Mulher já registrou dois boletins de ocorrência contra o suspeito - Em 2022, ela foi atropelada e agredida pelo ex-companheiro
Uma vendedora atropelada e agredida pelo ex-companheiro tenta começar uma nova vida um ano após o caso de violência, mas é impedida de ter um cotidiano tranquilo pelo ex. Mesmo após se mudar de cidade e obter uma medida protetiva, ela voltou a denunciar o suspeito, que continua a perseguindo.
"Ele fica me difamando para conhecidos, todo dia envia um áudio para os outros falando uma coisa diferente, uma pressão psicológica. Já tem medida protetiva. Vou ficar só indo na delegacia. Tem que ter alguma forma de parar ele. Não quero ser mais uma vítima, quero viver minha vida, quero que esse homem me deixe em paz", falou a vendedora, que terá a identidade preservada.
A primeira agressão ocorreu em novembro de 2022, depois da vítima se separar do homem, e foi filmada pela câmera de segurança do prédio que a mulher morava. O vídeo mostra o momento em que a vendedora foi esmagada entre o carro do ex e um portão; em seguida ela foi agredida com golpes com a chave do carro, além de socos e puxões de cabelo.
Durante a ação, o homem também xingou a ex e ameaçou de matá-la. A vítima, que se relacionou com o suspeito por cerca de cinco anos, foi socorrida com ferimentos no rosto e na perna.
Cerca de uma semana após o crime, o agressor foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva.
Segundo a mulher, o suspeito ficou detido por dois meses e saiu usando tornozeleira eletrônica. Recentemente, ela passou a se relacionar com uma pessoa, o que coincidiu com as novas perseguições do ex.
A vítima registrou recentemente dois boletins de ocorrência contra o homem. O primeiro, de outubro, devido ao homem estar importunando amigos e parentes caluniando ela e o namorado atual. O segundo, no início de novembro, por conta das falsas acusações feitas pelo agressor.
"Já fui na delegacia, duas testemunhas foram ouvidas. Tive que me mudar de cidade, não estou tendo paz. Até quando viajei para a casa de uma amiga no interior ele descobriu o endereço e mandou uma viatura lá, dizendo que eu estava maltratando nosso filho. Quando os policiais viram que não era nada do que ele falou até me pediram desculpas", relatou a mulher.