Foto: ALECE
O deputado Sargento Reginauro (União) foi à tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (13), para criticar o aumento de favelas no Brasil e no Ceará. Na avaliação do parlamentar, o Partido dos Trabalhadores (PT) teria sido responsável pela situação atual dessas pessoas, o que foi rebatido pela base governista na Casa.
Segundo estudo do IBGE, atualmente existem 16 milhões de brasileiros residindo em favelas e, no Ceará, o número de pessoas vivendo nessas comunidades cresceu 69% em 10 anos. “O que impressiona é que, nos últimos 10 anos, nosso Estado vem sendo governado justamente pelo Partido dos Trabalhadores, aquele que promete se dedicar aos mais pobres”, observou.
Sargento Reginauro seguiu criticando a gestão do PT no Ceará e questionou o que será da população caso o próximo governador também pertença ao partido. “Se deixarem eles nesse poder por mais quatro anos, o que será desse Estado? O pobre do cidadão que acredita nessas promessas é que está pagando o preço. O Lula mesmo disse que quem começa a ganhar mais de dois salários mínimos já não vota mais no PT. Ou seja, para se manter no poder, o partido precisa manter o povo pobre”, afirmou.
O deputado Felipe Mota (União) lembrou que o aumento de pessoas vivendo em favela retrata a realidade econômica do povo brasileiro. “A primeira opção das pessoas é comer. Ou pagam o aluguel, ou compram o alimento. Se não tivermos uma política para que essas pessoas do Bolsa Família progridam para uma carteira assinada e sair dessa realidade, não sabemos o que vai ser”.
Fernando Hugo (PSD) e Leonardo Pinheiro (PP) também trataram do assunto, com foco em mudanças no Bolsa Família, para que as pessoas possam buscar formação e não ficarem dependendo exclusivamente do benefício. Em defesa da gestão petista, o deputado De Assis Diniz (PT) afirmou que há compromisso das gestões petistas no enfrentamento à pobreza no Brasil.
Ele criticou Reginauro afirmando que não se pode eximir a gestão federal anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que “deixou de investir em programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, além de ter aumentado a tributação sobre a construção civil, entre outros pontos”.
Pobreza
Conforme De Assis Diniz, quando o presidente Lula assumiu sua atual gestão, “51 milhões de brasileiros estavam abaixo da linha da pobreza, cerca de 33 milhões de trabalhadores passando fome”. O deputado Missias Dias (PT) afirmou que a direita no Brasil sempre quis que os pobres continuassem pobres, ao contrário da esquerda luta ao longo da história. “Querem que a massa trabalhadora seja massa de manobra das elites brasileiras”.
Para Guilherme Sampaio (PT), o Brasil conseguiu reduzir a extrema pobreza em 40%, no primeiro ano do Governo Lula. O desemprego, conforme ele, caiu para 6,4%, a menor taxa desde 2012. Já o deputado Stuart Castro (Avante) destacou o compromisso do Governo Federal no combate à pobreza e no retorno de direitos dos trabalhadores que haviam sido perdidos durante a última gestão federal.
Vlog do Edison Silva