Antônio Charlan Rocha Souza, garçom suspeito de matar o vereador César Araújo Veras e esfaquear outras duas pessoas no município de Camocim, na tarde do último domingo (28), era funcionário do restaurante há 13 anos. Apesar de conhecer as três vítimas do ataque, não tinha desavença com nenhuma delas, segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).
Antônio Charlan foi preso em flagrante no almoço do último domingo. Segundo o delegado Marcos Aurélio, ainda é prematuro falar sobre motivação. Foram ouvidos os colegas de trabalho do suspeito e, de acordo com o policial, ainda não há nada que possa apontar a razão do suspeito.
O homem teria sido detido por policiais militares ao fugir do local de carro para outra cidade após o crime. Ele se entregou e disse ainda que estava “sendo perseguido pelos colegas de trabalho e clientes”, segundo as autoridades. Em outro depoimento à Polícia Civil, o garçom teria dito não se lembrar do que aconteceu no restaurante.
Em depoimento, o suspeito declarou que viu a arma do crime enquanto estava bebendo água. Após isso, se dirigiu até as vítimas e iniciou os esfaqueamentos. Ele informou que só lembrou do que havia feito quando foi parado pelos policiais.
No pedido de conversão da prisão em flagrante em preventiva, o juiz Victor Nogueira Pinho, que presidiu a audiência de custódia, destacou que “a manutenção do flagrante em liberdade traz sérios riscos à ordem pública, ante a ameaça concreta de reiteração delitiva, revelada a partir do modo em que se desenvolveu o fato criminoso”.
O magistrado também ressaltou que, embora o autuado seja primário e portador de bons antecedentes, “não verifico que tal condição seja suficiente para afastar a medida cautelar da prisão preventiva”.
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