quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Prefeito eleito de Jijoca de Jericoacoara se posiciona contra doação de terras em acordo com empresária

Foto: Reprodução / Instagram Leandro Cézar
Nesta terça-feira (22), Leandro publicou um vídeo nas redes sociais declarando “ser contra a doação das terras”
O prefeito eleito de Jijoca de Jericoacoara, Leandro Cézar (PP), se manifestou contrário ao acordo de doação de terras entre a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a empresária Iracema Correia São Tiago, de 78 anos, que reivindica 80% das terras do município. Nesta terça-feira (22), Leandro publicou um vídeo nas redes sociais declarando “ser contra a doação das terras”.

A publicação, que já acumula mais de 55 mil visualizações, traz o prefeito eleito destacando que buscou a PGE, o Conselho Comunitário e advogados para garantir que Jijoca e a Vila de Jericoacoara, principais áreas turísticas, “tenham seu patrimônio natural preservado”.

“Ontem vi a fala do governador do Estado falando da parte jurídica sobre a questão das terras. Eu, como prefeito eleito deste município, sou totalmente contra essa doação”, afirmou Leandro, referindo-se à declaração dada pelo governador Elmano de Freitas (PT) na segunda-feira (21).

Na ocasião, o governador disse que o único acordo possível seria aquele em que a empresária ficaria responsável pelas terras que não são utilizadas para turismo e comércio. Leandro, no entanto, afirmou que, caso o acordo não seja revertido, “nenhum alvará de construção será dado nas áreas verdes” nem ocorrerá “desmembramento para que as terras sejam vendidas para terceiros”.

O prefeito eleito mencionou ainda que, na próxima semana, pretende se reunir com o governador para discutir uma solução que “favoreça os turistas, moradores e visitantes, não terceiros”.

O superintendente do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), João Alfredo, informou que, após uma reunião entre representantes da comunidade, advogados e o prefeito eleito, o acordo foi temporariamente suspenso. Durante o encontro, realizado na semana anterior, foi discutido o fato de que algumas das áreas envolvidas no acordo são protegidas por leis municipais como áreas verdes.

“Foi dado um prazo de 20 dias para que o Conselho Comunitário apresentasse uma contraproposta. Até lá, o acordo está suspenso e os títulos de propriedade não foram emitidos”, afirmou João Alfredo.

GCMais

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