Foto: Reprodução
Não houve vítimas fatais, mas algumas pessoas presentes no edifício precisaram de atendimento médico devido à inalação de fumaça
Não houve vítimas fatais, mas algumas pessoas presentes no edifício precisaram de atendimento médico devido à inalação de fumaça
Um incêndio atingiu o Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na tarde desta quinta-feira (20), no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. As chamas, que se espalharam por salas próximas ao plenário, foram controladas pouco antes das 14h. Não houve vítimas fatais, mas algumas pessoas presentes no edifício precisaram de atendimento médico devido à inalação de fumaça.
No momento do incidente, não estava ocorrendo nenhuma sessão legislativa. Diversos parlamentares, incluindo o presidente da Alece, Evandro Leitão (PT), estavam no Palácio da Abolição acompanhando a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Que aconteceu
Por volta do meio-dia, fumaça foi vista saindo do plenário da Alece na Avenida Desembargador Moreira. A área foi imediatamente isolada e os bombeiros começaram a combater as chamas. Além da equipe de bombeiros da própria Assembleia, outras sete viaturas de combate ao fogo e de salvamento foram enviadas ao local. Após controlar o incêndio, os bombeiros iniciaram o rescaldo, um processo detalhado de resfriamento da estrutura.
Possíveis causas do incêndio
As primeiras suposições de que o incêndio teria começado na cantina não foram confirmadas. Em uma coletiva de imprensa, o presidente da Alece, Evandro Leitão, afirmou que prefere aguardar o resultado da perícia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) para determinar a causa exata do incêndio. Ele não descartou a possibilidade de ação criminosa, mas espera que tenha sido uma fatalidade.
Leitão também enfatizou que a Assembleia tem contratos de manutenção predial, ar-condicionado, e prevenção, garantindo que o incidente não ocorreu por falta de manutenção. “O que posso garantir é que temos um contrato de manutenção predial, contrato de ar-condicionado, de prevenção e manutenção corretiva”, pontuou. “Uma coisa posso garantir: não foi por falta de manutenção, não foi por falta de atenção, não foi por falta de investimento que aconteceu essa situação.”
Continuidade das sessões legislativas
Evandro Leitão, junto com outros parlamentares, retornou rapidamente à Alece ao ser informado do incêndio. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele assegurou que as atividades legislativas não seriam interrompidas e que as sessões ocorreriam remotamente a partir da próxima semana devido à destruição do plenário.“Não sofreremos nenhum tipo de dissolução de continuidade dos trabalhos legislativos. Iremos dar continuidade de forma remota a partir da próxima semana, tendo em vista o Plenário ter sido destruído”, discorreu o político naquele momento inicial, prometendo que a estrutura será recuperada com brevidade.
Leitão detalhou que, além das sessões legislativas, outros serviços da Alece, incluindo os da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), continuarão funcionando normalmente. O prédio anexo ao plenário ficará isolado para garantir a segurança.
Reconstrução do plenário
Sobre a recuperação da estrutura danificada, Leitão anunciou que uma licitação será aberta imediatamente para a reconstrução das partes afetadas do prédio. Ele afirmou que espera concluir as obras no prazo máximo de 90 a 120 dias. Até lá, a Assembleia continuará a trabalhar de forma remota, utilizando a experiência adquirida desde a implantação do sistema remoto em 2020.
“Nesse primeiro momento, iremos trabalhar de forma remota, até porque não teremos nenhum tipo de problema. A Assembleia, ainda em 2020, foi a primeira do Brasil a implantar o sistema remoto, já temos a experiência”, reforçou Evandro.
Ele também anunciou que deve priorizar o início das obras de reconstrução da estrutura afetada. “Já contactei com a Procuradoria Jurídica da casa e também com o presidente da Comissão de Licitação para que a gente possa imediatamente lançar um edital de licitação para que nós possamos iniciar uma empresa que venha a vencer o processo licitatório para que, num prazo máximo de 90 dias, 120 dias, a gente já possa estar com o nosso novo plenário”, completou.
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