Os fugitivos do presídio federal de Mossoró, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, foram vistos na segunda-feira (26) próximo a um vilarejo na região onde está sendo realizada a caçada pelos dois, na zona rural da cidade de Baraúnas. A busca pelos fugitivos completou nesta terça-feira (27) duas semanas.
A informação é do colunista de O Globo, Lauro Jardim, e — segundo ele — foi dada por autoridades que comandam a caçada aos dois fugitivos. De acordo com a postagem, os dois foram reconhecidos por moradores e voltaram para as matas, antes da chegada da polícia.
A operação de recaptura segue na região e é integrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, representada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Ainda há o reforço da Força Nacional de Segurança Pública, além de policiais dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Goiás.
Também nesta terça-feira (27) a Comissão de Segurança Pública do Senado realiza uma audiência pública para discutir a fuga de presos ligados ao Comando Vermelho (CV) do presídio federal de Mossoró (RN) no dia 14 deste mês. A reunião ocorre a portas fechadas.
Apenas os senadores e um assessor de cada um dos parlamentares ou dos convidados estão autorizados a participar do evento. Segundo o autor do requerimento, Sérgio Moro (União-PR), a sessão é fechada para não serem divulgadas informações sensíveis sobre o caso. “Ninguém quer passar mapa para bandido”, disse.
Foram convidados André de Albuquerque Garcia, secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Marcelo Stona, diretor do Sistema Penitenciário Federal, e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária, da mesma secretaria. Apenas o secretário confirmou presença.
Segundo Moro, a reunião é para os senadores fazerem sugestões e perguntarem sobre quais serão as providências tomadas para que o incidente não se repita e quais foram os erros no caso.
“A Comissão de Segurança Pública do Senado não pode ficar alheia ao debate sobre os presídios federais, especialmente sobre soluções para o seu aprimoramento”, justificou Moro. “Como primeiro passo, deve ouvir os gestores do sistema federal sobre o ocorrido e sobre as soluções propostas pelo Executivo, e debater como pode contribuir.”
O governo federal contratou uma empresa em nome de um “laranja” para fazer obras de manutenção dentro da penitenciária de Mossoró e identificou que Carlos Tabanez, dono de um dos principais clubes de tiro de Brasília, indicou pessoas para o quadro de funcionários da mesma empresa.