Outros militares suspeitos de integrar a quadrilha também foram baleados, na mesma ação - Um PM foi assassinado, também neste mês
Um policial militar, que se recupera de um tiro que sofreu na boca, no último sábado (17), foi preso em um hospital de Fortaleza, por força de um mandado de prisão, na última quinta-feira (22). Ele é suspeito de liderar uma organização criminosa, que atuava como grupo de extermínio e contava com a participação de outros PMs. Outros militares suspeitos de integrar a quadrilha também foram baleados, na mesma ação; e um PM foi assassinado, também neste mês.
Uma fonte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), informou que o alvo do mandado de prisão, expedido pela Justiça Estadual, foi o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Igo Jefferson Silva de Sousa. Ele estava junto de quatro policiais militares, que também foram baleados na ação.
Conforme uma fonte da Polícia Militar, o grupo formado por 5 PMs de folga se dirigiram à Barra do Ceará, em Fortaleza, na madrugada de sábado (17), para tirar satisfações com integrantes de uma facção criminosa, que estaria ligada ao assassinato do soldado Bruno Lopes Marques, de 27 anos, no bairro Carlito Pamplona, no último dia 12 de fevereiro.
Entretanto, os faccionados também estavam armados e conseguiram balear os cinco policiais. Igo sofreu o ferimento mais grave, na boca. Enquanto os outros PMs ficaram feridos no abdômen ou nas pernas. Para despistar a ação conjunta, os policiais baleados se distanciaram e pediram ajuda de outros agentes de segurança em pontos distintos da Capital, entre a Barra do Ceará e o Grande Pirambu.
Segundo a fonte da SSPDS, o soldado Bruno Marques também era suspeito de integrar a organização criminosa. Essa é a principal linha de investigação para a motivação da sua morte. O crime teria sido cometido por uma facção de origem carioca. Dois suspeitos de participar do crime foram presos.
CRIMES COMETIDOS PELOS POLICIAIS MILITARES
A organização criminosa liderada pelo cabo Igo Jefferson Silva de Sousa foi alvo de uma operação deflagrada em 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE).
Conforme as investigações, o grupo criminoso formado por policiais militares é suspeito de cometer crimes como extorsão, tráfico de drogas e roubo, além de atuar como um grupo de extermínio (que comete homicídios).
Na Operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão contra a organização criminosa, expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e pela Vara da Auditoria Militar.