Frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto pela última vez no dia 30 de setembro de 2015
Agentes foram denunciados pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa
Agentes foram denunciados pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa
Os quatro policiais militares acusados do desaparecimento do frentista João Paulo Sousa Rodrigues, em 2015, vão a júri popular nos dias 6 a 8 de maio, conforme divulgado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta segunda-feira (29). O crime foi cometido a mando do patrão da vítima.
Os agentes Haroldo Cardoso da Silva, Francisco Wanderley Alves da Silva, Antônio Barbosa Júnior e Elidson Temóteo Valentim foram denunciados pelo Ministério Público em dezembro de 2015, pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa.
Desaparecimento
O frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto vivo em 30 de setembro de 2015. Ele foi abordado pelos quatro PMs quando se dirigia até o posto de combustíveis em que trabalhava. No decorrer da ação, o frentista foi algemado e colocado dentro da viatura, onde, segundo as investigações, teria sido torturado e depois assassinado. O corpo da vítima nunca foi encontrado.
Conforme denúncia do MPCE, o crime teria sido cometido a pedido do empresário Severino Almeida, dono do posto de combustíveis em que João Paulo trabalhava, no Bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza.
Severino teria desconfiado que o frentista estaria sugerindo a criminosos da região que assaltassem o local. Denunciado pelo Ministério Público em fevereiro de 2018, o empresário, porém, foi impronunciado pela Justiça, que alegou ausência de provas de sua participação.