O julgamento da policial Regina Lucia de Amorim Gomes, acusada de mandar matar a advogada Maria Danielle Ximenes, acontece nesta segunda-feira (4), mais de 11 anos após o crime. A mulher foi morta em 22 de junho de 2012, dentro do próprio escritório, em Fortaleza.
O julgamento envolve ainda o executor do crime, Carlos Cley Rebouças Rocha, que atualmente está preso. Regina Lucia, escrivã da Polícia Civil, também chegou a ser presa, mas hoje responde em liberdade.
O caso teria sido julgado no início de novembro, mas foi adiado. A defesa vinha sustentando que a acusada sofre de insanidade mental, apontando que ela está internada depois de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Já a participação do executor teria acontecido de forma virtual, por ele ter sido preso em Manaus, sua cidade natal.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) é representado, na acusação, pelo promotor Marcus Renan Palácio, enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) atua como assistente de acusação.
No dia do crime, Carlos invadiu o escritório da advogada, na Cidade dos Funcionários, para cometer o crime. Ela foi morta com disparos de arma de fogo. O assassinato teria sido motivado por disputa por bens de um homem com quem Regina havia se relacionado – ela teria a convicção de que Danielle a atrapalhava nas ações judiciais, uma vez que ela era advogada de defesa do homem em questão.
A escrivã chegou a ser presa ainda em 2012, poucos meses após a morte da advogada, mas foi solta no ano seguinte por decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). O Tribunal sustentou que a mulher não representava risco à ordem pública, de modo que ela hoje responde pelo crime em liberdade. A acusada nega ter participado do assassinato.
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