Foto: ALECE
O deputado Sargento Reginauro (União) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (24), para criticar a ascensão das facções criminosas no Ceará. Em dado momento do pronunciamento, o parlamentar chegou a afirmar que candidatos de esquerda não são incomodados por grupos criminosos em algumas áreas de Fortaleza, e criticou a liberação de visitas íntimas para presos próximo do dia das eleições.
“O Ministério Público e a Polícia Federal precisam agir, porque a população está sendo coagida na periferia. Dizem que a bandeirada de determinado candidato não pode ser colocada porque é capitão da Polícia Militar, é inimigo dos criminosos e não pode fazer pesquisa. mas os demais candidatos podem fazer campanha livremente”, disse.
Reginauro afirmou, ainda, que candidatos de esquerda fazem campanha em qualquer lugar e têm material em todo canto da cidade. Enquanto isso, bandeiras do candidato Capitão Wagner (União) estariam sendo arrancadas e roubadas por criminosos. “As imagens foram denunciadas pelo Capitão Wagner. Têm câmeras espalhadas para todos os lugares, mas é impossível utilizar essas câmeras para responsabilizar esses criminosos”.
“Não sei se fosse o candidato do Governo já não haveria uma força-tarefa e a polícia já teria sido acionada para prender esses criminosos. Mas como são bandeiras de um político que vêm pautado na defesa da segurança pública, do povo do Ceará, o mais preparado…”, disse.
Outra reclamação feita por Reginauro diz respeito à liberação de visita íntima de companheiras de presos às vésperas das eleições. Segundo insinuou, isso beneficia os detentos próximo do pleito municipal. “O que é isso, governador? Um recado? Um aceno? Os presos estão vivendo melhor do que uma pessoa pobre na periferia, com exceção de estarem com liberdade cerceada. A população está solta, mas não tem sua liberdade. Os presos têm tudo e voltam a ter visita íntima”.
Liberdade
Ainda de acordo com ele, a população está sem esperança visto as promessas feitas na área de segurança que funcionam, conforme disse, como moeda de troca política, “e a sociedade vai vendo o tempo passar e sua vida transformada neste caos”. “Ela recorre ao próprio crime. Ela se sente protegida pelo crime. Mas em contrapartida ela perdeu sua liberdade”.
O parlamentar destacou que a situação chegou a um ponto em que não se há liberdade para se fazer campanha eleitoral livremente, visto as ameaças que estão acontecendo. “A metade do Governo Elmano já se passou e o que o governador Elmano Freitas conseguiu fazer para termos minimamente uma sensação de segurança? Mudou o secretário, engrossou o tom de voz e nada mais que isso. E a criminalidade continua agindo da mesma forma”.