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A primeira coisa que Lula faz quando se vê encrencado por causa das besteiras que diz é correr para dar uma entrevista a um amigo. Quanto aos áulicos lulistas, eles tentam convencer a choldra de que Lula não quis dizer o que ele disse, muito pelo contrário.
Ele acaba de dar uma entrevista a um amigo. Depois de comparar o que Israel faz em Gaza ao genocídio que Adolf Hitler perpetrou contra os judeus, ele afirmou:
“Primeiro que não disse a palavra Holocausto. Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel. Não foi minha. A segunda coisa é a seguinte, morte é morte.”
É risível: o nome que se dá ao assassinato de milhões de judeus por Hitler é Holocausto. Não ter dito Holocausto não cancela a comparação com…o Holocausto. Uma comparação inaceitável porque a) é despida de sentido, visto que Israel não está praticando genocídio em Gaza; b) porque banaliza o pior crime já cometido contra a humanidade; c) porque é uma desonestidade antissemita que iguala as vítimas, os judeus, a seus carrascos, os nazistas.
Lula mente, portanto, ao dizer que não disse o que disse. E ainda bota a culpa no judeu do Netanyahu, que teria interpretado errado de propósito, por ser de direita: “Agora veja, eu não esperava que o governo de Israel fosse compreender. Eu não esperava. Porque eu conheço o cidadão historicamente já há algum tempo, eu sei o que ele pensa ideologicamente”. Lula também chamou o defunto Alexei Navalny de “cidadão”. De certa forma, é uma honra para o “cidadão” da vez.