Ainda há quem acredite que as mulheres anseiam por um par romântico e por centralizar suas vidas em torno de um cônjuge. Ledo engano. Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade de Toronto constataram que as solteiras, em média, relataram “níveis mais altos de satisfação com o status de relacionamento, satisfação com a vida, satisfação sexual e menor desejo por um parceiro”.
As descobertas sugerem que as mulheres são, em média, mais felizes na vida de solteiro do que os homens.
A pesquisa
Os pesquisadores da Universidade de Toronto analisaram dados de quase 6 mil pessoas solteiras que participaram de 10 estudos entre 2020 e 2023. Havia números quase iguais de homens e mulheres e 29 pessoas não binárias. As pessoas solteiras tinham pelo menos 18 anos (a idade média era 32) e não estavam em um relacionamento romântico.
Os indicadores avaliados foram: vida financeira, vida sexual, atividades domésticas e como se sentem em relação ao seu status atual. Nessa pesquisa, as mulheres se dizem muito felizes com seus status.
Além disso, a pesquisa destacou que as mulheres solteiras desenvolvem outros tipos de relacionamentos que vão além do casamento, como o familiar e o social.
Mas quais as possíveis razões para a “solteirice” fazer tão bem a elas?
A psicóloga Flávia Bonani aponta que, com o passar das décadas, as mulheres conquistaram direitos importantes, atentando-se a novos caminhos e possibilidades.
“Tendo em vista que os relacionamentos não são mais o centro da vida de uma mulher, todas as outras infinitas possibilidades de realização, para além do casamento, tornam-se possíveis. Isso amplia a liberdade de escolha da mulher e, por consequência, o empoderamento feminino”, acrescenta.
“Acredito que as mulheres são mais felizes nos dias atuais do que jamais foram na história da humanidade, além de poderem buscar seus sonhos profissionalmente e gerir seu dinheiro sem precisar pedir permissão a um homem”, comenta Flávia.
A psicóloga emenda que “a vida sexual também está mais livre de amarras, como jamais visto. As mulheres se sentem emancipadas para explorar seus prazeres sem culpa”.
Metrópoles