O caso, que é investigado pela Polícia Civil, estava em segredo de Justiça e agora foi revelado com exclusividade pelo Jornal da Record.
Esposo da deputada federal Dayany Bittencourt, o presidente do União Brasil, Capitão Wagner afirmou que foram encontradas quatro câmeras instaladas no quarto da parlamentar em Brasília durante uma vistoria. Segundo ele, as câmeras foram instaladas pelo ex-proprietário do flat. Os equipamentos foram encontrados oito dias após a parlamentar fazer a mudança para o apartamento em um hotel de luxo da capital federal.
“Após realizar uma limpeza no flat, nossa equipe encontrou as câmeras uma no banheiro, uma de frente para a nossa cama, outra na sala. Foi realmente uma situação bastante constrangedora porque eu estive no flat durante o período e a gente dormiu uma noite lá porque eu fui a Brasília resolver algumas questões relacionadas ao partido. Dou graças a Deus que meus filhos não estiveram no período, mas a imagem da Dayany foi exposta, a minha foi exposta”, disse Wagner em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza.
Ainda segundo Capitão Wagner, a deputada está abalada com a descoberta e está recebendo atendimento psicológico. O caso já é do conhecimento do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, do líder do UB, Elmar Nascimento, e será cobrada uma investigação da Polícia Federal, além do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
“A família toda está abalada, a Dayany em especial porque foi mais exposta. Desde o acontecido ela tem tido acompanhamento psicológico intenso com sessões semanais vez por outra ela se assusta, a gente chega nos locais ela fica mais temerosa de que possa ter uma câmera aqui ou acolá , então o efeito psicológico foi devastador na nossa vida e dos nossos filhos”, disse.
Investigações e próximos passos
Capitão Wagner disse ainda que não deixará o caso ficar impune e lembrou do crime cometido contra uma nutricionista dentro do elevador de um prédio em Fortaleza. Ele reforçou a importância da denúncia para que os culpados sejam punidos.
“Como já sabemos quem instalou e quem mandou instalar, essas pessoas precisam ser punidas. A gente não vai deixar esse inquérito ser arquivado sem que ele seja indiciado e que ele responda na Justiça por todos os crimes cometidos. A gente precisa resgatar a credibilidade dos serviços públicos na saúde, na educação e principalmente na segurança dar uma resposta para a população. Todo caso como esse, ou como o da Larissa no elevador, tem que ser denunciado, cobrado. Acreditem no serviço público, se houve crime, o culpado tem que ser punido se não ele vai cometer com outras pessoas e outras vítimas surgirão a partir da nossa omissão”, finalizou.
O caso, que é investigado pela Polícia Civil, estava em segredo de Justiça e agora foi revelado com exclusividade pelo Jornal da Record. O antigo proprietário do imóvel, vendido há quase 4 anos disse que “instalou as câmeras porque suspeitava que a camareira estava subtraindo objetos”.
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