Apesar do pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os desembargadores alvos de investigação da Polícia Federal continuam sem tornozeleira eletrônica. A Operação Ultima Ratio foi deflagrada na última quinta-feira (24), ou seja, já são quatro dias de “atraso”.
Procurada, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que os cinco investigados ainda não se apresentaram para a instalação do aparelho de monitoramento.
A reportagem também procurou pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) para questionar qual seria o prazo para que os apontados como suspeitos de comandar um esquema de corrupção dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) comecem a ser monitorados. No entanto, não obteve respostas até o momento de publicação deste material.
Além da tornozeleira, o STJ também determinou que os magistrados fiquem afastados de suas funções por 180 dias, e os proibiu de acessar as dependências do órgão público e de manter contato com os demais alvos da operação.
Os desembargadores Sérgio Fernandes Martins (presidente do TJMS), Marcos José de Brito Rodrigues, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu são alvos da “Operação Ultima Ratio”, que investiga possíveis crimes de vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Além deles, os ex-desembargadores Divoncir Schreiner Maran e Júlio Roberto Siqueira também são investigados, juntamente como o juiz da primeira instância, Paulo Afonso de Oliveira, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Osmar Domingues Jeronymo.
Correio do Estado