O número de eleitores que deixaram de votar em todo o país no primeiro turno neste domingo 6 foi o segundo maior já registrado desde as eleições municipais de 1996. Cerca de 33,8 milhões de brasileiros não votaram, o equivalente a 21,71% do total de eleitores aptos.
A maior taxa de abstenção foi vista nas eleições de 2020, quando 34,2 milhões de brasileiros, 23,15% do total, deixou de votar. O pleito daquele ano aconteceu no ápice da pandemia do novo.
Em 2016, 25,3 milhões de eleitores (17,58%) em todo o país não votaram. Nas eleições municipais de 2012, 22,7 milhões de brasileiros deixaram de votar. Em 2008, a abstenção foi de 18,7 milhões.
Quatro anos antes, em 2004, o total de eleitores que não foi votar chegou a 16,9 milhões. Em 2000, 16,2 milhões. Nas municipais de 1996, quando foram implementadas as urnas eletrônicas, a taxa de abstenção foi de 18,3%.
- 2024: 21,71% (33,8 milhões)
- 2020: 23,15% (34,2 milhões)
- 2016: 17,58% (25,3 milhões)
- 2012: 16,41% (22,7 milhões)
- 2008: 14,53% (18,7 milhões)
- 2004: 14,19% (16,9 milhões)
- 2000: 14,99% (16,2 milhões)
- 1996: 18,3%
O advogado eleitoral Fernando Neisser diz que nenhuma hipótese sozinha explica a alta taxa de abstenção, mas uma conjunção de fatores. Neisser afirma que não se trata de um fenômeno brasileiro, mas de um movimento observado em diversos países.