sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Quem é o 'Marcola' cearense, apontado como chefe de facção carioca e aliado de 'Majestade'

Acusado, que se especializou no serviço de 'delivery' de drogas em Fortaleza, teve a prisão mantida pelo Tribunal de Justiça do Ceará
Investigação da Polícia Civil contra a facção criminosa carioca se baseou em Interceptação Telefônica, autorizada pela Justiça Estadual
No mundo do crime, 'Marcola' é um apelido famoso do chefe máximo de uma facção criminosa paulista, preso na Unidade Penitenciária de Segurança Máxima de Brasília: Marcos Willians Herbas Camacho. Mas uma facção rival, de origem carioca, com atuação no Ceará, também tem o seu 'Marcola': Marcus Vinícius Nepomuceno Serpa Filho, detido no Sistema Penitenciário cearense. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou um pedido da defesa do cearense e o manteve preso, no último dia 14 de novembro.

Marcus Vinícius foi apontado pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) como uma liderança da facção carioca em Fortaleza. Segundo a denúncia do MPCE, o acusado se especializou no serviço de "delivery" de drogas, "entregando em domicílio, em bares ou qualquer local onde os 'clientes' o requisitassem".

Participação na organização criminosa 
O 'Marcola' cearense está, na hierarquia da facção, abaixo de Francisca Valeska Pereira Monteiro, a 'Majestade', chefe do setor financeiro do grupo criminoso, e de Max Miliano Machado da Silva, o ‘Gordão’ ou ‘Lampião’, número um da facção no Ceará.

Segundo a decisão do TJCE, Marcus Vinicius Nepomuceno Serpa Filho foi preso preventivamente em uma investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), no dia 9 de julho de 2021.

A investigação policial se baseou em uma Interceptação Telefônica, autorizada pela Justiça Estadual, "com o objetivo de identificar as lideranças e os membros da facção criminosa, assim como para apurar acerca da forma utilizada pelos faccionados para manter o esquema criminoso, o tráfico de entorpecentes e de armas de fogo de uso não permitido, e o apoio logístico a atentados criminosos".

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