O padeiro Antônio Carlos Paiva da Costa, 38, que passou 11 dias preso, no Ceará, por crimes cometidos por outro homem no Piauí, perdeu a homenagem póstuma feita para sua filha de 16 anos, que morreu no ano passado.
O momento foi organizado para ocorrer no último dia 25 de fevereiro, mas Antônio foi impedido de participar junto à família porque foi preso no dia 18 daquele mês, no Álvaro Weyne, em Fortaleza, acusado injustamente de estupro, furto e violência doméstica em Batalha, no Interior piauiense.
"Vim comemorar o aniversário dela [da filha que morreu], fazer uma homenagem, e não deu para chegar. É o que me abala mais, o que me deixa mais triste, desanimado. [Preso por] Uma coisa que não fiz. Como se eu fosse o pior vagabundo, estuprador", relatou o padeiro em entrevista ao Diário do Nordeste nesta última segunda-feira (4).
Antônio Carlos foi solto na última quinta (29), após o Ministério Público do Piauí (MPPI) constatar que um erro da Justiça local causou a prisão do cearense e solicitar a soltura imediata dele. No entanto, a mente do homem permanece "presa" aos dias e noites que passou encarcerado por crimes que não cometeu.
Antônio mora em Sobral, no Interior do Ceará, mas faz trabalhos esporádicos na Capital, na padaria da família de sua ex-esposa, mãe da filha que morreu. Foram esses parentes, inclusive, que procuraram um advogado para liberá-lo.
Com informações do Diário do Nordeste