Prisão temporária de Jânio Gleidson Carneiro Sousa pode ser convertida em preventiva nesta segunda-feira
Dois fugitivos de prisão de segurança máxima do RN continuam sendo buscados por força-tarefa policial
A prisão temporária de Jânio Gleidson Carneiro Sousa, de 22 anos, suspeito de ter ajudado Deibson Cabral Nascimento e Rogério Mendonça da Silva, foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró, pode ser convertida em prisão preventiva nesta segunda-feira (26), com possível decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Segundo os advogados, Jânio alega ser inocente.
Os dois homens, que fugiram de uma unidade federal de segurança máxima, são caçados por uma força-tarefa de 600 policiais desde o último dia 14 de fevereiro. Até então, os paradeiros dos integrantes de uma facção criminosa do Rio de Janeiro são desconhecidos e a Polícia Federal oferece recompensa de R$ 15 mil por informações sobre cada um dos fugitivos.
Janio foi preso no último dia 21 de fevereiro, em Mossoró, indiciado pelos crimes de favorecimento real e associação à organização criminosa. Além dele, outras duas pessoas foram presas.
Advogados do homem, alegam que ele sustentou não ter prestado apoio aos criminosos. Apesar disso, a investigação da PF aponta que os dois homens teriam se comunicado com Jânio próximo à divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará.
Ainda conforme a investigação, cinco dias após a fuga da dupla, Jânio viajou com o próprio carro de Mossoró para o município cearense de Quixeré, retornando logo após isso com outro carro para a cidade potiguar de Baraúna, uma distância de 50 km.
Suspeito nega
Jânio teria ajudado os dois a fugirem. As informações teriam sido captadas em Estações de Rádio Base, as antenas com as quais os celulares se comunicam. Além disso, um endereço em Quixeré também foi rastreado.
Fontes policiais trabalham com a hipótese de que os rastreamentos das ERBs mostraram que os aparelhos utilizados por Jânio e pela dupla de foragidos estavam na mesma região e no mesmo horário. Eles teriam ligado para Quixeré, no Ceará, e para o Rio de Janeiro.
Entretanto, os advogados de Jânio apontam que o cliente explica que viajava com frequência para Quixeré e ainda teria afirmado não conhecer os fugitivos.
Eles também apontam que Jânio não tem antecedente criminal, nunca havia pisado em uma delegacia e nem em uma penitenciária federal. Até o momento, ele segue na Cadeia Pública de Mossoró.