Em mais uma visita ao Estado do Ceará, o presidente Luiz Inácio Lula se deparou com uma chacina realizada na madrugada desta quinta-feira (20), no Interior do Estado. Sem citar como vai melhorar a situação, ele falou em um plano de segurança a ser traçado com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, juntamente com governadores e ex-governadores.
Antes da chegada do presidente da República ao Ceará, no período da madrugada, sete pessoas foram executadas em uma praça no Município de Viçosa do Ceará. De acordo com informações da Polícia, as vítimas seriam integrantes de facção rival à dos executores do crime.
Sobre o assunto, o presidente afirmou que a Segurança Pública sempre será um problema do País, visto que há um controle do Estado sobre as polícias e que já houve proposta da criação de uma Guarda Nacional que não prosperou. Na opinião dele, essa guarnição daria uma força auxiliar às polícias estaduais, mas isso não foi aplicado.
Ele informou, ainda, que retornou ao Governo Federal com a intenção de criar o Ministério da Segurança Pública, mas é preciso ter, de forma concreta, que segurança quer propor para a população. “Não adianta fazer discussão sem a participação dos governadores”, disse ele lembrando que o ministro Ricardo Lewandowski apresentou uma proposta para a área e essa será discutida com ex-governadores e os atuais, para que todos apresentem sugestões ao projeto do gestor responsável pela área.
“Quero pegar esssa experiencia acumualda para chamar os que estão em cargo hoje para entrar na discussão. Aqui no Ceará houve momento em que a segurança era satisfatória e depois caía. É um problema sério, ligado à criminalidade, e mais recentemente, à liberação de armas. Muitas organizações compraram armas à vontade”, disse Lula.
Segundo o chefe do Executivo Federal, o dado concreto é que é preciso apurar a situação para prender as pessoas. “Vou apresentar esse projeto ao Brasil depois dessa discussão com o ministro e com os governadores. Quero convidar todos os governadores”, disse o presidente sobre a reunião que ainda não tem data para acontecer.
Proposta
“Tenho que ouvir a proposta do ministro, e ouvir o que os ex-governadores têm a dizer. Não podemos dizer algo que não seja eficaz. Tem que ser algo melhor do que tem. É preciso pensar muito para não fazer pirotecnia. O Brasil está cansado de gente anunciar coisa que não acontece. Quero estar muito precavido para ver o que vai acontecer”, sinalizou.
Blog Edison Silva