Os servidores técnico-administrativos já entraram em greve, o que agora é discutido pelos docentes
Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) aprovaram em assembleia um indicativo de greve da categoria. Com isso, será realizado em abril um plebiscito para os docentes, de modo a determinar, em definitivo, se acontecerá a greve. Estão incluídas também no movimento a Universidade Federal do Cariri (UFCA) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
A decisão sucede a decisão dos servidores técnico-administrativos da UFC, da última sexta-feira (15), de efetivamente entrar em greve. Os profissionais se articulam nacionalmente, pressionando a gestão federal por reajustes de salário e alterações no plano de cargos e carreiras para as categorias representadas.
Com o movimento dos professores, a intenção principal também é a de correção do salário, particularmente no que diz respeito à recomposição da inflação desde o ano de 2010. Conforme as lideranças, durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, no governo federal, não houve espaço para negociação sobre reajustes que cobrissem as perdas advindas da inflação.
Servidores
O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce) segue uma agenda de atividades para a greve dos servidores técnico-administrativos da UFC e das demais universidades federais do estado. Nesta quinta-feira (21), aconteceu pela manhã uma panfletagem no Campus do Pici e uma assembleia com técnicos do Campus Porangabussu da saúde. Pela tarde, a partir das 15h, acontecerá uma reunião do comando de greve, também no Campus do Pici, para tratar da formulação do calendário da semana seguinte.
Na última semana, um dia antes de a greve ser definida, o ministro da Educação Camilo Santana (PT) se manifestou, comentando que “greve é quando não há diálogo”. Ele ressaltou que o governo federal “está empenhado nisso”, pois “reconhece a importância dos servidores”.
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