terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Criança de 8 meses aparece com hematomas e mãe denuncia suposta agressão de monitores de escola, em Fortaleza

A mãe de uma criança de oito meses registrou na sexta-feira (1º), na Casa da Mulher Brasileira, uma queixa de agressão contra a creche onde a filha estuda, no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza.

Ao g1, Vanessa Raaby da Silva contou que viu a mão e o rosto da filha de oito meses machucados quando foi pegá-la na escola na última sexta-feira.

“Quando fui pegar minha filha na sexta-feira, no fim da tarde, ela estava toda deformada. A mão, o rostinho com hematomas. Os dedinhos com machucados. Eu fiquei muito abalada. Quero justiça”, relatou.

Em nota, a Escola Aquarela negou a agressão e disse que os hematomas apareceram depois que uma outra criança, de pouco mais de um ano de idade, mordeu a bochecha da menina.

Mãe percebeu mudança no comportamento da filha
Vanessa Raaby afirmou que quando saiu da escola foi imediatamente registrar um boletim de ocorrência na Casa da Mulher Brasileira. A mãe também denunciou o caso através das redes sociais. Ela afirmou que outras mães também reclamaram das agressões.

“Fui fazer um B.O. e falei com minha advogada. Fui na Casa da Mulher Brasileira e fiz um exame de corpo de delito nela. Eu postei nas redes sociais e fui surpreendida com relatos de outras mães. Aí começou um filme de terror. Eu tenho relatos de mães dizendo que teve filha mordida por monitora. Mulheres que trabalham lá. Ex-funcionárias falando da escola. Tem caso na Justiça dizendo que eles são péssimos profissionais e não possuem qualificação”, disse.

Após as agressões, Vanessa Raaby disse que o comportamento da filha mudou. Ela não quer mais brincar e sempre procura ficar perto dela.

“Seu comportamento mudou desde então. Não posso deixar ela só no carrinho. Antes ela ficava, mas depois dessas agressões ela não fica. Ela brincava pela casa e agora ela quer ficar comigo. Acho que ela fica lembrando. Só Deus sabe o que fizeram com minha filha. Tenho certeza que isso não é mordida de criança”, disse.

A mãe ainda reforça que hoje participa de um grupo de pais e mães, onde muitos relatam os problemas que existem na instituição de ensino.

“Desde alimentação péssima como as agressões. Como eles [monitores] maltratam as crianças, e que essas mães não podiam fazer nada porque não tinha com quem deixar as filhas e os filhos. Por isso criaram o grupo”.

Sobre o caso, o g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para saber se as supostas agressões são investigadas. A pasta confirmou em nota que a Polícia Civil apura a ocorrência.

Ainda em nota, a Escola Aquarela reforçou ao g1 que lamenta o caso e que medidas estão sendo tomadas. Disse também que a criança foi atendida imediatamente.

“Desde o ocorrido, estamos reforçando nossos protocolos e implementando novas medidas que visam garantir a prevenção de incidentes semelhantes no futuro. Nossos funcionários estão recebendo treinamento adicional em supervisão e segurança, além de revisarmos nossos procedimentos existentes”, disse a instituição.

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