terça-feira, 30 de abril de 2024

Crime a mando do patrão: Policiais acusados de matar frentista vão a júri popular

Frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto pela última vez no dia 30 de setembro de 2015
Agentes foram denunciados pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa
Os quatro policiais militares acusados do desaparecimento do frentista João Paulo Sousa Rodrigues, em 2015, vão a júri popular nos dias 6 a 8 de maio, conforme divulgado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta segunda-feira (29). O crime foi cometido a mando do patrão da vítima.

Os agentes Haroldo Cardoso da Silva, Francisco Wanderley Alves da Silva, Antônio Barbosa Júnior e Elidson Temóteo Valentim foram denunciados pelo Ministério Público em dezembro de 2015, pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa.

Desaparecimento 
O frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto vivo em 30 de setembro de 2015. Ele foi abordado pelos quatro PMs quando se dirigia até o posto de combustíveis em que trabalhava. No decorrer da ação, o frentista foi algemado e colocado dentro da viatura, onde, segundo as investigações, teria sido torturado e depois assassinado. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

Conforme denúncia do MPCE, o crime teria sido cometido a pedido do empresário Severino Almeida, dono do posto de combustíveis em que João Paulo trabalhava, no Bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza.

Severino teria desconfiado que o frentista estaria sugerindo a criminosos da região que assaltassem o local. Denunciado pelo Ministério Público em fevereiro de 2018, o empresário, porém, foi impronunciado pela Justiça, que alegou ausência de provas de sua participação.

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