terça-feira, 9 de julho de 2024

Tia comemora prisão em BH de sobrinho acusado de matar a própria mãe: ‘Sua hora chegou’

Reprodução/Redes sociais
Bruno Eustáquio Vieira, preso em Belo Horizonte, estava foragido há três anos
Bruno Eustáquio Vieira, de 26 anos, estava foragido desde 2021; mulher foi morta no dia do aniversário da irmã, no litoral de São Paulo, em 2020
A tia do acusado de matar a própria mãe, que passou três anos foragido, comemorou a prisão do sobrinho, realizada na segunda-feira (8), em Belo Horizonte, pela Polícia Militar (PM). O crime aconteceu no Guarujá, no litoral de São Paulo, em dezembro de 2020. Márcia Lanzane, de 44 anos, foi morta por asfixia mecânica dentro de casa. A investigação aponta que o filho tinha interesse na herança da mãe.

“Sua hora chegou desgraçado. Falei que íamos te pegar. [...] Pessoal, conseguimos prender o Bruno em Belo Horizonte. Valeu cada km rodado. Justiça por Márcia Lanzane”, afirmou Mariusa de Quadra, em uma publicação no Facebook.

Bruno Eustáquio Vieira, de 26 anos, estava foragido desde maio de 2021, quando teve a prisão decretada após a conclusão do inquérito da Polícia Civil. Ele é réu por homicídio qualificado e fraude processual. Em agosto do ano passado, a Justiça de São Paulo determinou que ele irá a júri popular, mas por conta de recursos da defesa a data ainda não foi marcada.

Na publicação, a tia do acusado também citou o fato de a irmã ter sido morta no dia do aniversário dela, em 21 de dezembro. “O presente que você me deu no dia do meu aniversário, estou te devolvendo hoje como presente adiantado”, disse. Bruno completará 27 anos em 22 de julho. Paulo
Reprodução/Facebook
O foragido foi preso em uma casa, na Rua Atalaia, que fica no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital mineira. A PM chegou até ele com a ajuda de Mariusa e outra tia de Bruno. Elas identificaram que ele poderia estar em Belo Horizonte e viajaram até a cidade para verificar. Depois de ter a certeza, acionaram a polícia.

Como foi o crime
De acordo com a investigação, Márcia foi morta em 21 de dezembro de 2020 esganada pelo filho, que tinha 23 anos à época. Imagens de câmeras de segurança de dentro da casa mostraram os dois em luta corporal. Em determinado momento, os dois chegam a cair no chão e Bruno fica por cima de Márcia. As imagens ainda mostram que ele prendeu o pescoço da mulher e deu socos nela.

A vítima ficou imóvel, Bruno saiu do quarto e seguiu para a sala, onde continuou vendo televisão. Duas horas após o crime, ele chegou a passear com o cachorro da família. Na manhã seguinte, foi à academia e ao retornar, acionou a polícia dizendo ter encontrado a mãe morta.

Em junho de 2021, Bruno chegou a dar uma entrevista exclusiva à Record, onde afirmou que a machucou, mas não a ponto de matá-la. “Estava tentando fazer a gente parar de brigar”, disse Bruno. Na entrevista, ele ainda afirmou que a mãe teria morrido por um mal súbito e não por conta de agressões. O laudo de morte, no entanto, aponta que a morte de Márcia decorreu por conta de asfixia.

O Ministério Público de São Paulo afirma que Bruno simulou desespero e dificultou a investigação ao retirar cabos do HD das câmeras de segurança e escondê-la no interior do forno. O caso foi tema do terceiro episódio da segunda temporada do programa Linha Direta, da TV Globo.
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A reportagem tenta localizar a defesa de Bruno Eustáquio Vieira. Em outras oportunidades, a defesa apontou contradições em laudos e disse que não há comprovação de que o réu teria sido motivado pela herança.

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