A sétima fase da Operação Demote foi deflagrada em 15 municípios cearenses, mas as cidades de Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte concentraram a maioria das ações
Polícia Civil deflagrou a operação para cumprir 138 ordens judiciais e enfraquecer a atuação da organização criminosa no Estado
Polícia Civil deflagrou a operação para cumprir 138 ordens judiciais e enfraquecer a atuação da organização criminosa no Estado
A apreensão de um aparelho celular levou a Polícia Civil do Ceará (PCCE) a dezenas de lideranças da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuam em territórios por todo o Estado e foram alvos da Operação Demote, nesta quinta-feira (22). Pelo menos 27 suspeitos foram presos.
138 ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Estadual, sendo 69 mandados de prisão preventiva e 69 mandados de busca e apreensão. A sétima fase da Operação Demote foi deflagrada em 15 municípios cearenses, mas as cidades de Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte concentraram a maioria das ações.
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra 15 suspeitos que estavam em liberdade e 12 que já se encontravam detidos no Sistema Penitenciário cearense. Eles têm entre 18 e 41 anos e são suspeitos de crimes como integrar organização criminosa, homicídios, tráfico de drogas e roubos. A Polícia segue em busca dos outros 43 alvos foragidos.
COMO COMEÇOU A INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil chegou à teia criminosa da facção PCC no Ceará, com articulações em todas as regiões do Estado, a partir da apreensão de um aparelho celular de um suspeito de integrar a organização criminosa, no Município de Independência.
Ao extrair os dados do celular do suspeito, a Delegacia Municipal de Independência deflagrou operação, em junho deste ano, para desarticular a quadrilha atuante no Município, que prendeu oito suspeitos; e enviou cópia dos dados para a Draco, que mapeou a teia criminosa da facção por todo o Estado.
Conforme a polícia, a extração dos dados do celular apreendido levou a Polícia a líderes locais da facção paulista no Ceará, além de integrantes do setor de 'Disciplina' do PCC - responsáveis por determinar castigos de aliados e execuções de rivais.
A Polícia Civil espera, com a deflagração da Operação, "reduzir índices de homicídios e desarticular organização criminosa, à procura de outros integrantes do grupo".