Laisa foi esfaqueada dentro do estabelecimento dela no dia 12 de janeiro
Três meses após a empresária Laisa do Nascimento Andrade, de 26 anos, ter sido esfaqueada dentro de sua própria loja, em Juazeiro do Norte, no Ceará, o estabelecimento comercial foi reinaugurado, nesta sexta-feira (12). Sorridente na entrada da loja, Laisa recebeu amigos e convidados no evento que marcou o retorno dela ao trabalho.
A empresária recebeu presentes, buquês de flores, além de muitos abraços, carinho e palavras de força. O local onde funciona a loja foi durante três meses, usado para a reunião de pessoas para orar pela vida da jovem comerciante.
“Após enfrentarmos um momento difícil, finalmente reabrimos as portas da Encantada Boutique. Três meses se passaram desde o atentado que abalou nossa comunidade, mas hoje celebramos a coragem de seguir em frente e a determinação de honrar o nome de Laísa do Nascimento Andrade”, diz a postagem do perfil da loja nas redes sociais.
Laisa ficou internada por 12 dias, até receber alta em 26 de janeiro. Desde então ela vem sendo acompanhada por médicos, que chegaram a afirmar que em outros casos, por lesos muito menores que as sofridas pela comerciante, muitos chegaram a vir a óbito, mostrando que o caso de Laisa era bastante delicado, mas que teve uma recuperação surpreendente até para a equipe médica.
O ataque, que aconteceu em 12 de janeiro deste ano, foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento comercial. Dois homens entraram na loja como se fossem clientes e começaram a pedir informações, pegando inclusive algumas peças de roupas nas prateleiras. Eles então imobilizaram e atacaram a mulher, com uma faca. No vídeo, é possível ver que a empresária seguia sendo esfaqueada mesmo quando já caída no chão.
O casal de dentistas Francisco Jonhnatan Alves e Silva e Savana Oliveira, apontados como responsáveis por ordenar o ataque, foi preso poucos dias depois.
O casal teria encomendado a ação criminosa por uma dívida trabalhista com Laisa, conforme o advogado da vítima. Ela trabalhava na clínica odontológica que é de propriedade de Francisco Jonhnatan e ganhou uma causa trabalhista contra a empresa, no valor de R$ 10 mil. Os dois teriam pago cerca de R$ 5 mil para que o crime fosse executado.
Além deles, foram presos também os dois executores, identificados como Marcelo Barbosa de Almeida e José Pedro das Chagas. Já Carlos Alberto Evangelista, conhecido também como “Alemão”, seria o intermediário entre os mandantes do crime e os dois executores.
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