A suplementação alimentar tem se tornado cada vez mais comum entre praticantes de atividade física, desde atletas de alto rendimento até pessoas que buscam melhorar a saúde e o bem-estar. Mas será que os suplementos são realmente necessários? E como eles devem ser usados?
Em uma dieta balanceada, a suplementação pode ser um complemento para otimizar os resultados dos treinos e a saúde. Contudo, de acordo com a nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, July Caldas, se for feita de forma indiscriminada, a ingestão diária de nutrientes ultrapassa os níveis necessários para o funcionamento correto do organismo, podendo gerar prejuízos a alguns órgãos, como o fígado e os rins.
O quadro descrito por July Caldas se chama hipervitaminose, uma espécie de intoxicação. O corpo elimina naturalmente algumas vitaminas em excesso, evitando que ela aconteça. No entanto, as vitaminas A, D e K acabam se acumulando no organismo e podem causar algumas sequelas graves. O excesso de vitamina D, por exemplo, pode sobrecarregar veias e artérias, além de causar a perda da função renal.
Além disso, alguns medicamentos podem parecer inofensivos, mas são capazes de causar interação medicamentosa com outros que a pessoa já faz uso, alerta a especialista. E aí o organismo pode ser sensível a algum componente da fórmula e os órgãos podem ser sobrecarregados, entre outros danos.
“Devido ao constante desenvolvimento da indústria alimentar, a suplementação nas atividades físicas tem se tornando cada vez mais frequente. Logo, ela é indicada quando a ingestão de alimentos não consegue suprir as necessidades, o que vai depender da frequência dos treinos e da atividade em questão”, ressalta a nutricionista.
July Caldas alerta sobre a necessidade de consultar um profissional da área antes de iniciar qualquer suplementação. “O especialista poderá avaliar individualmente e recomendar os suplementos mais adequados”, afirma ela.
A automedicação, reforça ela, nunca é o caminho, mesmo em relação aos suplementos alimentares. Como explica a nutricionista, é necessário ter a prescrição de um profissional antes de utilizar qualquer medicamento, mesmo aqueles que podem parecer inocentes.