mais devido à ‘falta de condições’.
“Fui, paguei por uma coisa que eu fiz, fiz mesmo. Eu frequentava, era só tombar, o Rogério estava lá. Mas depois que eu vi que começou a dar problema, eu falei ‘opa, não estou querendo ficar agarrado lá não, então vou parar com isso’, aí parei, muitos anos que eu não vou e isso foi se superando, com o tempo se superou, mostrou que eu não ia mais, que minha mãe também não tinha condições de ir mais”.
De acordo com o código penal, saquear carga de veículo acidentado é furto, punível com pena de 01 a 04 anos de reclusão e multa. Isso porque a carga de veículo acidentado tem dono e o acidente não autoriza a apropriação dos bens transportados.
Eleitores ingratos
Rogério Suíno, que não foi reeleito em Leopoldina, ainda disse que o eleitor foi ‘ingrato’ por não mantê-lo na Câmara Municipal. Segundo ele, a população não retribuiu os favores feitos por ele durante suas atividades parlamentares.
“Quem falar que ajuda uma pessoa, que seja pedindo ao prefeito uma coisa, para arar uma terra, para poder conseguir um exame, para poder plantar uma árvore, para trocar uma lâmpada, isso não é a troco de lá na frente querer o voto, ele é mentiroso. A pessoa que fala isso aqui é mentirosa, é lógico que nós temos interesse, nós ajudamos aquela pessoa, o que custa a pessoa nos ajudar na época da eleição, então acho que muita gente foi ingrata comigo”.