quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Candidato mais rico do Brasil faz carreata com helicóptero e Porsche

A corrida pela Prefeitura de Marília, cidade de 240 mil habitantes do interior de São Paulo, começou com uma carreata de ostentação. Com direito a Porsche, Ferrari e helicóptero ocupando a Avenida João Martins Coelho, uma das principais vias da cidade, o empresário João Pinheiro (PRTB) lançou-se na disputa eleitoral.

Segundo o site do TSE, a maior parte da fortuna de João vem gestão de uma empresa de açúcar, que frequentemente patrocina sorteios e realiza doações em eventos na cidade. Além do negócio, o candidato também obtém rendimentos de ações em um empreendimento de criação de bovinos.

Sem experiência na administração pública e sem proposta de governo anexada ao site do TSE, o candidato defende ser capaz de reproduzir o sucesso empresarial na prefeitura da cidade e aposta no discurso da renovação: “Nosso plano de governo é tirar as pessoas que estão lá imediatamente”, defendeu em conversa ao Metrópoles.

De acordo com uma pesquisa Paraná Pesquisas, divulgada em 23 de junho, João Pinheiro tem somente 0,6% das intenções de voto. A corrida pela prefeitura de Marília é liderada por Vinícius Camarinha (PSDB), que tem 47,6% das intenções de voto. Ele é seguido por Garcia da Hadassa (Novo), com 12,4%, Eduardo Nascimento (Republicanos), com 8,3%, e Ricardinho Mustafá (PL), com 1,4%. A pesquisa tem margem de erro de 3,8 pontos percentuais para mais e para menos.

Efeito Marçal

A candidatura ostentação de João Pinheiro se assemelha à campanha do influencer Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo. Além do partido em comum, os dois candidatos usam de histórias de sucesso nos negócios para sustentar a ideia de que seriam capazes de uma boa gestão pública.

Pinheiro e Marçal têm faixa etária semelhante — ele com 39 anos, e Marçal, com 37 — e preenchem suas redes sociais com imagens de suas famílias e carros de luxo.

Apesar das semelhanças, o empresário de Marília busca se distanciar do influencer: “Somos colegas. Ele é uma pessoa bacana, mas não tem a experiência de vida que a gente tem. Os princípios são os mesmos, eu também vim de família pobre, mas o ramo é muito diferente. O ramo dele é mais virtual, eu sou mais de lidar com as pessoas diretamente, se é que você me entende”, diz o candidato.

Metrópoles

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