quarta-feira, 3 de julho de 2024

Deputado lamenta situação de pobreza extrema no Ceará

Foto: ALCE
Queiroz Filho também criticou o que chamou de desvio de finalidade dos recursos do Fecop
A situação de extrema pobreza no Ceará foi o tema levado pelo deputado Queiroz Filho (PDT) à tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão ordinária desta quarta-feira (03). O parlamentar lamentou a falta de medidas mais eficazes que façam com que o Estado saia do lugar em que se encontra, onde foi a unidade da federação que menos alterou essa realidade.

Ele apresentou um relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2023, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra o Estado tendo o terceiro maior percentual da população vivendo abaixo da linha da pobreza, com 48,7%, em melhores condições apenas do Acre e Maranhão”.

Outro estudo citado por Queiroz Filho é da Fundação Getulio Vargas (FGV), que aponta para a redução da população vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil. Conforme o deputado, o Ceará foi o estado que teve a menor redução em todo o Brasil. “A redução está acontecendo no País todo, e a gente comemora. Mas é importante chamar atenção para o fato de o Ceará ser o estado com o menor índice”, alertou.

Queiroz Filho questionou também a queda na receita do Fundo de Combate à Pobreza (Fecop) ao longo dos anos. Conforme os números apresentados, em 2021, a receita foi de R$ 575 milhões, chegando a R$ 570 milhões, em 2023, e tendo uma previsão no Orçamento de 2024 de R$ 340 milhões. “Uma redução gigantesca desse fundo, que há um tempo vínhamos alertando para o desvio de suas funções, dos seus objetivos de combater a pobreza”, pontuou.

O deputado Cláudio Pinho (PDT) lamentou que o Ceará não esteja figurando bem no combate a extrema pobreza. Para ele, existe uma concentração de renda considerável no Estado, o que se reflete no cenário onde a maior parte da população não tem sequer o que comer. “O Ceará continua sendo o campeão da pobreza entre os estados nordestinos. Isso mostra uma concentração de renda ou que as políticas pública desenvolvidas no Estado não estão funcionando a contento. A população precisa ter a condição de comprar a quentinha, de fazer sua feira.

Blog Edison Silva

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