quinta-feira, 18 de julho de 2024

Polícia conclui inquérito e não indicia filho de Lula acusado de agressão por ex-namorada

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito contra o filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado de agressões físicas e psicológicas pela médica Natália Schincariol.

As autoridades policiais optaram por não indiciar Luís Cláudio Lula da Silva, já que não foram encontrados indícios contundentes que corroborem a alegação da ex-companheira.

Conforme a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a “investigação foi concluída e relatada ao Ministério Público na segunda-feira (15)”. O MP-SP pode seguir o entendimento da Polícia Civil e pedir o arquivamento do processo, ou pedir mais investigações e até mesmo optar por denunciar o filho de Lula à Justiça.

Os advogados de ambos os lados foram procurados, mas não retornaram até a publicação deste texto.

Boletim de ocorrência

Em abril, Natália Schincariol registrou o caso na Delegacia da Mulher de São Paulo e citou cinco acusações (violência doméstica, ameaça, vias de fato, violência psicológica contra a mulher e injúria).

A médica afirmou que não registrou o boletim de ocorrência antes porque Luís Cláudio teria dito que não aconteceria nada por ele ser filho do presidente da República.

De acordo com a médica, ela foi agredida com uma cotovelada durante uma briga, em janeiro deste ano. Além disso, teria sofrido agressão verbal, psicológica e moral. A médica afirmou que chegou a se afastar do trabalho por um mês devido ao “trauma causado pelas agressões” e foi hospitalizada com crises de ansiedade.

Em abril, o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que Luís Cláudio saísse do apartamento onde vivia com a ex-namorada e não se aproximasse dela.

Os dois mantiveram um relacionamento por dois anos, mas se separaram depois de supostas traições por parte do filho de Lula, segundo Natália.

Os advogados que representam Luís Cláudio disseram, na época, que as declarações de Natália são “fantasiosas” e que pediriam reparação por danos morais.

Já a advogada da médica, Gabriela Schievano Sançana, afirmou que sua cliente está abalada e com crise de ansiedade diante do caso. Ela ainda ressaltou que a iniciativa da médica serve como exemplo para que outras mulheres tenham cada vez mais ciência da legislação.

Estadão Conteúdo

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