Os deputados da Assembleia Legislativa voltaram a lamentar o aumento da violência no Ceará e no Brasil. De acordo com eles, é necessário a elaboração de leis mais rígidas para inibir os casos de insegurança registrados a cada dia no País.
O tema foi levado à tribuna pelo deputado Fernando Hugo (PSD), que retornou à Casa depois de meses ausente por conta de um tratamento de saúde. sociedade esteja doente. “Vejam a brutalidade com que foi assassinado um vereador. Um homem público. Chegamos ao ponto em que nem os filmes mais violentos retratam o que estamos assistindo no Brasil. O Código de Processo Penal tem que ser revisto. Bandido tem que respeitar a polícia, e criminoso tem que ficar preso”, disse ele lembrando assassinato do vereador César Veras em Camocim.
Ele defendeu a urgência de um plano de segurança nacional em conjunto com a punição severa para crimes bárbaros. “Muito se investiu em segurança, principalmente aqui no Ceará, porém nossa polícia é praticamente proibida de enfrentar o crime como este merece. A polícia é uma instituição criada para proteger o cidadão, não o bandido”.
O deputado Leonardo Pinheiro (PP) acrescentou que as pessoas que não são vítimas diretas da violência vêm sendo atingidas indiretamente por ela. “As pessoas estão doentes. Estou falando de questões psiquiátricas. Não adianta chegar aqui e culpar prefeito ou presidente. É preciso uma ação integrada de saúde e combate à criminalidade, ou estaremos enxugando gelo”.
Para o deputado Dr. Aloísio (UB), é preciso recuperar o controle da segurança pública no Estado, uma vez que tantos episódios trágicos vêm acontecendo em poucas semanas. Cláudio Pinho (PDT) concordou com o raciocínio e completou: “Todo dia é gente assassinada, com pescoço cortado. O que estamos vendo só pode ser doença. Precisamos de amparo psicológico desde as crianças nas escolas ao idosos nas suas residências”.
Alcides Fernandes (PL) corroborou com a ideia de que a sociedade esteja doente. Ele disse ter perdido as esperanças nos atuais governantes. “Temos um governador omisso e um prefeito que parecem estar numa mesa de pingue-pongue, jogando a culpa um para o outro, enquanto assistimos a tantos casos de violência no Estado e na capital. E, se depender deles, vai ficar pior”.
Queiroz Filho (PDT) registrou seus sentimentos pela morte do vereador César Veras e frisou a necessidade de parceria entre Governo Federal e estadual para o enfrentamento da violência. “É preciso enfrentar a problemática. Se temos visto redução em estados como Goiás, é uma questão de decisão de enfrentamento. Ninguém aguenta mais esses episódios de violência aqui”, reclamou. Já De Assis Diniz (PT) lembrou que o crime se nacionalizou, e apontar um culpado não seria o ideal. “O enfrentamento é necessário, um plano nacional unificado e estruturado, o investimento em inteligência, mas apontar um culpado não adianta”.
Confira a fala do deputado Fernando Hugo:
Blog Edison Silva