Foto: Ascom/ PF
Criminosos tinham objetivo de provocar a queda do secretário de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP), Mauro Albuquerque
Criminosos tinham objetivo de provocar a queda do secretário de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP), Mauro Albuquerque
Uma operação policial em Fortaleza, na manhã desta terça-feira (28), visa desarticular um grupo criminoso que estaria agindo para desestabilizar os presídios cearenses. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal (PF). Segundo a investigação, o grupo tinha o objetivo de causar a substituição do atual Secretário de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP).
Os suspeitos estariam articulando ações violentas que incluem o recrutamento de indivíduos para atacar servidores públicos, especialmente policiais penais, além de promover ataques a prédios públicos, fóruns da Justiça, e penitenciárias. A lista de possíveis ações inclui ainda ataques a ônibus, amotinamentos, e outras manifestações violentas.
A investigação revelou indícios de que as quatro suspeitas planejavam atos com o objetivo claro de desestabilizar o sistema penitenciário cearense. Essas ações envolviam não apenas ataques a servidores públicos, mas também a estruturas fundamentais para o funcionamento do Estado, demonstrando um intento de causar o caos.<
As quatro investigadas, após a operação, serão conduzidas para prestar depoimento à Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), onde serão confrontadas com as evidências coletadas durante as buscas. Os dados apreendidos serão minuciosamente analisados pelos policiais federais.
As suspeitas podem responder por crimes relacionados à constituição de organização criminosa armada, com penas que podem chegar a até 12 anos de prisão. Este é um desdobramento das ações da FICCO, resultado da cooperação interagências, com enfoque na inteligência de segurança pública. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi fundamental para o sucesso da operação.
As investigações permanecem em curso, com o objetivo de detalhar a participação de cada suspeito e identificar possíveis cúmplices nos crimes em questão. O nome da operação, alusivo às condições de prontidão de defesa utilizadas por forças policiais e armadas, reflete a seriedade do combate a organizações criminosas que ameaçam a ordem pública no estado.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará – FICCO – é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).
GCMais