Não há data para o júri
O homicídio teria acontecido por motivo torpe, já que consistiu no "desprezo e desconsideração para com a vida da vítima" e com uso de recurso que impossibilitou a defesa de Tarciano
O homicídio teria acontecido por motivo torpe, já que consistiu no "desprezo e desconsideração para com a vida da vítima" e com uso de recurso que impossibilitou a defesa de Tarciano
Três policiais militares devem sentar no banco dos réus devido à morte de um jovem abordado em uma operação policial em Fortaleza. Tarciano Pereira da Silva foi agredido e atingido por um disparo de arma de fogo, na frente dos pais dele.
O juiz da 5ª Vara do Júri decidiu pronunciar (levar ao Tribunal do Júri Popular) os PMs Hericksson Richard da Silva Barreto, Israel Paiva Saraiva e Frank Wendel de Sousa Soares. Hericksson é acusado de efetuar o disparo que atingiu a vítima. Já Israel e Wendel teriam participado das agressões e do homicídio devido à omissão.
No decorrer do processo, Hericksson chegou a alegar legítima defesa. A decisão foi proferida no último dia 4 de setembro e publicada no Diário da Justiça eletrônico da última quarta-feira (11).
Consta no processo que "há indícios portanto de que a vítima foi atingida quando já havia sido liberada pelos policiais, após abordagem policial, sendo razoável o entendimento de que não portava arma quando alvejada, e numa ocasião em que não se divisava conflito iminente, que poderia dar ensejo à intenção de ataque ou de revide por parte da vítima"
O homicídio teria acontecido por motivo torpe, já que consistiu no "desprezo e desconsideração para com a vida da vítima" e com uso de recurso que impossibilitou a defesa de Tarciano.
Ainda na decisão de pronúncia, o magistrado destacou que "a prova testemunhal, assim como a manifestação dos réus em sede de interrogatório, não deixa dúvidas de que os réus atuaram no referido procedimento policial. Há indícios de que o tiro que atingiu Tarciano Pereira da Silva foi desferido pelo policial militar Heriksson Richard da Silva".