O ano de 2023 é aquele com o maior número de fugas nos presídios cearenses desde 2019. Com a fuga de dois presos registrada entre sexta-feira (24), e sábado (25), subiu para 51 o número de presos que conseguiram fugir do sistema prisional no Estado neste ano, conforme dados da própria Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP). Trata-se do maior número de fugas desde a criação da SAP e a consequente chegada de Mauro Albuquerque para assumir a pasta, ocorridas, justamente, em 2019.
No primeiro ano da gestão Albuquerque, 48 presos conseguiram fugir dos presídios cearenses, marca que não voltaria a se repetir nos anos seguintes. O melhor resultado ocorreu em 2021, quando apenas cinco fugas foram registradas. Em 2020, foram 28 fugas e, em 2022, 27.
Entretanto, o período de Mauro Albuquerque à frente da pasta segue tendo número melhores de fugas na comparação com a antiga Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). Dados obtidos mostram que, em 2018, foram 614 fugitivos. Já em 2017, 963. Em 2016 e 2015, foram, respectivamente, 499 e 1.041 presos que conseguiram fugir.
Fuga no fim de semana
Nesse último fim de semana, dois presos fugiram da Unidade Prisional Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima (UP-Itaitinga1), a antiga CPPL I, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza.
Os fugitivos foram identificados como: Antônio Rafael Braga Lima, de 27 anos, e Keven Ewerton de Sousa Vieira, também de 27 anos.
A SAP informou que equipes de policiais penais estão em diligências para efetuar a recaptura da dupla. Antônio Rafael tem antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas. Já Keven Ewerton acumula passagens na Polícia por crimes como homicídios, roubos, tráfico de drogas, organização criminosa e porte ilegal. Ele havia sido preso no último dia 25 de setembro.
Entre os crimes pelos quais Keven Ewerton é acusado está um duplo homicídio no qual foram vítimas João Félix da Silva Neto e sua companheira Andrielle de Souza Coutinho, que estava grávida. O crime foi registrado no dia 21 de novembro de 2021 em Ubajara, na Serra da Ibiapaba. Ele ainda é apontado como integrante da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).
