Os dados alarmantes foram divulgados nesta segunda-feira (25), no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, por meio de um relatório conjunto da ONU Mulheres e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
De acordo com o relatório “Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família”, o continente africano apresentou as maiores taxas de feminicídios relacionados ao ambiente familiar, seguido pelas Américas e pela Oceania. Na Europa e nas Américas, a maior parte das mulheres assassinadas em contextos domésticos (64% e 58%, respectivamente) foram mortas por parceiros íntimos, enquanto em outras regiões os principais agressores foram outros familiares.
O estudo também destacou que outras formas de feminicídio – além dos relacionados a parceiros íntimos e familiares – representaram 5% de todos os homicídios de mulheres em 2023.
“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero, e nenhuma região está excluída”, aponta o relatório.
A publicação ressalta que feminicídios geralmente são o desfecho de episódios repetidos de violência de gênero e que, portanto, poderiam ser evitados com intervenções mais eficazes e oportunas. Apesar dos esforços globais para prevenir esses crimes, os níveis permanecem alarmantemente elevados.
Os dados reforçam a urgência de ações coordenadas para combater a violência contra mulheres e meninas, garantindo segurança e justiça para as vítimas e promovendo mudanças estruturais que eliminem esse tipo de violência.