Um adolescente de 17 anos, filho de uma das vítimas da Chacina do Forró do Gago, foi apreendido por suspeita de envolvimento no ataque que deixou dois mortos e oito feridos no bairro Barroso, em Fortaleza. A ação criminosa ocorreu na última sexta-feira (21), na Areninha do Jardim Violeta.
O jovem nega qualquer participação na tentativa de chacina. Em depoimento, afirmou que estava na casa da namorada no momento do crime. Um mandado de apreensão estava em aberto contra ele, e ele relatou estar em liberdade há cerca de um ano. O adolescente também mencionou que foi “decretado” pela facção Comando Vermelho (CV) por recusar envolvimento com a organização criminosa.
O adolescente mora em uma área dominada pela facção Massa Carcerária, mas ele negou fazer parte do grupo, que é suspeito de organizar a tentativa de chacina. Ele foi apreendido no sábado (22), junto com Victor Henrique Pereira Carneiro, de 21 anos, e Tainara da Silva Bezerra, de 26 anos. Victor Henrique é suspeito de participação na tentativa de chacina, enquanto Tainara é acusada de integrar uma organização criminosa.
Durante a apreensão, o adolescente quebrou seu celular, alegando que agiu por medo. Ele afirmou não conhecer as outras pessoas suspeitas, exceto Victor Henrique.
O adolescente é filho de uma das 14 vítimas da Chacina do Forró do Gago, ocorrida em 27 de janeiro de 2018, no bairro Cajazeiras. O pai dele, de 55 anos, foi morto enquanto trabalhava em um carrinho de lanches em frente à casa de shows. Um irmão do adolescente, que tinha 12 anos na época, também ficou ferido no ataque.
A Chacina do Forró do Gago foi atribuída a membros da facção Guardiões do Estado (GDE), sendo motivada pela localização do estabelecimento em uma área dominada pelo Comando Vermelho (CV). Atualmente, a facção Massa Carcerária, surgida após um racha no CV, atua na comunidade do Barreirão.
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