quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Saiba como é o trabalho do grupo de elite da Polícia Militar do Ceará

Foto: Reprodução
No último domingo, a atuação precisa de um atirador de elite do Bope salvou a vida de uma criança
A atuação precisa de um atirador de elite do Bope – Batalhão de Operações Policiais Especiais, da Polícia Militar do Ceará, ocorrida no último domingo (25) foi determinante para salvar a vida de uma criança que era feita refém nos braço dos próprio pai. O agente efetuou um disparo na mão do suspeito que, em seguida, resultou no resgate da vítima, em uma farmácia de Fortaleza.

Para o capitão Jonas Santos, a media foi necessária diante da resistência do suspeito em se entregar de forma amigável. “Foi tentado ali de todos os modos fazer uma negociação com o intuito de baixar o nível de estresse, bem como que ele entregasse a criança, contudo, tendo em vista que não houve essa evolução, a gente teve que partir para a alternativa do tiro de precisão”, explicou.

O criminoso baleado foi atendido sob escolta policial e preso. A mãe da menina baleada pelo suspeito foi socorrida pelo Samu em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada nesta quarta-feira (28).

Formação dos agentes do Bope da Polícia Militar
Para atuar no batalhão de elite é preciso bastante preparo. Atualmente existem duas maneiras do policial militar ingressar para o Bope: curso de ações táticas e curso de operações policiais especiais. Uma vez no Bope, o agente de segurança se especializa como atirador de elite, negociador, explosivista e integrante do grupo tático.


A formação de atirador de elite, por exemplo dura dois meses, mas o treinamento é constante, necessário para garantir a eficácia nas ocorrências policiais. “Quando a gente não está em alguma ocorrência, a gente está treinando ou dando instrução para a própria instituição da Polícia Militar e as co-irmãs, ou seja nunca estaremos parados, quando somos acionados é porque o policiamento convencional não conseguiu solucionar, por conta dos meios”, disse o capitão Jonas Santos.

A formação dos policiais do Bope aborda desde matemática, física instrumental, direitos humanos até atendimento pré-hospitalar de combate, gerenciamento de crises, negociação tática, prática de tiro e aulas de balística. Os agentes devem ter também um determinado perfil profissional.

A primeira turma de atiradores de precisão formada no Ceará foi em 2019. Antes, os atiradores que atuavam no território cearense faziam o curso em outros estados. É preciso ainda atender a um quesito importante: o trabalho em equipe. Antes do atirador de elite disparar, parte da equipe tenta a negociação, enquanto outra parte se prepara para invadir o local onde está o suspeito.


O controle da emoção também é fundamental para que as ações sejam exitosas. Um atirador de elite chega a ficar horas na mesma posição, para enfim efetuar o disparo . O subtenente João Ribeiro atua como negociador desde 2019, quando o grupo de ações táticas especiais passou a ser Bope.

“É uma função que a gente está sempre sendo testado, mas baseado nas técnicas, estudo e treinamento a gente vai com muita confiança de sempre estarmos resolvendo da melhor forma possível ou aceitável”, diz.

O capitão Jonas tem 16 anos de Polícia Militar. Como oficial são sete anos de carreira e há um, como subcomandante do Bope. Um trabalho que exige responsabilidade e precisão. O desafio, ele cumpre todos os dias com bastante vocação, afinal de contas, no Bope, missão dada é missão cumprida. “Quanto mais excelência melhor, a gente procura fazer tudo dentro de um padrão desejado e a gente não espera menos do que a entrega de um resultado de excelência”, conclui.

GCMais

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