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De janeiro a setembro deste ano, mais de 13.500 atendimentos de emergência no IJF foram registrados em decorrência de quedas
De janeiro a setembro deste ano, mais de 13.500 atendimentos de emergência no IJF foram registrados em decorrência de quedas
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um acidente em casa ao escorregar no banheiro, o que resultou em um traumatismo craniano. Ele está em processo de recuperação. O incidente destacou os sérios riscos que quedas da própria altura representam, especialmente para os idosos, que são mais vulneráveis a acidentes e possíveis sequelas.
A aposentada Maria Selma Freire, de 72 anos, relata a experiência após uma queda que agravou um problema na coluna: “Eu escorreguei. Foi logo no começo dessa casa, aí cai um pingo d’água, se não enxugar logo, aí você se pisar em cima, você desce mesmo com tudo, não para de jeito nenhum, você cai com todo o corpo no chão.”
A mãe dela, Dona Sila, de 95 anos, que tenta realizar atividades sozinha, também já enfrentou um acidente. “Ela estava sentada na cama e caiu. Aí quer dizer, é perigoso. E aqui é pior ainda. Ela vai na cozinha sozinha, tomar água, tudo. Eu boto a comida, ela come só. Tudo ela faz só, mas eu tenho que acompanhar”, relata a filha.
Os dados são alarmantes: de janeiro a setembro deste ano, mais de 13.500 atendimentos de emergência no IJF foram registrados em decorrência de quedas, com a maioria dos pacientes tendo mais de 60 anos, e um número significativo sendo mulheres.
A médica ortopedista e cirurgiã de coluna, Gabriella Brito, alerta para as consequências da idade: “O idoso vai perdendo cada vez mais mobilidade, vai perdendo a massa muscular, vai perdendo massa óssea. É normal que haja uma perda de equilíbrio também. Então, esses são os fatores inerentes ao paciente.”
Para prevenir acidentes, é crucial redobrar os cuidados em ambientes como banheiros, áreas molhadas e escadas, onde o risco de quedas aumenta. As consequências podem ser graves, geralmente resultando em fraturas. “Eu brinco muito com meus pacientes. Idoso que cai, quebra. E aí isso é bem problemático, porque pode ir desde uma fratura no punho, uma fratura no quadril ou até mesmo uma fratura na coluna. Fora as fraturas do esqueleto apendicular, a gente também tem os traumatismos cranianos, que no idoso podem ser bem problemáticos. Uma hemorragia intracraniana pode levar até o óbito”, explica a médica.
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