sexta-feira, 31 de maio de 2024

Professor inocentado em caso de estupro de aluna descreve o que passou

Foto: Reprodução
Bruno afirmou em entrevista à TV Cidade que está aliviado, mas não ainda o suficiente depois do linchamento moral que sofreu nas redes sociais.
O professor Brunno Wesley teve o nome associado à denúncia de estupro de uma criança de cinco anos, aluna de uma escola municipal no bairro Bonsucesso, em Fortaleza. A Polícia Civil confirmou que o professor não tem relação com o caso. Depois de ser inocentado, Bruno afirmou em entrevista à TV Cidade que está aliviado, mas não ainda o suficiente depois do linchamento moral que sofreu nas redes sociais.

“Eu tive momentos em que a minha mãe foi ameaçada, em que pessoas da família precisaram faltar trabalho, para todo mundo estar ali do meu lado. Bate a sensação de que você é um peso para os outros, de que morrer seria mais fácil”, desaba o professor.

Foram 63 dias de angústia e sofrimento para Brunno e a família. Não bastassem as ameaças, a casa do professor foi invadida por criminosos. “Doeu muito. Até o meu certificado foi roubado. Meus móveis foram roubados bem como material da prefeitura, meus livros de estudo, material de literatura, tudo”, completa Bruno.

“Eu sei cada minuto que eu batalhei para ele ser o que ele é para simplesmente uma pessoa do nada vir e julgar e tirar tudo que meu filho trabalhou tanto pra ter”, disse Maria Sheila, mãe do Brunno.

Defesa de professor o incentivou a colaborar com a investigação
A defesa de Brunno Wesley o incentivou a colaborar com a investigação policial, uma vez que havia indícios de inocência, afirmou o advogado André Quezado, advogado

A análise de imagens de câmeras de vigilância da escola onde Brunno lecionava foi fundamental para excluí-lo do inquérito que apura a denúncia de estupro. Os advogados vão acionar judicialmente divulgadores de informações falsas que associavam Brunno ao caso.

O recomeço ainda é incerto para Brunno. A família tem sido a única âncora para se manter firme e voltar à rotina.  “Se eu estou aqui até agora é porque eu não quero deixar a minha família mais triste, porque eles são o meu combustível e a minha força, finaliza Brunno.

GCMais

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